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ARTIGOS DE OPINIÃO PUBLICAÇÕES: LUIS OSÓRIO (Rec da Mónia)
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Respuesta  Mensaje 1 de 2 en el tema 
De: nhungue  (Mensaje original) Enviado: 09/04/2013 15:46
As mentalidades que ainda por aí existem. Será que ele sabe alguma coisa do assunto além do que possa ter lido.

Já seria nascido nesse tempo?




REPASSANDO:
 
Os filhos dos retornados chegaram ao poder

LUIS OSÓRIO, MAIS UM JORNALISTA MENTECAPTO DESTE GLORIOSO PORTUGAL DE “BRANDOS COSTUMES”, COM A AGRAVANTE DE SER DECLARADAMENTE RACISTA, PREPOTENTE E COMPLEXADO!

APROVEITA O ARTIGO ABAIXO PARA RETOMAR O ATAQUE AOS “RETORNADOS”, AOS “ESPOLIADOS” E AOS “BRANCOS DE SEGUNDA”, CONSIDERANDO-OS (EM FUNçãO DA SUA PASSAGEM POR TERRAS AFRICANAS) RESPONSÁVEIS PELO DESEMPENHO SUICIDA DO GOVERNO LIDERADO POR PASSOS COELHO E RELVAS.

O RACISMO ENCOBERTO, A DISCRIMINAçãO, A FALSA ACEITAçãO, A INVEJA E A INCOMPETêNCIA, TODAS ESTAS “VIRTUDES” VêM à SUPERFÍCIE EM TEMPOS DE CRISE.


12 de Março, 2013 por Luís Osório, in "SOL"
 
 
 

Em 1975, meio milhão de portugueses das colónias desembarcavam em Lisboa com uma mão à frente e outra atrás.

Em Angola e Moçambique, sobretudo aí, eram donos do espaço e viviam sem preocupações de tempo ou angústias financeiras. Para eles, a morte do Estado Novo trouxe-lhes o fim do paraíso e abriu-lhe as portas a um inferno que nunca poderão esquecer.

Para muitos, Mário Soares é a besta negra. Responsabilizam-no, mais do que a Cunhal, por exemplo, por tudo ter corrido mal. Por muito que o fundador do Partido Socialista fale no peso das circunstncias ou na pressão internacional motivada pelo equilíbrio de poder entre americanos e russos, o certo é que poucos o ouviram ou ouvem. Quase 40 anos depois, pouco interessa a questão da culpa ou da inocência, para eles é o homem que podia ter evitado e não evitou. O réu para os que perderam tudo o que tinham. Para os que chegaram nas pontes aéreas e foram tratados como brancos de segunda, tratados como, porventura, alguns de entre eles tratavam os negros em Angola e Moçambique.

Retornados. Nome que é um rótulo, um peso que os marcou como ferro em brasa. Ainda assim, um processo que correu anormalmente bem – sobretudo se comparado ao que acontecera com as descolonizações francesas. As pessoas foram distribuídas por todo o território, de Norte a Sul os que a si próprios se definiam como ‘espoliados’ puderam recomeçar. Do zero, claro. E os seus filhos, pequenos ou ainda por nascer, também pagaram o preço da profunda infelicidade dos pais, um peso que certamente os terá influenciado. Para o bem e para o mal.

Para o mal, o ressentimento. Para o bem, a vontade de ganhar e uns horizontes mais largos do que a maioria dos que, na metrópole, haviam nascido. Habituados à terra a perder de vista estavam capacitados para ver mais longe e com maior alcance. Vários reconstruíram riquezas, montaram negócios, fizeram boas carreiras.

Onde quero chegar? A um ponto interessante e fundamental para balizar a nossa história contempornea. Porque este é o tempo em que os filhos desses homens e mulheres obrigados a começar tudo de novo, filhos do ressentimento e de uma África de largos horizontes, chegaram ao poder.

O facto poderá ser visto por alguns como uma prova de que as feridas não estão saradas, justificando as medidas do actual Governo como uma espécie de vingança psicanalítica. Mas para outros será o ponto final parágrafo numa narrativa de sucesso, a história de 500 mil portugueses que perderam uma vida e começaram do zero numa terra que, na verdade, tantos não conheciam.

Para os primeiros, é a prova de que o ressentimento passa de pais para filhos. Para os segundos, a prova de que Portugal soube sarar as feridas e incorporar a força, o talento e o largo olhar dos que regressaram.

Os críticos terão mais um motivo para atacar porque se convencerão que é gente que deseja ajustar contas. Os que acreditam dirão que é a grande oportunidade de Portugal mudar na sua mentalidade.

Mudar esta tendência para que, em todas as épocas da História, as elites perguntem se existe futuro para o nosso país. Como escrevi há uns dias, num ‘postal’ para amigos: «É uma marca genética, um traço que nos distingue dos alemães, ingleses ou franceses; ao contrário deles, banhados de certezas, temos a arrogncia da dúvida permanente. Somos orgulhosos, mas fazemos por escondê-lo, como se fôssemos cristãos a rezar nas catacumbas após a morte de Cristo. Quando falamos do que somos, dizemos ‘os portugueses’ e não ‘nós, os portugueses’. Somos o que somos. Umas vezes, tanto. Outras vezes, nada. Adoramos o que detestamos, odiamos o que amamos. Temos o Sol, mas inventámos o fado. Falamos de medo e partimos à conquista do mundo. Temos inveja e somos generosos. Somos uma coisa e o seu contrário».

A história e os cobradores de fraque decretaram-nos da urgência de mudar. A delícia da inconstncia é boa para salões e crédito, e uma tragédia para quem perdeu anéis e já só tem os dedos para oferecer.

Nesta perspectiva, ter Pedro Passos Coelho em São Bento é uma boa notícia. Ainda não completara os dez anos quando Salgueiro Maia e os capitães de Abril impuseram o fim do Estado Novo ao compasso da voz de Zeca Afonso. Com uma infncia angolana, como Miguel Relvas, viu os pais lutarem com dificuldades e sacrifício para alcançar um futuro para os seus filhos.

Em 1974, e no regresso dos retornados nas célebres pontes aéreas de um ano depois, ninguém daria nada por aqueles miúdos de calções e, certamente, olhar assustado. Não passavam de brancos de segunda. Ressentidos e sem futuro.

Afinal, o futuro revelou-se de um outro modo. Como aliás sempre acontece. Os filhos conquistaram o poder. E uma parte de Portugal, tal como aconteceu com os seus pais, grita para que desapareçam, para que tenham vergonha na cara, para que nunca mais voltem.

O ressentimento tem sempre múltiplas faces, está em todo o lado e não é exclusivo de ninguém em particular. É democrático. Um patrimônio de todos. Infelizmente.

A História é uma maravilhosa caixa de surpresas, não é?

Tags: Ficheiros Secretos, Opinião, Luís Osório

Cumprimentos

Luiz Pinto



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Respuesta  Mensaje 2 de 2 en el tema 
De: Helena Marinho Enviado: 10/04/2013 00:24

Quando li este artigo pela 1ª vez, fiquei deveras enojada e desgostosa com tamanha estupidez, já para não falar de racismo.....
Pensanfo bem, e relendo o artigo deste crápula, chequei à conclusão de que são escritos destes que provam a nossa diferença, que foi aceite por uns e não por outros,....
este é um deles.....
Obrigada por aqui postares este artigo, acho que todos, retornados ou não, o devem ler, porque é execrável e qualquer pessoa de boa fé o rejeitará, mas todos devemos conhecer o artigo e o seu autor,,,,
Um abraço,
Lena


 
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