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CIVILIZAÇÃO EGYPCIAجمهورية مصر العربية-: O CULTO DOS MORTOS - MUMIFICAÇÃO E VASOS CANOPOS
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Respuesta  Mensaje 1 de 2 en el tema 
De: QUIM TROVADOR  (Mensaje original) Enviado: 25/04/2010 19:59

 

 


MUMIFICAçãO



OS EGÍPCIOS NãO VIAM A MORTE COMO UM FIM, MAS COMO UM INÍCIO DE UMA NOVA EXISTêNCIA. PARA A VIAGEM AO ALÉM, CERCAVAM-SE DE TUDO O QUE TINHAM USADO EM VIDA. MÓVEIS, ALIMENTOS E JÓIAS ERAM COLOCADOS NOS TÚMULOS JUNTO AO CORPO MUMIFICADO.



Os egípcios acreditavam que o corpo era constituído de diversas partes: O bá, ou alma, o ka, ou a força vital, o akh, ou força divina inspiradora de vida.Para alcançar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto.Este deveria manter-se incorrupto, o que se conseguia com a técnica da mumificação.Os sacerdotes funerários encarregavam-se de extrair e embalsamar as vísceras do corpo.O tipo de mumificação variava conforme a classe social a que o defunto pertencia.A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os órgãos sem danifica-los.Durante o processo de mumificação, os sacerdotes colocavam uma série de amuletos entre as ataduras com que envolviam o cadáver, nas quais estavam escritas fórmulas destinadas à sobrevivência dos mortos.

Uma vez preparado o cadáver e depositado no sarcófago, fazia-se uma procissão que o conduzia ao tumulo. Abrindo o cortejo ia o sacerdote funerário, a qual se seguiam vários pertences ao morto.Esses objetos tinham a missão de lhe proporcionar comodidade no além.O sarcófago era conduzido por um trenó , em quanto outro levava os vasos canopos (explicados mais a frente).Quando a procissão chegava ao túmulo, o sacerdote realizava o ritual de abrir a boca da múmia, com qual se acreditava que ela voltava a vida.Todo o material funerário, juntamente com o sarcófago e as oferendas, era depositado no túmulo,que a seguir, era selado para que nada perturbasse o repouso do defunto.Assim o morto iniciava um novo percurso pelo mundo além do túmulo. Anupu, guardião das necrópoles e Deus da mumificação, levava-o perante OSÍRIS, soberano do reino dos mortos, o qual, juntamente com outros Deuses, realizava o chamado piscicostasia, em que o coração do defunto era pesado.Se as más ações fossem mais pesadas que uma determinada pena, o morto era devorado por um monstro.Se passasse satisfatoriamente por essa prova, podia percorrer o mundo subterrneo, cheio de perigos, até o paraíso.

VASOS CANOPOS

MÁSCARAS FUNERÁRIAS

ANUPU, DEUS DA MUMIFICAçãO

ESCARAVELHO DO CORAçãO

OS UCHEBTIS

SARCÓFAGOS

O SELO DO TÚMULO

O CORTEJO FÚNEBRE




VASOS CANOPOS

Vaso canopo era um recipiente utilizado no Antigo Egipto para colocar órgãos retirados do morto durante o processo de mumificação. A forma destes recipientes variou ao longo da história do Antigo Egipto, bem como os materiais em que estes foram feitos, que incluíram a madeira, a pedra, o barro e o alabastro. Os Egípcios acreditam que a preservação desses órgãos era fundamental para assegurar uma vida no Além.


Origem do termo
Canopo era o nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto da actual cidade de Alexandria. Era também o nome de um piloto de Menelau, que teria sido enterrado nesta cidade, onde foi adorado como divindade representada como um vaso com cabeça humana. Quando os primeiros egiptólogos começaram a desenvolveram o seu trabalho eles denominavam qualquer vaso que tivesse uma forma humana como "canopo", acreditando que seria a confirmação da lenda grega.


