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Filosofia
Você quer mesmo saber como a vida se levar? Pois é... primeiro viver e depois, filosofar...
Diz que é rico... Pode ser... Mas pode ser que não seja... Ser rico... é apenas poder fazer o que se deseja. . .
Nessa eterna e dura lida renasço a cada momento lavando as dores da vida no rio do esquecimento...
Onde o sonhar de outra idade? A fé que tive, e perdi? Hoje... chego a ter saudade daquele ... que já morri...
(Poema de JG de Araujo Jorge do livro – Cantiga do Só – 1964)
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"Estudo nº 11 "
(Poema de J. G. de Araujo Jorge extraído
do livro A Outra Face - 1949)
Pode-se ir até à infncia encontrá-la.
Ninguém nos manda, nós nem sabemos, de repente uma palavra, um riso, um objeto, uma emoção nos atiram para longe em queda.
Sim. Estamos de calças curtas, o redemoinho na cabeça, as tias fazendo queixas contra os filhos da Zilda que chegaram do Acre:
"meninos perdidos, que sabem mais das coisas que a gente!"
Sim! Pode-se ir à infncia encontrá-la, mas nos sentimos estranhos, intrusos, abandonados no silêncio da memória.
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Sensual
Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado; nos lábios, a volúpia ardente do teu beijo; no quarto a solidão, desnuda, ainda te vejo, a olhar-me com olhar nervoso e apaixonado...
Partiste!... Mas no peito ainda sinto a nsia e o latejo daquele último abraço inquieto e demorado... - Na quentura do espaço a transpirar pecado, Ainda baila a figura estranha do desejo...
Não posso mais viver sem ter-te nos meus braços! - Quando longe tu estás, minha alma se alvoroça julgando ouvir no quarto o ruído dos teus passos...
Na lembrança revejo os momentos felizes, e chego a acreditar que a minha carne moça na tua carne moça até criou raízes!...
( J. G. de Araujo Jorge - coletnea - in "Poemas do Amor Ardente" 1961 )
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Orgulho e renúncia
Não penses que a mentira me consola: parte em silêncio, será bem melhor... Se tudo terminou a tua esmola meu sofrimento ainda fará maior...
Não te condeno nem te recrimino ninguém tem culpa do que aconteceu... Nem posso contrariar o meu destino nem tu podias contrariar o teu!
Sofro, que importa? mas não te censuro, o inevitável quando chega é assim, -se esse amor não devia Ter futuro foi bem melhor precipitar seu fim...
Não te condeno nem te recrimino tinha que ser! Tudo passou, morreu! Cada qual traz do berço seu destino e esse afinal, bem doloroso, é o meu!
Estranho, é que a afeição quando se acabe traga inútil consolo ao nosso fim quando penso que ainda ontem, - quem o sabe? tenha sentido algum amor por mim...
Não procures mentir. Compreendo tudo. Tudo por si justificado está: - não tens culpa se te amo... se me iludo, se a vida para mim é que foi má...
Vês? Meus olhos chorando estão contentes! Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga a dizeres aquilo que não sentes, nem eu preciso disto minha amiga...
Parte. E que nunca sofrer alguém te faça o que sofri com o teu ingênuo amor; - pensa que tudo morre, tudo passa, que hei de esquecer-te, seja como for...
Pensa que tudo foi uma tolice... Só mais tarde, bem sei, - compreenderás as palavras de dor que não te disse e outras, de amor... que não direi jamais!
( Poema de JG de Araujo Jorge, do livro "AMO ", 1938 )
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Ser mãe
1 Quando todos te condenem quando ninguém te escutar, ela te escuta e perdoa, por ser mãe - é perdoar!
2 Quando todos te abandonem e ninguém te queira ver, ela te segue e procura pois se mãe - é compreender!
3 Quando todos te negarem um pão, um beijo, um olhar, ela te ampara e acarinha por ser mãe - sempre é se dar!
( Poema de JG Araujo Jorge, in "Cantiga do Só" - 1964 )
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Bom dia, amigo Sol
Bom dia, amigo Sol! A casa é tua! As bandas da janela abre e escancara, - deixa que entre a manhã sonora e clara que anda lá fora alegre pela rua!
Entre! Vem surpreendê-la quase nua, doura-lhe as formas de beleza rara... Na intimidade em que a deixei, repara Que a sua carne é branca como a Lua!
