De acordo com dados a que tivemos acesso, o caudal descarregado baixou dos anteriores 5271 metros cúbicos por segundo para 4800 a partir  daquela data, mantendo cerca de 40 porcento de capacidade de encaixe no nível 320.70 metros.

Como resultado das descargas e da contribuição dos afluentes, a bacia do Zambeze continua em alerta e com tendência de subir de nível em Mutarara, Caia e Marromeu, enquanto que na cidade de Tete houve ligeira diminuição na quarta-feira.

Chuvas intensas ocorridas na bacia do Púngoè incrementaram o volume de escoamentos, vindo a atingir o alerta às 12 horas do dia 29, contrariando a previsão inicial. Esta situação deverá prevalecer nos últimos dias.

Por seu turno, o Incomáti, apesar do aumento de escoamentos, não atingiu o alerta. Os restantes rios não apresentam motivos de preocupação apesar de se insistir na necessidade de precaução, visto que são dependentes das chuvas (são de regime periódico).

Informações que nos chegam de Sofala dão conta que todas as 17 Ilhas que fazem parte da área de jurisdição do distrito de Chemba, numa extensão total de aproximadamente 90 quilómetros, ao longo da bacia do Zambeze, encontram-se completamente inundadas  desde o princípio desta semana, em consequência da subida dos níveis do rio associada às chuvas  montante e da água drenada pelos principais tributários.

Perante tal cenário, as autoridades continuam a fazer a monitoria da situação, apesar de as actividades em Chemba estarem comprometidas por falta de combustível, sobretudo da gasolina, para o reabastecimento da única embarcação a motor.

Conforme revelou num contacto com o “Notícias”, a partir da Beira, o Administrador António Januário, as necessidades actualizadas apontam para 350 litros de gasolina, sendo que, numa primeira fase, o INGC havia já atribuído ao distrito de Chemba uma média de 200 litros que, entretanto, foram aplicados na busca e salvamento de um número ainda não especificado de vítimas que persistiram em permanecer nas zonas susceptíveis a inundações, apesar de terem habitações nas áreas de reassentamento nos bairros como Chímbwe, Chinhabúzwa, Pausserere, Macanga, Ndango, Vila-sede, Nhadula, “3 de Fevereiro” e Nsunso.

A nossa fonte precisou que, porém, os afectados conseguiram retirar toda a produção da segunda época, sobretudo da cultura de milho, que estava na fase de colheita.

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