[editar] História
Os primeiros recipientes usados com o objecto de guardar as vísceras eram feitos de madeira e de alabastro, possuindo a forma de um cofre. O mais antigo que se conhece é um cofre em alabastro que pertenceu à mãe do faraó Khufu (Quéops), a rainha Hetepheres I (IV Dinastia), apresentando quatro compartimentos. Os quatro vasos separados surgiram no tempo de Miquerinos.

No começo do Império Novo era decorados com a imagem idealizada do defunto. Na parte final do Império Novo começaram a representar-se nas tampas as cabeças de um homem, de um babuíno, de um chacal e de um falcão.

Na Época Saíta os vasos deixaram de ser usados para colocar órgãos, sendo maciços.


[editar] Simbologia
Na versão "clássica" dos vasos canopos (versão em que cada tampa apresenta as cabeças esculpidas dos animais e a cabeça esculpida de um homem) cada um dos vasos era identificado com uma divindade, conhecidas como Filhos de Hórus: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef.

Acreditava-se que cada um destes filhos de Hórus protegia um órgão, que eram respectivamente o fígado, os pulmões, o estômago e os intestinos. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar: Ísis, Néftis, Neit e Serket.
 


MUMIFICAçãO

O historiador Heródoto nos conta que havia no antigo Egito pessoas encarregadas por lei de realizar os embalsamamentos e que faziam disso profissão. Conta também que havia três tipos de mumificação com preços diferentes conforme o processo fosse mais ou menos complexo e descreve todos os procedimentos, iniciando pelo embalsamamento mais caro. Diz ele: Primeiramente, extraem o cérebro pelas narinas, parte com um ferro recurvo, parte por meio de drogas introduzidas na cabeça. Fazem, em seguida, uma incisão no flanco com pedra cortante da Etiópia e retiram, pela abertura, os intestinos, limpando-os cuidadosamente e banhando-os com vinho de palmeira e óleos aromáticos. O ventre, enchem-no com mirra pura moída, canela e essências várias, não fazendo uso, porém, do incenso. Feito isso, salgam o corpo e cobrem-no com natrão, deixando-o assim durante setenta dias. Decorridos os setenta dias, lavam-no e envolvem-no inteiramente com faixas de tela de algodão embebidas em cola. Concluído o trabalho, o corpo é entregue aos parentes, que o encerram numa urna de madeira feita sob medida, colocando-a na sala destinada a esse fim. Tal a maneira mais luxuosa de embalsamar os mortos.
Os que preferem um tipo médio de embalsamamento e querem evitar despesas, escolhem esta outra espécie, em que os profissionais procedem da seguinte maneira: enchem as seringas de um licor untuoso tirado do cedro e injetam-no no ventre do morto, sem fazer nenhuma incisão e sem retirar os intestinos. Introduzem-no igualmente pelo orifício posterior e arrolham-no, para impedir que o líquido saia. Em seguida, salgam o corpo, deixando-o assim durante determinado prazo, findo o qual fazem escorrer do ventre o licor injetado. Esse líquido é tão forte que dissolve as entranhas, arrastando-as consigo ao sair. O natrão consome as carnes, e do corpo nada resta a não ser a pele e os ossos. Terminada a operação, entregam-no aos parentes, sem mais nada fazer.

O terceiro tipo de embalsamamento destina-se aos mais pobres. Injeta-se no corpo o licor denominado surmaia, envolve-se o cadáver no natrão durante setenta dias, devolvendo-o depois aos parentes.

Tratando-se de mulher, e se esta é bonita ou de destaque, o cadáver só é levado para embalsamamento decorridos três ou quatro dias após o seu falecimento. Toma-se essa precaução pelo receio de que os embalsamadores venham a violar o corpo. Conta-se que, por denúncia de um dos colegas, foi um deles descoberto em flagrante com o cadáver de uma mulher recém-falecida.

