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ANTIGUIDADE CLÁSSICA - ROMA E ATENAS: MITOLOGIA ROMANA »» " OS DEUSES
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Respuesta  Mensaje 1 de 4 en el tema 
De: QUIM TROVADOR  (Mensaje original) Enviado: 26/04/2010 09:10


MITOLOGIA ROMANA


A mitologia romana pode ser dividida em duas partes: a primeira, tardia e mais literária, consiste na quase total apropriação da grega; a segunda, antiga e ritualística, funcionava diferentemente da correlata grega. O romano, que impregnava a sua vida pelo numen, uma força divina indefinida presente em todas as coisas, estabeleceu com os deuses romanos um respeito escrupuloso pelo rito religioso – o Pax deorum – que consistia muitas vezes em danças, invocações ou sacrifícios. Ao lado dos deuses domésticos, os romanos possuíam diversas tríades divinas, adaptadas várias vezes ao longo das várias fases da história. Assim, à tríade primitiva constituída por Júpiter (senhor do Universo), Marte (deus da guerra) e Quirino (fundador de Roma, ou Rômulo), os etruscos inseriram o culto das deusas Minerva (deusa da inteligência e sabedoria) e Juno (rainha do céu e esposa de Júpiter). Com a república surge Ceres (deusa da Terra e dos cereais), Líber e Libera. Mais tarde, a influência grega inseria uma adaptação para o panteão romano do seu deus do comércio e da eloquência (Mercúrio) sob as feições de Hermes, e o deus do vinho (Baco), como Dionísio.

Da natureza dos primeiros mitos romanos
Consistia de um sistema bastante desenvolvido de rituais, escolas de sacerdócio e grupos relacionados a deuses. Também apresentava um conjunto de mitos históricos acerca da glória e da fundação de Roma envolvendo personagens humanos com ocasionais intervenções divinas. Os deuses estabeleciam uma benevolência para com os homens.

Antiga mitologia sobre os deuses
O modelo romano consistia de uma maneira não muito diversa de pensar e definir os deuses da dos gregos, sendo alguns dos deuses romanos inspirados nos deuses gregos.

Principais deuses romanos
(Ordem alfabética:)

Baco; deus das festas, do vinho, do lazer e do prazer
Cupido; deus do amor
Diana; deusa da caça muitas vezes relacionada com os ciclos da Lua
Fortuna; deusa da riqueza e da sorte
Juno; deusa da força vital, deusa dos deuses
Júpiter; deus dos deuses, senhor do Universo
Marte; deus da guerra
Mercúrio; deus mensageiro
Minerva; deusa da sabedoria
Netuno; deus dos mares
Plutão; deus do submundo e das riquezas dos mortos
Venus; deusa da beleza e do amor
Vulcano; deus do fogo
Saturno; deus da agricultura
Esculápio; deus da medicina

 
 

Júpiter e Juno, por Agostino Carracci, século XVI

JÚPITER

Júpiter (em latim, Iuppiter) era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus. Também era chamado de Jove (Jovis). Na mitologia romana Júpiter é o pai do deus Marte. Assim, Júpiter é o avô de Rómulo e Remo, os lendários fundadores de Roma. Júpiter é filho de Saturno e Cíbele.

Os fados tinham comunicado ao seu pai, Saturno, que ele havia de ser afastado do trono por um filho que nascesse dele. Para evitar a concretização da ameaça do destino, Saturno devorava os filhos que mal acabavam de nascer. Quando Júpiter nasceu, a mãe, cansada de ver assim desaparecer todos os filhos, entregou a Saturno uma pedra, que o deus engoliu sem se dar conta do logro.

Sua mãe então o entregou às ninfas da floresta em que o havia parido.

Criado longe, na ilha de Creta, para não ter o mesmo destino cruel dos irmãos, ali cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando esta cabra morreu, Júpiter usou a sua pele para fazer uma armadura que ficou conhecida por Égide.

Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai e, com a ajuda de uma droga, obrigou-o a vomitar todos os filhos que tinha devorado. Após libertar os irmãos do ventre paterno, empreendeu uma revolta (titanomaquia). Saturno procurou seus irmãos para fazer frente ao jovem deus rebelde que, com seus irmãos, reuniram-se no Olimpo. Casou-se com Juno, sua irmã e filha preferida de Cibele.

