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FILOSOFIA: 1960s a 1995
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De: NATY-NATY  (Mensagem original) Enviado: 16/11/2009 21:32

[editar] 1960s a 1995

Uma manifestação anarquista em Atenas em 1990, contra a decisão da corte que absolveu o policial que em 1985 atirou no jovem M.Kaltezas de 15 anos, matando-o.

O movimento anarquista grego ganhou força durante a junta militar grega de 1967 a 1974. Os primeiros anarquistas depois da guerra de 1973 faziam parte do movimento estudantil contra a junta.[8] Assumindo todos os prós e contras os anarquistas gregos, influenciados por Maio de 1968 e pelo Movimento autonomista italiano se opuseram ao Anarcossindicalismo em favor da idéia de luta de classes. As idéias de Bakunin e Kropotkin continuaram tendo grande influência nesse período, mas também se misturando a novos referenciais advindos da Internacional Situacionista e do Marxismo autonomista.

O movimento anarquista e autonomista na Grécia ganhou força no fim dos anos 1970, quando muitos dos militantes que comunham partidos de ultra-esquerda (que no meio dessa década tinham força considerável) deixaram seus partidos e grupos, indo se juntar aos coletivos e organizações libertárias.[9]

Quando o primeiro governo dito "socialista" foi estabelecido em 1980 na Grécia, os anarquistas gregos predecessores ficaram extremamente desapontados diante da lenta debandada daqueles que haviam no fim da década passada abandonado os partidos para se juntar a eles. O governo socialista em parte quase acabou com a "guerra social" da década de 1970. Em meio a políticas de contenção do pensamento libertário levadas a cabo pelo governo grego, uma nova onda de jovens anarquistas adeptos do insurreicionalismo, portanto ainda mais agressivos e que a geração anterior emergiu em meio aos anos 1980. Algumas fontes chegam a afirmar que alguns dessa geração de anarquistas mais tarde se tornariam recrutas dos grupos terroristas como a Organização Revolucionária 17 de Novembro.[10]

Um poster de 1982. O texto principal informa "Policiais vendem heroína". É assinado apenas por "Anarquistas."

Nos anos 1985 e 1986 aconteceram demonstrações e insurreições quase que diariamente em Atenas e na Tessalônica[11] após um garoto de quinze anos chamado Michalis Kaltezas (1970-1985), e o anarquista Christos Tsoutsouvis (?-1985) serem mortos por policiais. Por sua vez a morte de um policial em Tessalônica e a ocupação da Faculdade de Química em Atenas teria tornado a opressão contra os anarquistas quase insustentável, apesar disso as organizações libertárias continuaram existindo, alcançando um estágio em que demonstrações com milhares de participantes aconteceram nas ruas de Atenas. O ataque de uma manifestação anarquista ao hotel "Caravela" onde acontecia uma conferência de extremistas de direita, na qual encontrava-se presente Jean-Marie Le Pen, foi também um momento de pico para o movimento anarquista da década de 1980.

A geração dos 80 diminuiu aos poucos, enquanto uma nova onde de anarquistas surgiu no início durante o levante estudantil de 1991. Este seria um dos maiores movimentos libertários já ocorridos na Grécia, envolvendo a ocupação de 1500 escolas e demonstrações de centenas de milhares de participantes. A morte do professor Nikos Temponeras, progressista de extrema esquerda, por membros da ala mais à direita do Partido Nova Democracia, causou uma insurreição quase geral em todas as principais cidades da Grécia, com uma demonstração de 25 mil pessoas em Patra onde Temponeras foi morto, o que foi seguido pelo incêndio de uma delegacia e da prefeitura da cidade. No mesmo dia em Atenas quatro pessoas forma mortas em um incêndio ocorrido durante manifestações gigantescas. O levante popular não acabou até que o então ministro da educação renunciasse.

Na década de 1990 o movimento anarquista na Grécia passou por um de seus piores momentos durante a ocupação da Universidade Politécnica em 1995. Cerca de três mil pessoas ocuparam a Politécnica, quando a polícia conseguiu entrar cercando o prédio foram presos 501 anarquistas que haviam ficado na universidade. A Universidade Politécnica foi quase completamente destruída pelos confrontos que ocorreram em seu interior. O papel da mídia foi de um catalisador, ordenando a polícia prender e espancar "esses hooligans, os bem conhecidos criminosos" (um nome comum utilizado pela imprensa para designar anarquistas). Mas a opressão ao invés de acabar com o movimento anarquista, como ocorrido anteriormente, apenas aumentou sua força.



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