ESTADO DO PIAUÍ
Pré-História
No Piauí há vestígios da presença do homem Americano que datam até 50.000 anos atrás, estes estão presentes no Parque Nacional da Serra da Capivara, Serra das Confusões e em Sete Cidades. O Parque Nacional da Serra da Capivara é talvez o mais importante, lá foram encontrados a cermica mais velha das Américas, um bloco de tinta de 10.000 anos, fósseis humanos e animais, pinturas rupestres e outros artefatos antigos.
A Serra da Capivara foi descoberta por caçadores nas proximidades da cidade sede: São Raimundo Nonato, que sem saber de que se tratavam as pinturas rupestres, chamaram o prefeito, que surpreso tirou fotos. Seis anos depois em uma conferência em São Paulo, o mesmo prefeito coincidentemente encontrou Niéde Guidon, mostrou-a as fotos e, essa se interessou bastante, de modo que se mudou para a Serra e, ainda reside lá, fazendo descobertas.
Economia do Piauí antes da Independência
Antes da Independência do Piauí, a economia era a base da criação de gado, cultivo do algodão, que era considerado o melhor do brasil, cana-de-açúcar, fumo entre outros.
Independência de Portugal
Com a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, algumas províncias continuaram como colônia portuguesa, dentre elas, o Piauí.
Com medo de perder a Província do piauí, A coroa portuguesa, mandou à Oeiras, que era a capital da província, o brigadeiro João José da Cunha Fidié que comandava uma tropa militar a fim, de manter o piauí colônia; Em 19 de outubro de 1822 a Cmara Provincial de Parnaíba declarou a Independência de Parnaíba, para conter os revoltosos Fidié e sua tropa militar foram à Parnaíba, onde ficaram por quase dois meses e resolveram voltar à Oeiras.
Na volta para a capital, ao passarem por piracuruca, viram que a cidade estava deserta e, isso serviu de sinal para o que aconteceu mais adiante: em Campo Maior nas proximidades do Riacho do Jenipapo, houve um confronto entre Portugueses e Piauienses, onde os portugueses tinham armas avançadas, munição e alimento garantido, mais os piauienses tinham apenas equipamentos rudimentares.
Essa batalha foi chamada de Batalha do Jenipapo, com o fim desta, os piauienses que sobreviveram roubaram toda a munição e alimento dos portugueses, que, desesperados, foram para União e, de lá para Caxias no Maranhão, onde foram presos por manoel de Sousa martins; Fidié ficou preso em oeiras por três meses, de lá foi mandado ao rio de Janeiro e do rio, à Lisboa;
Colonização
Em começo do século XVII, fazendeiros do São Francisco procuravam expandir suas criações de gado,quando os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão e passaram a ocupar as terras às margens do rio Gurguéia. Para estas terras existiam cartas de sesmarias. O capitão Domingos Afonso Mafrense ou capitão Domingos Sertão como era conhecido, era um desses sesmeiros; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região doando suas fazendas - após sua morte - aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária que em meados do século XVIII atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí; até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização esta se deu do interior para o litoral.
Em 1811, o Piauí tornou-se uma capitania independente. Por ocasião da Independência, em 1822, a cidade de Parnaíba foi ocupada por tropas fiéis a Portugal; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, o qual saiu enfraquecido e acabou por ser preso em Caxias. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da república, o Estado apresentou tranqüilidade no terreno político, mas grandes dificuldades no desenvolvimento econômico-social. A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Síria que durou mais de 100 anos, de modo que essa etnia se faz assazpresente naquela cidade.
A Transferência da capital
A idéia da tranferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí, propôs ao rei de Portugal a tranferência da capital, alegando que Oeiras era uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação com as outras partes da colônia.
Durante anos sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio, e a Vila do Poti, às margens do Rio Parnaíba que convivia problemas com as cheias dos rios, mas que por localizar-se no interior poderia integrar o Estado através da navegabilidade pelo Rio Parnaíba.
No governo de José Idelfonso de Sousa Ramos foi votada e sancionada a Lei nº174, de 27 de agosto de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a Vila de Parnaíba ou a Vila do poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de Regeneração.
Quando em 23 de julho de 1850 José Antônio Saraiva, fundador de Teresina, fora nomeado Governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da capital estava em plena efervecência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma delegação das vilas de Parnaíba, Piracuruca e Campo Maior com um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba.
Diante desta situação o novo Governador procurou estudar o assunto com profundidade. Nas suas pesquisas, constatou que, muitas eram as sugestões para se edificar uma nova Capital às margens do Rio Parnaíba.
Em manobra audaciosa, Antônio Saraiva em 1852 decidiu pela transferência para a Vila do Poti com a condição de que uma nova sede fosse construída em local a salvo das enchentes que assolavam a vila. Graças ao empenho da população local o projeto pode se concretizar e em 16 de agosto de 1852 foi instituída a nova capital da Província do Piauí, com o nome de Teresina em homenagem a imperatriz Teresa Critina de Bourbon, e rapidamente todo o império foi informado da nova capital.
Uma das curiosidades que envolvem a tranferência da capital é que além da mudança de cidade, havia o projeto de navegabilidade do Rio Parnaíba em que buscava-se dinamizar a economia do estado que ainda encontrava-se em sistema semelhante ao feudal.Outro ponto que merece destaque é que a capital só começa ase desenvolver quando, no Piauí, ascende o extrativismo principalmente da Maniçoba, do Babaçú e da Carnaúba.
A Coluna Prestes no Piauí
Foi em 1926 a passagem pelo Piauí do movimento político-militar de origem tenentista chamado “Coluna Prestes”. Essa foi uma marcha pelo interior do Brasil em defesa de reformas políticas e sociais, contra a conjuntura desigual da República Velha. Cerca de 1200 homens, chefiados por Juarez Távora, Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes percorreram, durante 29 meses, 25 mil km nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Ao final de 1926, com mais da metade dos combatentes atacados pela cólera e sem poder continuar a luta, a Coluna procurou asilo na Bolívia.
A invencibilidade da Coluna Prestes contribuiu para o prestígio político do tenentismo e reforçou as criticas as oligarquias. Sua atuação ajudou a abalar os alicerces da República Velha, a preparar a Revolução de 1930 e a afirmar a liderança nacional de Luiz Carlos Prestes.
A Coluna Prestes esteve presente duas vezes no Estado, sendo recepcionada de diferentes maneiras. Em Floriano, o movimento foi recebido com festa pelos comerciantes decendetes de árabes e com pavor pela população local, segundos relatos a cidade praticamente ficou deserta, houve saques inclusive aos cofres da prefeitura.
Na capital, Teresina, a passagem da Coluna Prestes deixou rastro de pavor e o pnico tomou conta da população, segundo historiadores, o então governador tentou, sem sucesso, impedir a entrada na capital através da construção de um canal ligando os rios Poti e Parnaíba. Dentre os fatos mais importantes da passagem do movimento pela capital, vale destacar a prisão de Juarez Távora.