10/12/2010 Arranca em Março próximo, a reabilitação das comportas da Barragem de Massingir, em Gaza, depois de um acidente que sofreu em 2006. As obras, que ainda aguardam pela adjudicação da empresa responsável pela sua execução, terão a duração de cerca de dois anos e contam com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) na ordem dos 47 milhões de dólares norte-americanos. Vasco Munguambe, director do projecto, citado pelo jornal Notícias, disse que o arranque das obras é o culminar de um longo processo que vinha decorrendo desde o ano passado, o qual compreendeu, entre outras acções, a pré-qualificação dos concorrentes para a realização da empreitada. Este trabalho resultou na avaliação e preparação do relatório-proposta de adjudicação submetido pelas autoridades governamentais moçambicanas ao BAD para o respectivo sancionamento. As obras, de acordo com a fonte, vão consistir essencialmente na reposição das condutas de descargas de fundo assim como das respectivas comportas. No rol das intervenções a serem levadas a cabo consta, igualmente, a fabricação e fornecimento de novas ensacadeiras. Depois de reabilidada, a infra-estrutura estará em condições de retomar o bombeamento das águas através das comportas de descargas de fundo, uma situação que não está a acontecer nesta altura, na sequência do desastre ocorrido naquelas infra-estruturas de rega há sensivelmente cinco anos. “Importa esclarecer que, presentemente, devido ao acidente ocorrido nas comportas, a opção que nos resta agora é de fazer as descargas, através do descarregador de superfície, com todas as desvantagens e limitações daí decorrentes, porque se atingir a quota soleira, não será possível fazer as descargas de superfície, sendo assim necessário o recurso às comportas de tomada de água”, disse o nosso entrevistado. A Barragem de Massingir, construída no início da década de 1970, foi concebida para a irrigação de uma área de cerca de 90 mil hectares ao longo de todo o vale do Limpopo. Possui, igualmente, um enorme potencial piscatório ao longo da sua albufeira onde se captura, dentre outras espécies, a telápia, um peixe de grande valor comercial que, inclusivamente, está sendo exportado para alguns países vizinhos.

http://www.radiomocambique.com/rm/noticias/anmviewer.asp?a=6371&z=107