Se se encontra um cadáver abandonado, seja o morto Egípcio ou mesmo estrangeiro; trate-se de alguém atacado por crocodilo ou afogado no rio, a cidade em cujo território foi o corpo atirado é obrigada a embalsamá-lo, a prepará-lo da melhor maneira e a sepultá-lo em túmulo sagrado. Não é permitido a nenhum dos parentes ou dos amigos tocar no cadáver; só os sacerdotes do Nilo têm esse privilégio; e eles o sepultam com as próprias mãos, como se se tratasse de algo mais precioso do que o simples cadáver de um homem.

Ao contrário do que se possa pensar, não eram fabricados pedaços de tecidos especificamente para embrulhar os cadáveres. Os panos usados como bandagens das múmias eram freqüentemente tecidos de linho de uso doméstico, ou mesmo roupas, rasgados em tiras. A peça geralmente já fora usada e podia até ter sido remendada. Encantamentos protetores eram inscritos em papiros que acompanhavam as múmias. Alguns continham frases com bons augúrios tais como Possa sua cabeça não rolar. Como se acreditava que uma pessoa morta precisaria de seu corpo na vida após a morte, tomava-se grande cuidado para tornar as múmias atraentes. Uma múmia que perdesse a cabeça poderia passar realmente por um sério problema, já que aquela pessoa permaneceria acéfala por toda a eternidade.

Os antigos egípcios não mumificaram apenas o corpo humano. Freqüentemente foram mumificados animais junto com as pessoas. De modo geral havia quatro espécies de múmias de animais: de animais sagrados que eram adorados; de animais votivos, dados como oferendas aos deuses; de animais de estimação, que incluiam gatos, cães, macacos, gazelas e pássaros; e oferendas de alimentos — um pedaço de carne ou ave mumificada colocado cuidadosamente em uma tumba como comida para a vida após a morte. O tipo mais comum entre essas espécies foram as múmias votivas de gatos, íbis e crocodilos. Mumificação de alimentos também era prática corriqueira.

Na ilustração acima, sarcófago de madeira pintada e múmia de uma sacerdotisa tebana (c. 1000 a.C.).

 

 

 



VASOS CANOPOS

Vaso canopo era um recipiente utilizado no Antigo Egipto para colocar órgãos retirados do morto durante o processo de mumificação. A forma destes recipientes variou ao longo da história do Antigo Egipto, bem como os materiais em que estes foram feitos, que incluíram a madeira, a pedra, o barro e o alabastro. Os Egípcios acreditam que a preservação desses órgãos era fundamental para assegurar uma vida no Além.


Origem do termo
Canopo era o nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto da actual cidade de Alexandria. Era também o nome de um piloto de Menelau, que teria sido enterrado nesta cidade, onde foi adorado como divindade representada como um vaso com cabeça humana. Quando os primeiros egiptólogos começaram a desenvolveram o seu trabalho eles denominavam qualquer vaso que tivesse uma forma humana como "canopo", acreditando que seria a confirmação da lenda grega.

 


 

 


7. A vida no além-túmulo

Muito do que se sabe sobre o Egito aparece como resultado da obsessiva preocupação de seus habitantes com a vida após a morte.
A religião era mantida pelas superstições, de tal modo que os mortais não se preocupavam com o fim de sua existência.
Para os egípcios, o além-túmulo significava uma existência corporal, não uma imitação da vida em estado de fantasma. A alma abandonava o corpo no momento da morte, mas esperava-se que pudesse voltar a ele através da eternidade. Era por isso que os egípcios mumificavam os mortos, para que os seus corpos ficassem livres da decadência.
A alma era imortal e de natureza divina, pois mesmo depois de separada do corpo continua a viver, viajando para a Eternidade. Além dessas condições materiais proporcionadas ao morto, precisava ele para sua viagem de uma boa dose de conhecimentos mágicos, para isso usava o

Livro dos Mortos.

