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Por favor, não me analise Não fique procurando cada ponto fraco meu. Se ninguém resiste a uma análise profunda, Quanto mais eu... Ciumento, exigente, inseguro, carente Todo cheio de marcas que a vida deixou Vejo em cada grito de exigência Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese É uma integração de dados Não há que tirar nem pôr Não me corte em fatias Ninguém consegue abraçar um pedaço Me envolva todo em seus braços E eu serei o perfeito amor.
Mário Quintana
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Trezentos e Sessenta e Seis
Mario Quintana
A vida é uns deveres
Que nós trouxemos pra fazer em casa.
Quando se vê,já são 6 horas:há tempo...
Quando se vê já é 6ª feira...
Quando se ê, assaram 60 anos...
Agora é tade demais pra ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra
oportunidade,
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre, sempr em frente...
E iria jogando pelo caminho
A casca dourada e inútil das horas.
*Respeite os Direitos Autrais*
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Data e Dedicatória
Teus poemas, não os dates nunca... Um poema Não pertence ao Tempo...
Em seu país estranho, Se existe hora, é sempre a hora estrema Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento Lábio o cálice inextinguível... Um poema é de sempre, Poeta: O que tu fazes hoje é o mesmo poema Que fizeste em menino, É o mesmo que, Depois que tu te fores, Alguém lerá baixinho e comovidamente, A vivê-lo de novo... A esse alguém, Que talvez ainda nem tenha nascido, Dedica, pois, os teus poemas. Não os dates, porém: As almas não entendem disso...
MÁRIO QUINTANA
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Borboletas - Mário Quintana
Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe, também, que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem (ou a mulher) da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando... mas quem estava procurando por você...
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Quem Ama Inventa
Mário Quintana
Quem ama inventa as coisas que ama...
Talvez chegastes quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
e era um revôo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam os sinos
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer Ressureições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sózinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado e ter vivido o sonho!
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Crônica de uma Saudade
Centenário do Poeta Mário Quintana
Silas Correa Leite
Pois é, querido poeta Mário Quintana, hoje é três de julho de 2006 e farias cem anos!. Farias, não, que fazes, tu sabes o lugar que estás, pois o lugar que estás é o lugar-luz que és, até mesmo e principalmente na escala de valores literário da história. És nome de escola, de rua, de biblioteca, a casa-hotel em que habitavas agora é um Centro Cultural, e lá está a memória viva de tu´alma, teus tarecos diversos entre objetos que te inspiraram, nos poemas que deixaste para nosotros.
Ouvi e vi um menino vidrado te declamando todo garbo, vi tua filha inaugurando uma mostra-exposição, vi teu quarto de dormir - e ainda sonhas? - porque tudo na vidinha passa, mas foste menino-passarinho, com tua poética-passarinho, e lá estava a moça cicerone dando uma lanterna para a turista-repórter boquiaberta te ler em poemas murais, aclareado no escuro, numa bela montagem-instalação de ti, muito além de ti. Já pensou, guri?
Centenário é um poema do longe dentro da gente, ou da gente dentro do longe saudoso e quase pensadilho também?
Pois é, caro poeta Mário Quintana, com tua poesia quintanilha, punhas a alma avelã no quorador das idéias, e secavas o teu poema numa fresta da folha da janela, numa fresta-pano do varal, num ponto de fuga todo especial de ti; tua poética quintaneira de quintais urbanos, trapézios enluados, enfeitiçando a petizada, fuzarqueando, tu mesmo um guri a desvendar os véus de utopias, nas releituras tantas, ricas, páginas viradas de vidas e memórias, de contações e das quireras líricas de tua estadia no meio de nós, poemas aos quatro cantos e aos quatro ventos.
Teu poetar morava nas idéias das coisas. Hoje são cantares, cantatas, nênias e invencionices puras, mosaicos de tua alma nau.