Bom dia, amigo Sol! É esse o meu ninho... Que não repares no seu desalinho nem no ar cheio de sombras, de cansaços...
Entra! Só tu possuis esse direito, - de surpreendê-la, quente dos meus braços, no aconchego feliz do nosso leito!...
( Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro Eterno Motivo; - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943 )
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Manhã para se feliz
Esta é uma manhã para ser feliz em um lugar, de algum modo, é uma manhã para ser feliz...
Esta é uma manhã para dois, para dois juntos abraçados e tontos, num remoinho não como nós, eu aqui, diante do sol, das árvores, de tudo envergonhado porque estou sozinho...
Esta é uma manhã que me fala de ti, nas nuvens, na transparência do ar, neste azul do céu, imaculado, na beleza das coisas tocadas de sonho e imaturidade...
Uma manhã de festa para ser feliz de verdade! Esta é uma manhã para te Ter ao meu lado...
Quando Deus fez uma manhã como esta estava com certeza apaixonado...
(Poema de JG de Araujo Jorge – do livro - Espera- 1960)
Formatação Luna
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Teus seios
Teus seios... quando os sinto, quando os beijo na nsia febril de amante incontentado, são pólos recebendo o meu desejo, nos momentos sublimes de pecado...
E às manhãs... quando acaso, entre lençóis das roupagens do leito, saltam nus, lembram, não sei, dois lindos girassóis fugindo à sombra e procurando a luz!...
Florações róseas de uma carne em flor que se ostenta a tremer em dois botões na primavera ardente de um amor que vive para as nossas sensações...
Túmidos... cheios... palpitantes, como dois bagos do teu corpo de sereia, tem um rubro botão em cada pomo como duas cerejas sobre a areia...
Quando os tenho nas mãos... Quantas delícias!... Arrepiam-se, trêmulos , sensuais, e ao contato nervoso das carícias tocam-me o peito como dois punhais!...
Meu lúbrico prazer sempre consolo na carne destas ondas revoltadas, que são como taças emborcadas no moreno inebriante do teu colo...
(Poemas de J. G. de Araujo Jorge, extraídos do livro Poemas do Amor Ardente - 1961)
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O verbo amar
Te amei: era de longe que te olhava e de longe me olhavas vagamente... Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente, que a alma da gente faz escrava.
Te amava: como inquieto adolescente, tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava adivinhando esse mistério ardente do mundo, em cada beijo que te dava.
Te amo: e ao te amar assim vou conjugando os tempos todos desse amor, enquanto segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...
Te amar: é mais que em verbo é a minha lei, e é por ti que o repito no meu canto: te amei, te amava, te amo e te amarei!
(Poema de JG de Araujo Jorge do livro -Bazar de Ritmos- 1935)
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Gosto quando me falas de ti...
Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo e vou descortinando a tua vida na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos tranqüilos
Gosto quando me falas de ti... e então percebo que antes mesmo de chegar, me adivinhavas, que ninguém te tocou, senão o vento que não deixa vestígios, e se vai desfeito em carícias vãs...
Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos a luz vasculha todos os cantos de sombra, e eu só te encontro e te reencontro em teus lábios, apenas pintados, maduros, mas nunca mordidos antes da minha audácia.
Gosto quando me falas de ti... e muito mais adiantas em teus olhos descampados, sem emboscadas, e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol distendido, e descortino o teu destino, como um caminho certo, cuja primeira curva foi o nosso encontro.
Gosto quando me falas de ti... porque percebo que te desnudas como uma criança, sem maldade, e que eu cheguei justamente para acordar tua vida que se desenrola inútil como um novelo que nos cai no chão...
( Poema de JG de Araujo Jorge do livro "Quatro Damas" 1a ed. 1965 )
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Exaltação do Amor
Sofro, bem sei... Mas se preciso fôr sofrer mais, mal maior, extraordinário, sofrerei tudo o quanto necessário para a estrêla alcançar... colher a flor...
Que seja imenso o sofrimento, e vário! Que eu tenha que lutar com força e ardor! Como um louco talvez, ou um visionário hei de alcançar o amor... com o meu Amor!
Nada me impedirá que seja meu se é fogo que em meu peito se acendeu e lavra, e cresce, e me consome o Ser...
Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor!
Se êsse amor não puder ser meu viver há de ser meu para eu morrer de Amor!