Júpiter teve muitos filhos, tanto de deusas como de mulheres. Marte, Minerva e Vénus são seus filhos divinos, entre outros. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.

Baco era seu filho e da mortal Sémele. A jovem durante a gravidez insistiu que queria ver o pai do seu filho, em toda a glória. Júpiter tentou dissuadi-la, mas sem êxito. Quando o rei dos deuses se apresentou abertamente à sua amante, esta caiu fulminada. Júpiter tomou então o feto e colocou-o na sua barriga da perna, onde terminou a gestação.

Para conquistar a Princesa Europa, transformou-se em touro branco. A jovem aproximou-se e Júpiter mostrou-se meigo. Quando Europa montou sobre o seu dorso, ele elevou-se nos ares e levou a princesa para a ilha de Creta, onde se uniu a ela. Dessa união nasceram Minos, Radamante e Sarpédon.

Noutra altura apaixonou-se por Alcmena, esposa de Anfitrião. Para a conquistar, assumiu a forma do próprio marido e contou com a ajuda de Mercúrio, que tomou a forma do criado Sósia. Dessa união nasceu o semi-deus Hércules.

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Baco, segundo Caravaggio


BACO

Baco (em grego: βάκχος, transl. Bákkhos; em latim: Bacchus) é o equivalente romano do deus grego Dioniso, cujo mito é considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos. Os romanos o adotaram, como muitas de suas divindades, estrangeiras à mitologia romana, e o assimilaram com o velho deus itálico Liber Pater. Algumas lendas mencionam que a cidade de Nysa, na Índia (atual Nagar) teria sido consagrada a ele.

É o deus do vinho, da ebriedade, dos excessos, especialmente sexuais, e da natureza. Príapo é um de seus companheiros favoritos (também é considerado seu filho, em algumas versões de seu mito). As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais - a percepção contempornea de que tais eventos eram "bacanais" no sentido moderno do termo, ou seja, orgias, ainda é motivo de controvérsia.

A pantera, o cntaro, a vinha e um cacho de uvas. Outras associações que não eram feitas com Baco foram atribuídas a Dioniso, como o tirso que ele empunha ocasionalmente.

História

Sémele quando estava grávida exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua presença em toda a glória, para que ela pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor, Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal visão e caiu fulminada. Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.

Ao tornar-se adulto, Baco apaixona-se pela cultura da vinha e descobre a arte de extrair o suco da fruta. Porém, a inveja de Juno levou-a a torná-lo louco a vagar por várias partes da Terra. Quando passa pela Frígia, a deusa Cíbele cura-o e o instrui nos seus ritos religiosos. Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da vinha. Quis introduzir o seu culto na Grécia depois de voltar triunfalmente da sua expedição à Índia, mas encontrou oposição por alguns príncipes receosos do alvoroço por ele causado.

O rei Penteu proíbe os ritos do novo culto ao aproximar-se de Tebas, sua terra natal. Porém, quando Baco se aproxima, mulheres, crianças, velhos e jovens correm a dar-lhe boas vindas e participar de sua marcha triunfal. Penteu manda seus servos procurarem Baco e levá-lo até ele. Porém, estes só conseguem fazer prisioneiro um dos companheiros de Baco, que Penteu interroga querendo saber desses novos ritos. Este se apresenta como Acetes, um piloto, e conta que, certa vez velejando para Delos, ele e seus marinheiros tocaram na ilha de Dia e lá desembarcaram. Na manhã seguinte os marinheiros encontraram um jovem de aparencia delicada adormecido, que julgaram ser um filho de um rei, e que conseguiriam uma boa quantia em seu resgate. Observando-o, Acetes percebe algo superior aos mortais no jovem e pensa se tratar de alguma divindade e pede perdão a ele pelos maus tratos. Porém seus companheiros, cegados pela cobiça, levam-no a bordo mesmo com a oposição de Acetes. Os marinheiros mentem dizendo que levariam Baco (pois era realmente ele) onde ele quisesse estar, e Baco responde dizendo que Naxos era sua terra natal e que se eles o levassem a até lá seriam bem recompensados. Eles prometem fazer isso e dizem a Acetes para levar o menino a Naxos. Porém, quando ele começa a manobrar em direção a Naxos ouve sussurros e vê sinais de que deveria levá-lo ao Egito para ser vendido como escravo, e se recusa a participar do ato de baixeza.