Na breve transição entre a vida e o além-túmulo, o antigo egípcio era preparado para a eternidade por uma complexa liturgia fúnebre. Centralizava-se esta em torno de um ritual do embalsamento que podia levar até 70 dias para se completar, caso o morto fosse uma pessoas de posses. Para o pobre, um dia ou dois bastavam. Usavam compostos de sais, especiarias e resinas a fim de conservar e secar o corpo eviscerado numa múmia ressecada, que depois enchiam e enrolavam com camadas de linho finamente tecido.
A essência da religião mortuária do Egito era uma fé universal no julgamento final de Osíris, que presidia à pesagem do coração do morto, enquanto a verdade ocupava o outro prato da balança. Para os que eram mal sucedidos nesse exame, um animal feroz chamado Devorador de Almas ficava à sua espera.
Certos ritos eram praticados em favor do defunto, com este, depois do embalsamento, envolto em tiras mágicas e provido dos necessários amuletos, estava seguro de ter dado o primeiro passo em direção a uma vida tranqüila no Além, para cuja viagem o Livro dos Mortos lhe prestava ajuda a ultrapassar, livrando-o de todas as dificuldades. O livro era colocado junto à múmia ou embaixo de sua cabeça, assim, o defunto venceria todos os obstáculos - monstros, demônios, portas a abrir, etc.
Todo ser humano tinha várias almas (Ba, Akh, etc.) e um Ka (um dom divino) que poderíamos definir com o seu Duplo, o espírito vital que reside nele. Quando o homem morria, as almas recuperavam a própria independência no reino de Osíris e assumiam as formas que preferiam.


Estátua do Ka de Tutankmon


O Ka, pelo contrário, mantinha um estreito relacionamento com o corpo em que habitava quando em vida, sempre visitava-o. E por isso era absolutamente necessário que o corpo fosse conservado, porque, do contrário, também o Ka se dissolveria com ele.
8. Os sacerdotes e os templos

Um país rico em edifícios religiosos - não havia divindade no imenso panteão egípcio que não tivesse o seu templo ou a sua capela no interior do templo dedicado a outras divindades - devia possuir um número de encarregados do culto proporcional ao número e à importncia desses edifícios.
Quando fala do sacerdote egípcio, Heródoto realça essencialmente hábitos:
“Os sacerdotes rapam o corpo todo de três em três dias, para que nenhum piolho ou outra impureza exista neles enquanto servem os deuses. Os sacerdotes usam apenas uma veste de linho e sandálias de papiro: não lhes é permitido usar roupas ou calçado de outro material. Lavam-se duas vezes por dia e duas vezes por noite com água fria, executam milhares de ritos religiosos, pode dizer-se, mas também gozam de grandes privilégios: não consomem nem gastam nenhum dos seus bens, mas ficam saciados com os alimentos sagrados e todos os dias lhes cabe uma grande quantidade de carne de boi e de ganso e também recebem vinho de uva, mas não podem comer peixe [...]. Não suportam ver favas, porque as consideram um legume impuro. Não há um só sacerdote para cada divindade, mas muitos, e um deles desempenha as funções de sumo sacerdote: e quando um morre, o filho ocupa o seu lugar.” (Heródoto, 2, 37, 2-5.).(7)
O ofício do sacerdote era difícil, tudo dependia do deus. Os sacerdotes tinham que ser capaz de recitar os hinos, as fórmulas, sua atividade estava calculada sobre o deus.
O acesso ao templo estava reservado apenas ao pessoal especializado, os sacerdotes e os encarregados dos serviços auxiliares. O templo solar adotou uma estrutura totalmente diferente da dos templos destinados ao culto das outras divindades: um amplo pátio a céu aberto, em cujo centro se encontrava um altar sobre o qual eram depositadas as oferendas destinadas à divindade e que, eventualmente, também podia albergar um símbolo solar como o obelisco.
 
