A previsão da entrada de uma nova série de notas do metical para este ano havia sido anunciada em Junho último pelo banco que pretende assim, conferi-las padrões de qualidade, segurança e fácil identificação, sobretudo para os deficientes visuais.

As novas medidas do Banco Central incluem também a alteração do substrato das notas de 20, 50 e 100 meticais.

A escolha destas denominações, segundo foi dado a conhecer, resulta do facto de serem as de maior rotação e expostas, por conseguinte, a relativamente maior desgaste, tendo em conta o valor aquisitivo da maioria da população moçambicana.

Explicações avançadas na altura pelo Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, indicavam que, após um estudo especializado efectuado, a opção para o reforço da consistência das notas foi de substituição do substrato de papel pelo polímero, que é um material sintético, particularmente ajustado a climas húmidos, actualmente em uso em mais de trinta países, entre os quais a Zâmbia, Nigéria, Austrália, Chile, Paraguai, Honduras, Singapura, Malásia e México, prevendo-se para este ano ainda a sua introdução também no Canadá.

Ernesto Gove disse que com a adopção deste tipo de substrato espera-se reduzir significativamente os custos em que o país incorre com a reposição do dinheiro degradado, permitindo ao Banco Central cumprir com o seu dever legal de fornecer ao público, nas melhores condições de segurança e comodidade, notas de boa qualidade e dificilmente imitáveis.

Actualmente estima-se que de cinco em cinco anos o Banco de Moçambique gasta em divisas entre oito e dez milhões de dólares na substituição de notas do metical danificadas, sobretudo as de 50 e 100 meticais, que são as que mais circulam no mercado. Relativamente às notas de 200, 500, e 1000 meticais elas mantêm o seu substrato de papel, tendo sido, porém, introduzidos melhoramentos nos elementos de segurança.

A fonte chamou a atenção para o facto de que permanecem os motivos das notas do metical da terceira família, mantendo-se, assim, presente a expressão dos referidos valores do património histórico, cultural, económico e faunístico do país.

A entrada em circulação das notas melhoradas não significa a introdução de uma nova família, nem implicará a retirada das notas actualmente em circulação, pelo que haverá uma circulação simultânea num período durante o qual teremos um processo gradual de introdução das notas melhoradas, que o público obterá normalmente nas transacções comerciais e bancárias.

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