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PÁGINA DE JOTA HÁ: AFORISMO
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De: Jota Há  (Mensaje original) Enviado: 30/11/2009 23:15
             

AFORISMO

Jota Há

Tudo pode acontecer, inclusive para os mais favorecidos às vezes acontece cada uma. Basta estarmos vivos que até morrer podemos. Eu garanto que esse direito não nos é negado. Cedo ou tarde você vai conseguir chegar lá, não se preocupe nem fique pensando que você foi postergado – só porque está demorando um pouco –, ninguém o substitui.

Este prembulo é apenas para lhes contar o que me contou um dia um antigo conhecido. Prestem atenção que eu não uso o termo amigo. Ele era na época muito bem de vida, portanto, quem está bem, quando se aproxima do pobre é simplesmente para explorá-lo ou tem a intenção de. É por isso que os ricos não se misturam com os pobres. Além de ricos eles são conscienciosos, não querem tirar proveito. Só os pobres não entendem essas coisas e ficam reclamando.

Contou-me numa daquelas noites em que ele estava de bom humor, que certa vez, quando se dirigia para um dos seus sítios – fazenda –, rico quando fala com pobre é quase sempre modesto. Fez questão de frisar que, tratava-se de véspera de um feriado prolongado. Viajava sozinho. Lá pelas oito horas da noite, depois de haver percorrido mais de duzentos quilômetros, numa estradinha de terra, noite sem luar a escuridão era total. De repente: Vapt! O carro parou, o rádio desligou tudo se apagou silêncio, silêncio de doer os ouvidos com o seu próprio barulho. Só quebrado com o coaxar de sapos em algum brejo vizinho.

Foi aí que para o seu desespero total constatou ter esquecido o telefone celular, portanto estava, como se diz na gíria: no mato sem cachorro, sem nenhum meio de comunicação com o mundo chamado civilizado.

Apesar da pequena distncia. Mesmo nessas situações o tempo não para. Vai sempre passando, passando. As tentativas para fazer o carro pegar foram tantas que, aquele ratinho do labirinto que foi usado para fazer demonstração de erros e acertos ficaria com vergonha. Porém, o carro continuou em inércia total, nem empurrando ele saiu do lugar. Tudo estava travado. Parecia para ele. A única coisa que ainda funcionava no momento era seu relógio, ao consultá-lo constatou já ser vinte duas horas e quarenta minutos. Desanimo total, só lhe restava voltar para dentro do carro, trancá-lo muito bem e tentar dormir – apesar da fome que já se aproximava.

Amanhã seria outro dia.

Quando já se preparava para trancar o carro, eis o que surge, uma luz. Não era a luz do fim do túnel não, era uma luz que balançava há mais ou menos cem metros de distncia. Um pouco ressabiado, mas não lhe restava outra atitude a tomar. Saiu do carro e ficou aguardando aquela luz se aproximar.

Tratava-se de um caboclo residente naquelas redondezas, que voltava de uma novena da casa do compadre e que pretendia caminhar o quilômetro ainda restante o mais depressa possível, não para chegar a sua palhoça, mas para alcançar o bar da estrada ainda aberto para poder tomas mais algumas antes de ir dormir.

O caboclo trazia numa das mãos uma lanterna daquelas quadradinhas fechadas com vidros e uma vela acesa lá dentro. Essa era a luz que balançava. Ao aproximar-se demonstrou aquela polidez peculiar de todo caboclo brasileiro: tirando o chapéu para cumprimentar o doutor e perguntar o que estava acontecendo.

Com poucas palavras as coisas ficaram esclarecidas, o caboclo entendeu ou fez de conta que entendeu. Também, não estava muito interessado em pormenores. Prático, como são todos os caboclos, convidou o doutor para caminhar com ele até o bar da estrada onde poderiam beber ou comer alguma coisa. Proposta essa que o "doutor" aceitou sem rodeios e, imediatamente se puseram a caminho.

O percurso de onde estava o carro até o bar não era longo e, a conversa entre os dois foi mais curta ainda, pois, o caboclo, por força do hábito, não faz pergunta a estranho, responde, quando responde, quase sempre por monossílabas.

O bar ainda estava iluminado, para alívio dos dois caminhantes. Pelo horário costumeiramente estaria fechado, mas felizmente naquela noite dois viajantes resolveram lanchar e tomar algumas cervejas naquele local. Foram os fregueses que eles encontraram. Os dois viajantes e mais um rapaz, este, freguês assíduo e amicíssimo do caboclo que acompanhava o meu conhecido.

No bar, aquele bar de estrada que todos nós bem o conhecemos, cumprimentaram a todos, o caboclo apresentou o meu conhecido ao seu amigo e assim ficaram os três na mesa que já estava sendo ocupada pelo rapaz.

Meu conhecido pediu um lanche e uma garrafa de vinho, enquanto que os dois continuaram na garrafa de cachaça do rapaz que já se encontrava na mesa.

Foi lanchando e tomando a garrafa de vinho que o meu conhecido ouviu, sem participar, o seguinte dialogo que, naquela noite me contou.

Josemar se chamava o rapaz. E foi a quem o caboclo se dirigiu.

– Estou estranhando você Josemar, nós já tomamos algumas doses e você não fala nada. Parece que está triste ta chorando a morte da bezerra, ta?

