O JOGO DO AMOR - As Poderosas e Amigos

À noite, as marés agitadas, sempre vêm e vão...
Num som de um vai e vem... Coisas do mar...
Ondas bravas como o queimar de uma paixão
Na nsia de se conjugar o eterno verbo amar.

Amor que queima, que arde como fogo
No infinito horizonte... Da varanda,
Vê-se que tudo faz parte de um velho jogo
A dança, a música, a conversa, a ciranda.

Perdidos nas mais diversas preliminares
A expectativa se faz sempre presente
O que fazer? As dúvidas surgem pelos ares...
No receio de perder, tornar o jogo ausente.

No entanto, o instinto de amar vem à tona
Brotam as palavras, começo pelas carícias
Ao som das marés, no soprar que a brisa entona
O jogo se faz nos segundos, na noite de delícias...

Minha vez de jogar os dados na mesa
Tentar a sorte, quem sabe vai desta vez?
Se tirar um bom número, com gentileza
Retiro mais uma peça íntima sua, talvez.

Mas como não foi um bom resultado
Tento, então, nas cartas, algo melhor
Assim ninguém se sentirá culpado
Ou quem sabe mesmo, algo pior?

Para não perder a viagem sugiro um licor
A fim de aquecer um pouco mais a situação
E sentir nos seus lábios, todo o sabor
Do pecado, do desejo de sangrar seu coração.

Quero tudo em seu corpo, sentir o amor ferver
Neste momento, o pensamento imagina tudo
A noite fria, arrepia! Quero lhe aquecer
Abraçá-la mesmo sob lençóis, contudo.

Aplacar esta vontade que sinto de nós dois
Na sinceridade e verdade de quem sempre amou
E tudo que ficou neste amor para depois
Digo que, de hoje em diante, tudo começou.

GANDALF® - 22/07/2012