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sopercheiro: CRÓNICA COM CHEIRO A MOÇAMBIQUE
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De: percheiro  (Mensagem original) Enviado: 15/02/2009 17:13

Já me está saltando a tampa... estou aqui faz horas para escrever qualquer coisa, mas emperrou e pronto, nada sai.

Já ia desistir, mas fui até á cozinha lanchar talvez depois quem sabe...

Bebi um sumo e um pedaço de piza duro como c... bebi um café bem quentinho e voltei novamente ao meu companheiro de sempre, coloquei um clássico de Bizet fui em busca do pôr do sol da minha terra e quem sabe agora vai.

Deve ser bem complicado um escritor (não sou eu), viver do que escreve bolas, ou arranjam outra profissão ou morrem de fome.

Nem sempre se tem ideias, eu confesso gostaria muito de ter sido uma escritora não famosa mas boa, porque muitas vezes grandes valores ficam guardados nas gavetas, sem chance de vencer!

Já li muito, não cá mas na minha terra, li obras belissimas, de autores que raramente são ou foram lembrados, e li alguns, a maior porcaria e que foram galardoados. As tais injustiças, as "verdinhas" passadas por baixo do pano, e se tornaram maior sucesso de vendas, como em tudo claro, na música então nem se fala.

Temos vozes belissimas e que se vão safando no "fado vadio", pois sair daqui então nem se fala, é preciso ter um palminho de cara, e bons padrinhos...

Hoje fez novamente sol mas resolvi estar na caminha até tarde, quando me levantei e espreitei á janela dos prédios só se via estandais de roupa, me lembrei da Aldeia da Roupa Branca, ai rio não te queixes... ai que o sabão não mata... lembram?

O sabão azul e branco que punha a roupa cor da neve. Me lembro de uma época da minha infãncia que vim a Portugal ainda ver as lavadeiras em fila sobre as pedras lavando as camisas que o patrão deu ao rol... pois, as "senhoras tais", escreviam num rol de papel as peças da roupa que a lavadeira levava. Lá cantavam á desgarrada as mais lindas canções daquela época como já se não fazem... depois sempre aparecia um moçoilo engraçado lá das parvónias, e ai elas se entreolhavam, riam e cantavam, enquanto a roupa corava ao sol...

Tempos aqueles, garota por circunstãncias varias aqui me encontrava, e são desses tempos que eu gravei na retina até hoje, e que confesso achei ser a época mais linda da Lisboa de então.

As senhoras emproadas nos belos chapéus de plumas, e belas raposas... eles de cartola e sapato de biqueira que o engraxador punha a brilhar enquanto contava as últimas, enquanto o ardina não aparecia.

Era linda a Lisboa que eu conheci e que levei como recordação para a minha terra natal.

Afinal acabei por escrever um pouco neste fim de tarde de domingo.

São Percheiro

 



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