No galeio de teus versos, a poesia trololó, peneiradinha com um gauche em torno de coisas primárias, básicas, primordiais, nutridas pelo teu açúcar, extrativismos de momentos, recolhes de pertencimentos, técnicas de cortar cana e fazer doces palitos-poemas, pilhas-palitos-poemas, energizando o lado piá (grotesco-bucólico) da gente, brava gente, mais a vidinha maroteira das idéias chãs, dando um gute-gute, um chape-chape, feito um recolhedor de focos, polaróides, fotogramas, closes, insights, com tua poetagem que esparramava haicais tropicais em sulinos berços esplêndidos, feito um moinho letral de dizer contentices noturnais e bonitezas pré-aurorais.
Mário Quintana com cem anos, e ainda ali pondo tua alma criança para poetar o belo, o mágico, a poesia que saía leve e suave, nuvem e solta, poucos versos nas metragens e tanto conteúdo existencial. Farias cem anos, belo, e aqui ainda fazes conosco, com teus livros, tuas fotos, tua poesia de ninar gente grande, poeta-passarinho.
No roda-cotia das doces relembranças, o teu sereno olhar de avoar jabuti, a tua voz de menino grande, como uma pequena clarineta-requinta afinada de vivências, os teus gestos magnos, mais o teu olhar acima e sobre todas as coisas, tirando fragmentos de instantes nus, atiçando nodais de injustiças, pincelando tua vida por registrar isso mesmo: teu tempo, as asperezas dos homens, as lanternas sobre tristices dessa gente humilde e a voz do povo resgatada em teu lirismo que embonitava tudo.
Cem anos, Mário Quintana, pois que viajaste fora do combinado, foste poetar nos pagos celestes enserenados de divindades, e nós aqui sem um fotógrafo de registros comuns, cotidianos, como tu; que dão seladura à tabua de carne dessa vidinha que seria uma merreca, se não foste o que deixaste de lastro lavra, um olhar que via da lagarta de couve ao long-play de Caruso com voz enlivrada por teus criares. Fazes falta, poeta, fazes falta.
Saberias colocar quebra-queixo nos nossos curtumes e purgações, porque teus poemas eram esse grude que enricava a nossa alma por teus olhares sadios e recuperadores de momentos, imagens e sentimentos. Na maria-mole queimada de teus poemas, no suspiro cor-de-rosa de tuas palavras, no pé-de-moleque de teu serpentear versos, ficamos sem a benção de teu poetar bendito, buquê de elencos versejados.
Será que foi Mário Quintana quem escreveu tantos versos bonitos, ou foi algum verso-guri delezinho que o criou como encantado, para nos tirar picumãs de tristices? E agora essa saudade beliscando a beldroega da ausência. Ora, deve ser ele mesmo que, de novo, todo trancham, estilingue na mão direita, cetra na calça rancheira ou de morim-cambraia, continua pondo sentimentos revisitados dentro de nossa alma saudosa? Vá saber. Poesia-passarinho não tem engenhos do tempo para nortear, é livre, vai e vem, faz e acontece, se pirulita daqui prali. Por isso que digo que, sim, ele está no meio de nós, e nós o vamos lendo como salmos contentes de seus achados existenciais, como certidões de seus documentos íntimos: belezura de pôr groselha na alma criança da gente, iluminando o coração daquele que ainda têm coração.
Querido Mestre Mário Quintana, dá licencinha, como num jogo de contas de vidro, vou pular a amarelinha da saudade água viva e ler os poemas-história-em-quadrinhos que escreveste para que pudesses permanecer sempre moleque-camaleão dentro da alma rueira da gente.
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Trova
Mario Quintana
Coração que bate-bate... Antes deixes de bater! Só num relógio é que as horas Vão passando sem sofrer.
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Ah ! Meus velhos camaradas
Gadêa... Pelichek... Sebastião... Lobo Alvim... Ah, meus velhos camaradas! Aonde foram vocês? Onde é que estão Aquelas nossas ideais noitadas?