Baco, de da Vinci

Baco percebe a trama, olha para o mar entristecido, e de repente a nau pára no meio do mar como se fincada em terra. Assustados, os homens impelem seus remos e soltam mais as velas, tudo em vão. O cheiro agradável de vinho se alastra por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas de frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do navio e ouve-se sons melodiosos de flauta. Baco aparece com uma coroa de folhas de parra empunhando uma lança enfeitada de hera. Formas ágeis de animais selvagens brincam em torno de sua figura. Os marinheiros levados à loucura começam a se atirar para fora do barco e ao atingir a água seus corpos se achatavam e terminavam numa cauda retorcida. Os outros começam a ganhar membros de peixes, suas bocas alargam-se e narinas dilatam, escamas revestem-lhes todo o corpo e ganham nadadeiras em lugar dos braços. Toda a tripulação fôra transformada e dos 20 homens só restava Acetes, trêmulo de medo. Baco, porém, pede para que nada receie e navegue em direção a Naxos, onde encontra Ariadne e a toma como esposa. Cansado de ouvir aquela historia, Penteu manda aprisionar Acetes. E enquanto eram preparados os instrumentos de execução, as portas da prisão se abrem sozinhas e caem as cadeias que prendiam os membros de Acetes. Não se dando por vencido, Penteu se dirige ao local do culto encontrando sua própria mãe cega pelo deus, que ao ver Penteu manda as suas irmãs atacarem-no, dizendo ser um javali, o maior monstro que anda pelos bosques. Elas avançam, e ignorando as súplicas e pedidos de desculpa, matam-no. Assim é estabelecido na Grécia o culto de Baco. Certa vez, seu mestre e pai de criação, Sileno, perdeu-se e dias depois quando Midas o levou de volta e disse tê-lo encontrado perdido, Baco concedeu à ele um pedido. Embora entristecido por ele não ter escolhido algo melhor, deu a ele o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro. Depois, sendo ele uma divindade benévola, ouve as súplicas do mesmo para que tirasse dele esse poder.

 

Cupido encordoando seu arco.
Museus Capitolinos, Roma

CUPIDO

Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente em Roma ao deus grego Eros. Filho de Vênus e de Marte, (o deus da guerra), andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psiquê, a deusa da alma.

Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Júpiter (pai dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vénus a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.

Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representavam-no vestido com uma armadura semelhante à que usava Marte, talvez para assim sugerir paralelos irónicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vénus.



O mito de Cupido e Psiquê

Um certo dia, Vênus estava admirando a terra quando avistou uma bela moça chamada Psique. Vênus era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, muito menos para uma mortal. Vênus chamou Mercúrio e disse-lhe: "- Mande esta carta para Psiquê."

Quando Psiquê recebeu a carta ficou admirada, recebendo uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Vênus. A profecia dizia que Psiquê ia se casar com a mais horrenda criatura. Psiquê ficou desesperada, foi contar para suas irmãs. Psique era muito inocente e nunca percebeu que suas irmãs morriam de inveja dela.

Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vênus chamou seu filho Cupido: "- Meu caro filho, preciso de um grande favor seu. Quero que você vá a terra e atire uma de suas flechas de amor em Psique, e faça com que ela se apaixone pelo homem mais feio do planeta". Cupido gostava muito de sua mãe e não quis contrariá-la. Então foi. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de Psique, entrou pela janela avistou um rosto perfeito, traços encantadores. Cupido chegou bem perto para não ter a chance de errar o alvo (apesar de ter uma mira muito boa, mas estava encantado com a bela jovem). Se preparou para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a flecha, Psiquê moveu o braço, e Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente apaixonado pela jovem. Voltou para casa, mas não conseguiu dormir pensando na bela Psiquê.

Cupido, pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)


No dia seguinte, Cupido foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio magnífico, onde era a casa de Cupido. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz misteriosa e doce: "- Não se assuste, Psiquê, sou o dono desse palácio. Ofereço a ti como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo que está vendo lhe pertence. E tudo que deseja será concebido. Zéfiro estará às suas ordens, ele fará tudo o que você quiser. Eu só lhe faço uma exigência: não tente me ver. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos felizes".

