[editar] Escultura paleolítica
- Vénus
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Da escultura paleolítica são famosas as estatuetas femininas de pequenas dimensões designadas genericamente por vénus. Identificadas como possíveis ídolos para o culto da fertilidade e sexualidade estas figuras apresentam características semelhantes entre si; são representadas nuas, de pé e revelam os elementos mais representativos do corpo feminino em linhas exacerbadas. O exagero destes elementos traduz-se num peito, ventre e ancas voluminosos em oposição a braços e pernas delicados e cabeça pequena. A face, tratada com linhas simples reduzidas ao essencial, onde não é possível reconhecer traços individuais, transforma-se, com o tempo, num elemento cada vez mais estilizado e simbólico, assim como todo o corpo da figura.
Estes ídolos surgem pela primeira vez durante o Paleolítico e são a origem dos ídolos da arte cicládica de 2000 a.C.. A mais antiga estatueta conhecida é a Vénus de Tan-Tan encontrada em Marrocos do período Acheulense e com 6 cm de altura. Entre as mais antigas, com 30 000 anos, contam-se as vénus encontradas na Europa, na área do Danúbio, como a Vénus de Willendorf (Áustria), a Dame de Sireuil (França), a Mulher com corno de Bisonte (relevo na rocha, França) de formas realistas, ou a Vénus de Vĕstonice (República Checa) de formas estilizadas.