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   Pedras preciosas  ©  Letícia Thompson    Não,  nossa vida não tem preço. Percebemos isso mais claramente quando a saúde nos  abandona. E se não chegamos a esse extremo, é possível que nossos olhos  continuem vendados à essa grande preciosidade que nos faz passar de um dia para  o outro. Há  pessoas que admiramos pela força, inteligência, pela maneira como conduzem a  vida e alcançam vitórias.  Essas  pessoas que deveriam servir de exemplo podem, ao contrário, fazer com que nos  sintamos diminuídos. Gostaríamos de ser assim, ter essa garra ou esse dom e  levar a vida no lugar de nos deixar levar por ela. Porém, somos todos únicos. O que diferencia uma pessoa da  outra é a maneira como ela se vê e tenta fazer alguma coisa daquilo que enxerga.  Não possuímos o valor que nos dão, somos o que somos e se o que vemos não nos  agrada, podemos fazer algo diferente e melhor.  As  pedras preciosas nascem brutas e, mesmo se preciosas, têm uma aparência normal,  quando não até feias. Mas, lapidadas, são maravilhas aos olhos. Refletem o sol e  a beleza. A  princípio ninguém é melhor que ninguém. Um rei e um mendigo são gerados da mesma  forma e morrem da mesma forma. Mas as oportunidades que aproveitamos ou jogamos  fora nos tornam pessoas diferentes, comuns ou  especiais. Jesus  não teria morrido na cruz por nós se Ele achasse que não valeríamos a  pena. Aos  olhos de Deus, somos todos pedras preciosas. E se a vida nos lapida, a outra  parte cabe a nós de arredondar, colocar formas, dar brilho e fazer diferença no  mundo.      |