 


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Respuesta  Mensaje 2 de 2 en el tema 
De: QUIM TROVADOR Enviado: 25/04/2010 20:02
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MUMIFICAçãO - PESAGEM DAS ALMAS



Segundo a lenda, Osíris foi um bom governante do Egito. Seth, seu írmão, movido pela inveja e utilizando as suas artes maléficas, mandou assassiná-lo e cortá-lo em pedaços. A esposa de Osíris, Ísis, procurou os seus restos por todo o Egito e, com a ajuda de Néftis, embalsamou-o.

A maldade de Seth não ficou impune, uma vez que os Deuses, instigados por Hórus, filho de Osíris, o levaram a julgamento e o condenaram. Baseados nisso, os egípcios, inclusive o faraó, deviam submeter-se a este julgamento para poder gozar junto a Osíris de uma eternidade nos campos de Iaru (paraíso).

Embora as origens dessa crença remontem ao Antigo Império, segundo atestam alguns túmulos, as representações da psicostasia foram mais abundantes durante o Novo Império. Diodoro Sículo (século I a.C.) também fala de um tribunal a que se submetia a múmia antes de ser sepultada. Antes de chegar à Sala das Duas Verdades para o julgamento, o morto já se havia purificado mediante alguns rituais e para agradar aos deuses, oferecia-lhe flores de lótus, símbolo da criação e do renascimento, pois essas flores fecham-se à noite e abrem-se de dia.


Antes da Pesagem das Almas (Julgamento) ocorria a mumificação, que para os antigos egípcios era um ritual sagrado, para eles o corpo era constituído de diversas partes: o ba, ou alma, o ka, ou força vital, e o akh, ou força divina inspiradora da vida. Para alcançar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto. Este devia manter-se incorrupto, o que se conseguia com a técnica da mumificação. Os sacerdotes funerários encarregavam-se de extrair e embalsamar as vísceras do corpo. A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os órgãos sem danificá-los.

Primeiro extraíam o cérebro introduzindo um gancho no nariz, depois de terem partido o osso etmóide. A seguir; marcavam, com um pincel, uma linha no lado esquerdo do corpo, onde faziam um corte para extraír as vísceras. O coração, que devia controlar o corpo no Além, e os rins, aos quais o acesso era difícil ou por motivos ainda não revelados (descobertos), permaneciam dentro do morto. As vísceras eram lavadas com substncias aromáticas e colocadas em Vasos Canopos (vasos ou urnas de pedra), representando divindades chamadas Filhos de Hórus, que protegiam as vísceras da destruíção. Eram quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de macaco. A partir da XXI dinastia, estes órgãos eram enfaixados e colocados dentro do corpo do morto.



IMSET

O fígado ficava em um vaso com tampa em forma de cabeça humana.



DUAMUTEF

O estômago era guardado em um vaso com tampa em forma de chacal ou cão selvagem.


KEBEHSENUEF

Um vaso com a cabeça de falcão guardava os intestinos.


HAPI

Os pulmões eram guardados em um vaso com cabeça de babuíno.


A seguir, o corpo era depositado em natrão (carbonato de sódio natural) durante algum tempo e, depois, lavado e massageado com perfumes, óleos e incenso para a cabeça. Colocavam-se olhos de vidro, para dar sensação de realidade, cobria-se a incisão do lado esquerdo do corpo, da qual eram extraídas as vísceras, com uma placa de madeira, cera ou metal com o símbolo Udyat (Olho de Hórus). Assim, o cadáver estava pronto para ser enfaixado.

