Um menino muito loiro espreitava no horizonte, sacudindo a cabeleira fulgente, e ria, ria… a desafiá-la para brincar. Mas de cada vez que se aproximava, a nuvenzinha ia ficando mais pequena.Lembrou-se da escuridão que vira e sentiu muita pena. Chegou-se mais perto do chão, onde galhos moribundos lhe estendiam os braços, talos amarelos em clareiras na calvície tostada, espinhos…O resto era um reticulado de frestas, feridas abertas, pedras calcinadas. Um ou outro bicho lazarento farejava atento, lambendo gotas de orvalho, as costelas ressaltando, os nós da espinha quase rompendo o dorso. |