(Poema de JG de Araujo Jorge do livro -Bazar de Ritmos- 1935)
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Gostaria
Queria compartilhar contigo os momentos mais simples e sem importncia. Por exemplo: sair contigo para passear, sentir-te apoiada em meu braço, ver-te feliz ao meu lado alheia a todo mundo que passasse.
Gostaria de sair contigo para ouvir música, ir ao cinema, tomar sorvete, sentar num restaurante diante do mar, olhar as coisas, olhar a vida, olhar o mundo despreocupadamente, e conversar sobre "nós" – esse "nós" clandestino que se divide em "tu e eu" quando chega gente.
Encontrar alguém que perguntasse: "Então, como vão vocês?" E me chamasse pelo nome, e te chamasse pelo nome e juntasse assim nossos nomes, naturalmente, na mesma preocupação.
Gostaria de poder de repente te dizer: Vamos voltar pra casa... ( Como se felicidade pudesse ser uma coisa a que tivéssemos direito como toda gente) Queria partilhar contigo os momentos menores da minha vida, porque os grandes já são teus.
(Poema de JG de Araujo Jorge do livro – A Sós – 1958 )
Formatação Luna
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Os versos que te dou
Ouve estes versos que te dou, eu os fiz hoje que sinto o coração contente enquanto teu amor for meu somente, eu farei versos...e serei feliz... E hei de fazê-los pela vida afora, versos de sonho e de amor, e hei depois relembrar o passado de nós dois... esse passado que começa agora... Estes versos repletos de ternura são versos meus, mas que são teus, também... Sozinha, hás de escutá-los sem ninguém que possa perturbar vossa ventura... Quando o tempo branquear os teus cabelos hás de um dia mais tarde, revive-los nas lembranças que a vida não desfez... E ao lê-los...com saudade em tua dor... hás de rever, chorando, o nosso amor, hás de lembrar, também, de quem os fez... Se nesse tempo eu já tiver partido e outros versos quiseres, teu pedido deixa ao lado da cruz para onde eu vou... Quando lá novamente, então tu fores, pode colher do chão todas as flores, pois são os versos de amor que ainda te dou.
(Poema de JG de Araújo Jorge do livro "Meu Céu Interior" – 1934)
Formatação Luna
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Esperança
Não! A gente não morre quando quer, Inda quando as tristezas nos consomem. Há sempre luz no olhar de uma mulher E sangue oculto na intenção de um homem.
Mesmo que o tempo seja apenas dor E da desilusão se fique prisioneiro. Vai-se um amor? Depois vem outro amor Talvez maior do que o primeiro.
Sonho que se afogou na baixa-mar, De novo há de erguer, cheio de fé, Que mesmo sem ninguém o suspeitar, Volta a encher a maré.
Não penses que jamais hás de achar fundo Nem que entre as tuas mãos não terás outra mão. Pode a vida matar o sonho e o sol e o mundo, Mas não nos mata o coração.
(Poesia de Maria Helena,– extraído do livro Concerto a 4 mãos - de JG de Araujo Jorge - 1959 )
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Razões de Amor
Gosto de ti desesperadamente: dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto, dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso; dos teus seios de ambrósias, brancos manjares trementes com dois vermelhos morangos para as minhas alegrias; de teu ventre - uma enseada - porto sem cais e sem mar - branca areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar; de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo, de tuas coxas que lembram as brancas asas do sexo; - do teu corpo só de alvuras - das infinitas ternuras de tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos, mãos angorás, que parecem que só de carícias tecem esses desejos da gente... Gosto de ti desesperadamente; gosto de ti, toda, inteira nua, nua, bela, bela, dos teus cabelos de tarde aos teus pés de Cinderela, (há dois pássaros inquietos em teus pequeninos pés) - gosto de ti, feiticeira, tal como tu és...
(Poema de JG de Araujo Jorge, extraído do livro A SÓS... , 1958)
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Natal
J.G de Araujo Jorge
Antes se arrepender do que se fez um dia por sincero prazer pondo tudo de lado, do que o arrependimento de se ter deixado de fazer, por temor.... - se o coração pedia.
Se colheste a emoção com intensa alegria e se foste feliz e marcaste o passado, bendiz esse segundo ou essa hora, - esse dia em que o mundo foi teu, vencido e conquistado...
A vida é uma aventura e é preciso vivê-la! Nada há que justifique uma abstinência ao mundo, - ergue a mão para o céu e colhe a tua estrela!
É a hora do Natal... A estrela é o teu presente! Mesmo que ela cintile apenas um segundo, contigo hás de levá-la indefinidamente.