O morto devia ser reconhecido no Além. Por isso, depois de enfaixado o corpo mumificado, colocava-se uma máscara com um retrato idealizado do morto. As máscaras dos faraós eram feitas de ouro e lápis-lazúli. Segundo os egípcios, a carne dos deuses era de ouro, seu cabelo de lápis-lazúli e os ossos de prata, material muito raro no Egito. Os faraós eram representados como o Deus Osíris, soberano dos mortos. Na cabeça levavam o nemes, adorno listrado enfeitado na parte da frente com a serpente protetora dos faraós. Os braços ficavam cruzados sobre o peito. Numa das mãos, seguravam o cetro real e na outra, um chicote.

Uma vez preparado o cadáver e depositado no sarcófago, fazia-se uma procissão. Quando a procissão chegava ao túmulo, o sacerdote realizava o ritual de abrir a boca da múmia, para que ela (múmia) voltasse à vida. Todo o material funerário, juntamente com o sarcófago e as oferendas, era depositado no túmulo, que, a seguir, era selado para que nada perturbasse o eterno repouso do defunto. Assim, o morto iniciava um longo percurso pelo mundo Além-Túmulo.



Anupu (Anúbis), guardião das necrópoles e Deus da mumificação, levava-o perante Osíris, soberano do reino dos mortos, o qual, juntamente com outros deuses, realizava a chamada psicostasia, em que o coração do defunto era pesado. Se as más ações fossem mais pesadas que uma pena, o morto iria para o Inferno Egípcio. Se passasse satisfatoriamente por essa prova, podia percorrer o mundo subterrneo, cheio de perigos, até o paraíso (Campos de Iaru).

A cerimônia da psicostasia (julgamento) realizava-se na Sala das Duas Verdades. Em uma das extremidades dessa sala, encontrava-se Osíris, sentado no trono e acompanhado por outros Deuses e 42 juízes. No centro da sala, colocava-se a balança em que se pesava o coração.

Representado por um chacal ou por um cão deitado, ou ainda pela figura de um homem com cabeça de chacal ou de cão, o deus Anúbis (Anupu em egípcio, "o que conta os corações") era um dos responsáveis pelo julgamento dos mortos no além-túmulo.

Enquanto o morto fazia sua declaração, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa da verdade (a verdade era o contrapeso com o qual se pesava o coração do morto durante o julgamento). O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência.



Assim, ao ser pesado contra a verdade, verificava-se a exatido dos protestos de inocência do defunto. Como as negativas vinham de seus próprios lábios, ele seria julgado pelo confronto com o seu próprio coração na balança.

Diante dessas divindades e juízes, o morto devia realizar a confissão negativa, a sua declaração de inocência. Antes de fazê-la, o morto dirigia-se ao seu coração e pedindo-lhe que não o contradissesse. Freqüentemente, esta fórmula aparecia escrita no "escaravelho do coração", um amuleto que se colocava entre as ataduras da múmia, perto do coração.

Depois de recitar essa fórmula, o morto colocava-se diante de cada um dos juízes e recitava outra fórmula, na qual se declara inocente de todos os pecados:

"Não pratiquei pecados contra os homens. Não maltratei os meus parentes. Não obriguei ninguém a trabalhar para lá do que era legítimo. Não pratiquei enganos com o peso da minha balança. Não causei a fome de ninguém. Não pratiquei fraudes na medição dos campos. Não subtrai o leite da boca das crianças."

Curiosamente, essa declaração era à respeito de atos cometidos contra os homens e não contra os deuses. Se o morto tivesse pecado, o prato da balança pesava mais, não era absolvido no julgamento e tornava-se demônio, que ameaçava o equilíbrio cósmico, e Amut, um monstro com cabeça de crocodilo e patas de leão e de hipopótamo, devorava-o.

Se não fosse devorado, deuses como Chesmu arrancavam-lhe a cabeça e inflingiam-lhe uma série interminável de castigos (Inferno Egípcio).




