Senhora,
buscai no meu corpo
o teu desejo louco,
sou homem não sou santo,
a ti abro o meu manto,
e se beberes na bruma da manhã
desse prazer que não é pouco,
deitarei meu corpo
no teu leito te causando espanto.
Em desalento,
mesmo distante do legado em jeito,
faz do meu corpo a tua moradia
como febre em estadia,
lnguida, na minha pele
com os teus delírios me deito
e de belo agrado te aninho
no meu pulsante peito.
Sou o teu pecado,
não sejas mulher ternura,
na cama os teus desejos
recebo como a tua melhor criatura
e pecai...muito... por prazer
não perdes a candura.
Faz da carne a música
como escultura bêbada
e do poema um rio solto
em direção ao revolto mar
solta o leme da escuna...
naufrega nas ondas
deste lindo namorar.
Autoria :Marte/JCarvalho
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Formatacao : Marte/JCarvalho