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| General: UM EXEMPLO A SEGUIR! Choisir un autre rubrique de messages
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| De: idalinatome  (message original) | Envoyé: 12/12/2010 08:52 | 
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 A verdadeira lição de honestidade com Utilidade Pública...
 
 
 
  
 
 "Enquanto autarca aceitarei prendas que possam ser encaminhadas para o Banco Alimentar contra a Fome."
 
 Quando tomei posse como  presidente da Cmara de Santarém fui confrontado com a quantidade de  prendas que chegavam ao meu gabinete. Era a véspera de Natal. Para um  velho polícia, desconfiado e vivido, a hecatombe de presuntos, leitões,  garrafas de vinho muito caro, cabazes luxuosos e dezenas de bolo-rei  cheirou-me a esturro. Também chegaram coisas menores. E coisas nobres:  recebi vários ramos de flores, a única prenda que não consigo recusar.
 
 Decidi que todas as prendas seriam distribuídas por instituições de  solidariedade social, com excepção das flores. No segundo Natal a coisa  repetiu-se. E então percebi que as prendas se distribuíam por três  grupos. O primeiro claramente sedutor e manhoso que oferecia um chouriço  para nos pedir um porco. O segundo, menos provocador, resultava de  listas que grandes empresas ligadas a fornecimento de produtos, mesmo  sem relação directa com o município, que enviam como se quisessem  recordar que existem. O terceiro grupo é aquele que decorre dos afectos,  sem valor material mas com significado simbólico: flores, pequenos  objectos sem valor comercial, lembranças de Natal.
 Além de tudo isto, o correio é encharcado com milhares de postais de  boas-festas que instituições públicas e privadas enviam numa escala  inimaginável. Acabei com essa tradição. Não existe tempo para apreciar  um cartão de boas--festas quando se recebe milhares e se expede  milhares.
 
 Quanto às restantes prendas, por não conseguir acabar com o hábito,  alterei-o. Foi enviada nova carta em que informámos que agradecíamos  todas as prendas que enviassem. Porém, pedíamos que fosse em géneros de  longa duração para serem ofertados ao Banco Alimentar contra a Fome.  Teve um duplo efeito: aumentou a quantidade de dádivas que agora têm um  destino merecido. E asUm exemplo a seguirsim, nos últimos dois Natais recebemos cerca de 8  toneladas de alimentos.
 
 Conto isto a propósito da proposta drástica que o PS quer levar ao  Parlamento que considera suborno qualquer oferta feita a funcionário  público. Se ao menos lhe pusessem um valor máximo de 20 ou 30 euros,  ainda se compreendia e seria razoável. Em vários países do mundo é  assim. Aqui não. Quer passar-se do 8 para o 80. O que significa que nada  vai mudar. Por isso, fica já claro que não cumprirei essa lei enquanto  funcionário público. Enquanto autarca aceitarei prendas que possam ser  encaminhadas para o Banco Alimentar. E jamais devolverei uma flor que me  seja oferecida.»
 
 
 Francisco Moita Flores, Professor Universitário e Presidente da Camara Municipal de Santarém
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 | |  |  | | De: isaantunes | Envoyé: 12/12/2010 09:30 | 
 | Idalina,
Muito obrigada, sou grande admiradora de Francisco Moita Flores, primeiro, como escritor, pela sensibilidade e experiência de vida, que  transparecem, nas suas obras, depois, pelas suas intervenções na TV. Não duvido do que aqui afirma!
Um beijinho.
Isabel | 
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 | |  |  | | De: idalinatome | Envoyé: 12/12/2010 10:28 | 
 | Isabel, gosto muito dele como pessoa!
Bjs. | 
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 | |  |  | | De: idalinatome | Envoyé: 12/12/2010 10:28 | 
 | Isabel, gosto muito dele como pessoa!
Bjs. | 
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