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Natal
J.G de Araujo Jorge
Antes se arrepender do que se fez um dia por sincero prazer pondo tudo de lado, do que o arrependimento de se ter deixado de fazer, por temor.... - se o coração pedia.
Se colheste a emoção com intensa alegria e se foste feliz e marcaste o passado, bendiz esse segundo ou essa hora, - esse dia em que o mundo foi teu, vencido e conquistado...
A vida é uma aventura e é preciso vivê-la! Nada há que justifique uma abstinência ao mundo, - ergue a mão para o céu e colhe a tua estrela!
É a hora do Natal... A estrela é o teu presente! Mesmo que ela cintile apenas um segundo, contigo hás de levá-la indefinidamente.
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Mensagem no Dia de Natal
( Poema de JG de Araujo Jorge - do livro " O Canto da Terra " 1a edição - 1945 )
I
Eu não penso nos heróis...
Eu não penso nos heróis, cujos nomes ficarão perpetuados na História; eu não penso nos heróis que ficarão como restos mutilados das batalhas e receberão medalhas cobertos de glória; eu não penso nos soldados que tiveram gestos ousados e desprendidos, e posaram anônimos para as futuras estátuas dos soldados desconhecidos...
Eu penso é na juventude que se apaga como um meteoro dentro da noite; nos sábios do futuro que ficaram com os olhos vidrados e inertes, e que não pensarão mais; nos futuros artistas, que caíram de bruços com o coração na terra e encontraram a paz; penso neles, - os sábios, os cientistas, os escritores, os artistas, os trabalhadores, que nada mais criarão e nada mais farão pela Civilização!
Eu penso é na dívida insolúvel e cada vez maior de todas as guerras, contra o progresso dos povos contra a grandeza das terras!
II Eu não ouço clarim...
Eu não ouço os clarins frenéticos, nem toques de vitória pelos espaços; eu não ouço os hinos marciais ou o rufar dos tambores de roufenhos compassos; eu não ouço os burras! os vivas! e as salvas das partidas nem a algazarra das ruas trepidantes e em festa, onde os soldados marchando - são como os rios que passam uma calma triunfal e as multidões assistindo - são como imensa floresta gesticulando os seus galhos sob um vendaval!
Eu ouço, são os gemidos de todos os que caíram e ficaram abandonados à própria sorte e à espera da morte; e o choro das crianças desprotegidas que fugiram espavoridas, sem rumo, e dormirão no berço que as bombas abriram na terra entre nuvens de fumo; e os gritos de desespero das mães que mandaram os filhos à guerra e que vêem morrer os que ficaram; eu ouço, é essa orquestração wagnérica, descomunal, dos instrumentos humanos que a um só tempo vibraram na sinfonia da dor universal!
III Eu não vejo as ruas embandeiradas...
Eu não vejo as ruas embandeiradas, nem as fardas vistosas, e os instrumentos brilhantes passando, nem as janelas cheias, e as varandas cheias, e as calçadas cheias, e as flores que mãos nervosas estão jogando; e os olhos que estão brilhando, e os risos que estão cantando, e os entusiasmos, e as alegrias, e os cívicos escarcéus, e as bandeiras cheias de vento que se desfraldam nos céus . . .
Eu não vejo e não leio as manchetes enormes dos jornais que são as letras de um hino que a multidão entoa esquecida da paz...
Eu vejo é a terra devastada, os céus turvos, retintos, e os homens descompostos que ficaram com as vísceras à mostra e servirão de pasto aos abutres famintos; e os hospitais arrasados, e as escolas destruídas, e as pontes desconjuntadas, e as estradas interrompidas, e os corpos inocentes das crianças espalhados no chão criminosamente, como brotos arrancados à passagem de um tufão inconsciente!
IV Em verdade...
Em verdade eu não vejo as partidas entusiastas e as chegadas vitoriosas vejo é a derrota irremediável de todos os que não voltaram e a surpresa maior dos que se julgaram vencedores, e atônitos e assombrados entre escombros e horrores descobriram que também foram derrotados!
Em verdade eu não penso na Glória, penso na Humanidade!
E não ouço a letra dos hinos que vibram notas marciais... Neste dia de Natal oh! companheiros do mundo! oh! companheiros cristãos! Eu ouço é aquela voz que atravessou os séculos num grito fraternal de paz: - "Amai-vos uns aos outros! Sêde irmãos!"
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