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LENTAMENTE
Rogério Martins
Simões
Lentamente...
Cerro
os meus olhos sem os abrir...
Perco
a esperança sem a ter;
Fecho
o rosto e o sorrir;
Ai!
Este vazio incómodo:
Esta
amarga dor que, na dor, nem se sente;
Este
dilacerar que, por estar, não está
presente;
Esta
tristeza que fere e me faz frente;
Esta
agonia, de fel, que me mata
lentamente;
É
urgente
que
me ausente
deste
vazio que me toma lentamente...

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