Fiquei sozinho... Mas não creio, não, Estejam nossas almas separadas! às vezes sinto aqui, nestas calçadas, O passo amigo de vocês... E então
Não me constranjo de sentir-me alegre, De amar a vida assim, por mais que ela nos minta... E no meu romantismo vagabundo
Eu sei que nestes céus de Porto Alegre É para nós que inda S. Pedro pinta Os mais belos crepúsculos do mundo!...
Mário Quintana
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A Rua dos Cataventos - II
Dorme, ruazinha... E tudo escuro... E os meus passos, quem é que pode ouvi-los? Dorme o teu sono sossegado e puro, Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos
Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro... Nem guardas para acaso persegui-los... Na noite alta, como sobre um muro, As estrelinhas cantam como grilos...
O vento está dormindo na calçada, O vento enovelou-se como um cão... Dorme, ruazinha... Não há nada...
Só os meus passos... Mas tão leves são Que até parecem, pela madrugada, Os da minha futura assombração...
Mário Quintana |
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AMADURECIMENTO
*Mario Quintana*
Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você... A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando... A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas uma coisa parece estar sempre presente. A busca pela felicidade com o amor da sua vida. Desde pequenos ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar?" E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele?". Como diz o meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era. Cada namorado era o novo homem da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo". Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses. Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva. Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite. Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo. A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes. A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas,mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa. Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira. Sem falar na diversidade que vai do Forró aos pagodes Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga,fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som... Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa,você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama),e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
E eu vou acreditar nisto sinceramente... Cuidar do meu jardim...iluminar e encher de flores...amar a vida e sorrir...
(Mario Quintana)
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" Considere-se sempre um cidadao de primeira classe do mundo. Ninguem merece tratamento melhor do que voce mesmo"
Llylybety
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Ao longo das janelas mortas
Ao longo das janelas mortas Meu passo bate as calçadas. Que estranho bate!...Será Que a minha perna é de pau? Ah, que esta vida é automática! Estou exausto da gravitaçăo dos astros! Vou dar um tiro neste poema horrivel! Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso Senhor, as prostitutas, os mortos! Venham ver a minha degradaçăo, A minha sede insaciável de năo sei o quę, As minhas rugas. Tombai, estrelas de conta, Lua falsa de papelăo, Manto bordado do céu! Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa Esta carcaça miserável de sonho...
Mário Quintana
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Canção da garoa
Em cima do telhado Pirulin lulin lulin, Um anjo, todo molhado, Soluça no seu flautim.
O relógio vai bater: As molas rangem sem fim. O retrato na parede Fica olhando para mim.
E chove sem saber porquê E tudo foi sempre assim! Parece que vou sofrer: Pirulin lulin lulin...
Mário Quintana |
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Quero um dia poder dizer às pessoas, Que nada foi em vão... Que o amor existe, Que vale a pena se doar as amizades, Se doar às pessoas, Que a vida é bela sim, E que eu sempre dei o melhor de mim... E que valeu a pena!!! (Mário Quintana)
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Me Entrego Pra Você...
Me leva por caminhos de amor e prazer Se inflame na chama do meu corpo Me sufoca Me enrosca De forma natural se entregue Me pega Me laça Me abraça Vem me induzir aos seus anseios e aos meus desejos tão loucos que aos poucos vão nos consumindo de tanto amor e prazer Eu quero seu amor a qualquer preço Quero que você me tenha por inteiro Quero seus beijos ardentes tão doces... tão quentes... e me embriagar no perfume do seu corpo para que possamos viajar nesse amor tão bonito. (Mário Quintana)
FONDO POR MARY
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O luar
Mário Quintana
O luar, é a luz do Sol que está sonhando
O tempo não pára! A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
...os verdadeiros versos não são para embalar, mas para abalar...
A grande tristeza dos rios é não poderem levar a tua imagem...
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