– Não é nada com ninguém não é comigo mesmo estou com problemas de família, esqueça deixa pra lá, vamos beber que é melhor.

– Que deixa pra lá o que rapaz, vamos lá desembucha. Falar só pode te fazer bem, e quem sabe? às vezes até a gente pode dar uma ajuda.

– Eu explico: esta semana eu recebi carta de casa, onde minha irmã escreveu que estão passando necessidades. De imediato, quase comprei passagem para viajar com o primeiro ônibus, depois ponderei, não é da minha presença que eles estão precisando e, sim de dinheiro. Enviei todo o que eu tinha nos bolsos, daí a minha atual situação. Além de enviar todo o dinheiro que tinha, eu continuo preocupado. Sei que não resolvi o problema e, que, daqui a umas duas semanas posso receber outra carta dizendo a mesma coisa.

– Ora Josemar! Deixa esses pensamentos pessimistas. O que está ocorrendo com você, ocorre com quase todas as pessoas, em maior ou menor escala, mas ocorre. Você está passando por uma dificuldade momentnea. Faça o seguinte raciocínio: Estou presentemente sem dinheiro, mas num futuro próximo eu me recomponho. A pobreza é uma questão de espírito. Nossos raciocínios devem ser direcionados para a solução da miséria, e não para ficarmos abatidos tornando-nos uns miseráveis.

– É eu gostaria de poder pensar como você. Mas não consigo. às vezes eu penso que estou muito acomodado, penso que eu deveria mudar de emprego, procurar uma coisa melhor, sei lá. Faz dez anos que estou no mesmo lugar e não melhora nunca.

– Nada disso, você está um pouco apavorado. Ruim com esse emprego, pior sem ele. Nunca te faltou nada desde quando eu te conheço. Outra coisa, nunca te esqueça que: mais vale os maus conhecidos do que os bons a conhecer. Depois nós estamos aqui, fique à vontade, tome seus aperitivos, em último caso o dono do bar pendura aí para nós.

Por favor, traz outra garrafa – pediu o caboclo.

– Realmente, acho que você deve ter razão, eu estou sofrendo por antecipação.

– Vamos deixar de falar sobre coisas tristes. Olha lá quem chegou! O gordo chegou! Oscar, parecendo um porcão como sempre. É um bom amigo. Pena que é casado e têm filhos pequenos. Não acho muito certo que ele fique nos acompanhando, isso pode prejudicá-lo.

– Ele já tem idade bastante para saber o que está fazendo. Depois eu não vejo nada demais que um homem casado tome seus aperitivos com os amigos. Se ele só freqüenta aqui, menos mal. Durante todo esse tempo, uns cinco anos, mais ou menos faz que eu o conheço, pelo menos aqui, posso testemunhar que o nosso amigo Oscar, nunca saiu limites. Para a esposa dele eu diria: Oscar é nosso amigo, freqüenta o mesmo bar que freqüentamos. Durante o período de cinco anos, sempre teve um comportamento de pessoa ilibada, portanto, em nossos arquivos nada consta que o desabone.

– Será que a esposa dele pensa assim? Lembre-se: Nem sempre o que é direito é justo. Sem nenhum preconceito, comece a imaginar que você é a esposa do nosso amigo Oscar. Você é mãe de dois filhos, naturalmente casou-se com nosso amigo, teve dois filhos com ele, é muito natural que sinta alguma coisa por ele. Financeiramente, as coisas não devem ser lá muito auspiciosas. Nosso amigo, desde que se casou, trabalha todos os dias, inclusive domingos e feriados. Estou aqui todas às noites, também posso testemunhar que o Oscar, poucas noites falhou durante todo esse período. Ora, arredondando, fazendo uma média aritmética dos horários que saímos deste bar quase todas às noites, não podemos deixar por menos das vinte e três horas. Eu pergunto qual o tempo que sobra para o nosso amigo Oscar dispensar para sua esposa e seus filhos? Não podemos esquecer que ele precisa de tempo para dormir, para sua higiene pessoal, sem contar algum tempo que ele, como todo ser humano, necessita para dedicar a si próprio. Como vivem? O que sabem essas crianças sobre o pai? E ele, o que sabe sobre os filhos? Matrimonio! Matrimonio! E ainda não acabaram com àqueles que pregam: até que a morte vos separe.

Oscar, que já tomou posse da sua dose, se aproxima da mesa e cumprimenta o Josemar.

– Olá sumido! Como vai essa força?

– Assim, assim!… Responde o Josemar.

– E você, o que me contas?

O de sempre, estamos aqui. – Responde o caboclo.

Nosso amigo Josemar parece estar triste, o que está acontecendo com ele? – Pergunta Oscar.

Nada não. – Apressou-se o caboclo em dar uma resposta.

O dono do bar avisando a todos: já são altas horas, precisamos fechar o estabelecimento, amanhã é outro dia.

Durante todo esse tempo, meu conhecido só ouviu, mas o aforismo que tinha na cabeça, também, naquele momento não poderia ser dito:

"Como os pobres são grotescos! E como os seus odores nos incomodam mesmo à distncia! Em qualquer lugar do mundo eles incomodam. São viajantes inoportunos que ocupam nossos lugares mesmo quando estamos sentados e eles viajam em pé".

(Lêdo Ivo).

"Mudemos nosso pensamento e o mundo ao nosso redor mudará também."

Richard Bach

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