QUASE SEM QUERER

A vida passa e devagar caminhamos,
Por estradas diferentes, paralelas,
Quase sem querer, por vezes, suportamos,
A difícil busca de oportunidades belas....

No amor, também buscamos o ideal,
Algo que nos faça feliz e satisfeito.
Seria algo utópico ou quase irreal,
Contudo, o coração não esmorece o feito.

E quase sem querer, assumimos o risco,
Onde a razão ou mesmo sua falta,
Impulsiona-nos à vida nova, sem fisco,
Numa adrenalina onde a estima se vê alta.

Vindo a baila todo um sentimento,
Paixão talvez ou simbiose quase terna,
Quase sem querer, vivemos tal momento,
Importa-nos que a viagem seja eterna.

E assim foi que beijei devagar sua boca,
Carnuda, desnuda, com saber de morango,
Quase sem querer, a vi tremer como louca!
Numa emoção da qual nunca me zango.

Beijo roubado? Não importa! Foi bom...
Após o primeiro vieram tantos outros,
Quase sem querer, entramos no mesmo tom,
Ora, o prazer se obtêm aos poucos...

A noite acontece como uma bela criança,
Quase sem querer, corpos unidos, suados,
Na razão de que toda a nossa esperança,
Renasce ao amanhecer nos rostos corados.

O tempo passa e damos conta: Nada pode cessar.
A vida, a paixão existente, ficamos perdidos,
Frente às coisas que não esperávamos passar,
Quase sem querer nos sentimos como bandidos.

Na conjugação do verbo amar somente,
Quase sem querer, confessei lhe amar.
Embora, além do que possa vir a mente,
Jamais se poder amar sem nunca tentar.

Encontrei você debaixo desse nosso céu,
Quase sem querer, quase mesmo sem querer,
Sem regras, sem canto, sem qualquer véu,
Puro acaso? Não! Só Deus tem esse poder...


GANDALF® - 31/08/2013

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