Só os justos de coração eram admitidos no reino de Osíris, nos Campos de Iaru, o que era o desejo de cada egípcio, identificar-se com Osíris (Deus dos Mortos) e assim poder renascer como ele o fizera (essa identificação com o deus vem expressa no Livro dos Mortos). O morto absolvido no julgamento ia para o paraíso, este era representado como uma planície com canais, à qual se chegava por uma escada. Ali se vivia feliz, porque os uchebtis realizavam todo o trabalho.

Os uchebtis, significa "os que respondem", eram pequenas estatuetas colocadas no túmulo para servir o morto no Além. Os mais valiosos eram feitos de ouro e de lápis-lazúli, mas também havia os fabricados em terracota, pedra, faiança ou madeira. Muitas vezes eram figuras masculinas, com um arado ou uma enxada e um cesto às costas. Na parte da frente, escrevia-se um capítulo do Livro dos Mortos.



Ao recitar esse texto, ganhavam vida e podiam trabalhar no lugar do morto. Em alguns túmulos encontraram-se 365 uchebtis, uma para cada dia do ano. Nos túmulos dos faraós, o número de uchebtis pode ser até superior.



A Psicostasia Romnica

"A idéia de um julgamento após a morte, de um castigo para os ímpios e de uma recompensa para os justos não é patrimônio exclusivo dos egípcios. A balança como instrumento de justiça aparece na Índia, no Japão e no Tibet, tal como no mazdeísmo, no cristianismo e no islamismo. As mitologias grega e romana falam de um julgamento no Além e descrevem o paraíso para os justos e o inferno para os maus."

"O cristianismo reuniu e adaptou algumas dessas crenças. No livro Apocalipse, fala-se de um Juízo Final e de um julgamento particularizado depois da morte, com recompensas e castigos. O tema da pesagem da alma, da balança nas mãos de um arcanjo, como São Miguel, ou de algum santo, foi um tema muito comum durante a Idade Média. Note que os capitéis, as colunas e os tímpanos das portas das igrejas aparecem decorados com cenas assim."

 




Livro dos Mortos


Origem: Wikipédia


Livro dos Mortos (cujo nome original, em egípcio antigo, era Livro de Sair Para a Luz[1]) é a designação dada a uma coletnea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito, escritos em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias. O objetivo destes textos era ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além.

A idéia central do Livro dos Mortos é o respeito à verdade e à justiça, mostrando o elevado ideal da sociedade egípcia. Era crença geral que diante da deusa Maat de nada valeriam as riquezas, nem a posição social do falecido, mas que apenas os atos seriam levados em conta. Foi justamente no Egito que esse enfoque de que a sorte dos mortos dependia do valor da conduta moral enquanto vivo ocorreu pela primeira vez na história da humanidade. Mil anos mais tarde, — diz Kurt Lange — essa idéia altamente moral não se espalhara ainda por nenhum dos povos civilizados que conhecemos. Em Babilônia, como entre os hebreus, os bons e os maus eram vítimas no além, e sem discernimento, das mesmas vicissitudes.

Não resta dúvida de que o julgamento ds atos após a morte devia preocupar, e muito, a maioria dos egípcios, religiosos que eram. Para os egípcios esse conjunto de textos era considerado como obra do deus Thoth. As fórmulas contidas nesses escritos podiam garantir ao morto uma viagem tranquila para o paraíso e, como estavam grafadas sobre um material de baixo custo, permitiam que qualquer pessoa tivesse acesso a uma terra bem-aventurada, o que antes só estava ao alcance do rei e da nobreza. Em verdade, essa compilação de textos era intitulada pelos egípcios de Capítulos do Sair à Luz ou Fórmulas para Voltar à Luz (Reu nu pert em hru), o que por si só já indica o espírito que presidia a reunião dos escritos, ainda que desordenados. Era objetivo desse compêndio, nos ensina o historiador Maurice Crouzet, fornecer ao defunto todas as indicações necessárias para triunfar das inúmeras armadilhas materiais ou espirituais que o esperavam na rota do "ocidente".

O Livro dos Mortos não era um "livro" no sentido coevo da palavra. A atual idéia de livro sugere a existência de um autor (ou autores) que propositadamente redige um texto com um princípio, meio e fim. Em vez disso, os textos que integram o que hoje se denomina por Livro dos Mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica. Um dos escritores mais conhecido por colaborar com uma parte desse livro foi Snefferus S. Karnak.

Os antigos egípcios denominavam a esta coletnea de textos como Prt m hru , o que pode ser traduzido como "A Manifestação do Dia" ou "A Manifestação da Luz". A atual designação Livro dos Mortos é disputada entre duas origens. A primeira refere-se ao título dado aos textos pelo egiptólogo alemão Karl Richard Lepsius quando os publicou, em 1842 - Das Todtenbuch der ägypter (Todtenbuch, Livro dos Mortos). Afirma-se igualmente que o título possa ser oriundo do nome que os profanadores dos túmulos davam aos papiros que encontravam junto às múmias - em árabe, Kitab al-Mayitun (Livro do Defunto).


Estrutura

As edições modernas do Livro dos Mortos são compostas por cerca 200 "capítulos", nome que os egiptólogos dão às fórmulas encontradas nos papiros preservados ao longo dos séculos. Nenhum dos papiros conhecidos apresenta o mesmo número de capítulos e de ilustrações (vinhetas). Entre os mais conhecidos, encontra-se o Papiro de Ani, com um total de 24 metros, que se acha atualmente no British Museum, em Londres.

Formação



Secção do Livro dos Mortos no Museu Egípcio do Cairo



Secção do Livro dos Mortos do escriba Nebqed, cerca de 1300 a.C.O Livro dos Mortos data da época do Império Novo, período da história do Antigo Egipto que se inicia por volta de 1580 a.C. e termina em 1160 a.C.. No entanto, a obra recolhe textos mais antigos - do Livro das Pirmides (Império Antigo) e do Livro dos Sarcófagos (Império Médio).

No Império Antigo foram gravadas várias fórmulas mágicas sobre os muros dos corredores e das cmaras funerárias das pirmides de Sakara, pertencentes a vários reis da V e da VI dinastias (Unas, Teti, Pepi I, Merenré e Pepi II). Estes textos são conhecidos como Textos das Pirmides. Nesta altura a possibilidade de uma vida depois da morte era apenas acessível aos reis.

A partir da VII dinastia egípcia verifica-se uma "democratização" da possibilidade de ascender a uma vida no Além. Esta não será mais reservada apenas ao soberano, mas será também possível para os nobres e os altos funcionários, e progressivamente estender-se-á a toda a população. Durante o Império Médio os textos usados pelos reis foram modificados, ao mesmo tempo que surgiram novos textos que mantinham a sua função de ajudar o morto no caminho do Além. Os textos passaram a ser escritos no interior dos sarcófagos (na madeira) dos nobres e dos funcionários, sendo por isso conhecidos como Textos dos Sarcófagos.

Durante o Império Novo reuniram-se textos funerários de períodos anteriores (Textos das Pirmides e Textos dos Sarcófagos), ao mesmo tempo que se redigiram novos textos, escritos em rolos de papiro e colocados junto das múmias nos túmulos. A colectnea destes textos é hoje conhecida como Livro dos Mortos.



Existem algumas versões locais do Livro dos Mortos, que apresentam pequenas diferenças.

A chamada "recensão tebana", escrita em hieróglifos (e mais tarde em hierático) sobre papiro, encontra-se dividida em capítulos sem uma ordem determinada, embora a maioria deles possua um título. Esta versão foi utilizada entre a XVII e a XXI dinastia egípcia não apenas pelos faraós, mas também pelas pessoas comuns.

Na "recensão Saíta", usada a partir da XXVI dinastia (século VII a.C.) e até o fim da era ptolemaica, fixou-se de forma definitiva a ordem dos capítulos.

 



 
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