Toda noite Cupido vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível. A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Mas passando os dias Psiquê ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Cupido veio ver Psiquê, eles se encontraram e se amaram. Mas quando Cupido adormeceu, Psiquê escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, e quando ela viu o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros, ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psiquê, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio os jardins e tudo que havia em volta desapareceu, como num passe de mágica. Psiquê ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto.

Desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu: "- O deus do amor não pode se unir a uma mortal".

Mas Cupido protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psiquê imortal? O senhor dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Zeus, o soberano, transformou Psiquê em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psiquê, nem mesmo Vênus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses.

As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza que acompanhavam a deusa Venus) aclamavam a nova deusa em meio a cantos de danças. Assim Cupido viveu sua imortalidade com o ser que mais amou.


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De: QUIM TROVADOR Enviado: 26/04/2010 09:13
 



Estátua de Diana no Museu do Louvre

DIANA

Em Roma, Diana (a Artemis grega) era a deusa da lua e da caça, filha de Júpiter e de Latona, e irmã gêmea de Apolo. Era muito ciosa de sua virgindade. Na mais famosa de suas aventuras, transformou em um cervo o caçador Acteão, que a viu nua durante o banho. Indiferente ao amor e caçadora infatigável, Diana era cultuada em templos rústicos nas florestas, onde os caçadores lhe ofereciam sacrifícios. Na mitologia romana, Diana era deusa dos animais selvagens e da caça, bem como dos animais domésticos. Filha de Júpiter e Latona, irmã gêmea de Apolo, obteve do pai permissão para não se casar e se manter sempre casta. Júpiter forneceu-lhe um séquito de sessenta ocenidas e vinte ninfas que, como ela, renunciaram ao casamento. Diana foi cedo identificada com a deusa grega Ártemis e depois absorveu a identificação de Artemis com Selene (Lua) e Hécate (ou Trívia), de que derivou a caracterização triformis dea ("deusa de três formas"), usada às vezes na literatura latina. O mais famoso de seus santuários ficava no bosque junto ao lago Nemi, perto de Arícia.


Diana e as ninfas, surpresa pelo sátiro


Pela tradição, o sacerdote devia ser um escravo fugitivo que matasse o antecessor em combate. Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e teria sido construído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Festejavam-na nos idos (dia 13) de agosto. Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com arco e aljava, acompanhada de um cão ou cervo. No centro de Éfeso, na Ásia Menor, havia um enorme templo dedicado à Diana com centenas de sacerdotizas virgens, as quais praticavam a abstinência sexual e artes mágicas, acreditando na superioridade feminina. Este templo foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo.

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Fortuna, segundo representação de Tadeusz Kuntze (Fortuna, 1754)

FORTUNA

Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente.

Fortuna era considerada filha de Júpiter. Roma dedicava a ela o dia 11 de Junho, e no dia 24 do mesmo mês realiza um festival em sua homenagem, o Fors Fortuna. Seu culto foi introduzido por Sérvio Túlio, e Fortuna possuía um templo nos tempos de Roma republicana próximo ao Capitólio chamado de templo de Fortuna Virilis.

 

Júpiter e Juno, por Agostino Carracci, século XVI


JUNO


Juno, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. É representada pelo pavão, sua ave favorita. Íris era sua servente e mensageira.

Juno e Júpiter tinham 4 filhos, Lucina (Ilítia), deusa dos partos e gestantes, Juventa (Hebe), deusa da juventude, Marte (Ares), deus da guerra e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Juno sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Juno, deixando-o coxo com a queda.

Juno possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, por inveja da imensa beleza que conquistara seu marido, transformou numa ursa. Calisto passou a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que agora ela própria era uma.

Um dia, Calisto reconheceu num caçador seu filho Arcas, já homem. Quis correr e abraçá-lo mas Arcas já erguera sua lança para matá-la quando Júpiter, vendo a desgraça que estava por acontecer afastou-os e lançou-os ao céu transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor.

Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio a sua rival, sai à procura de Tétis e Oceanus, as antigas divindades do mar. Conta-lhes toda a injúria que Júpiter fizera a ela, e pede para que eles não deixem as constelações se esconderem em suas águas. Assim a Ursa Maior e a Ursa Menor movem-se em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceno, como as outras estrelas.

Outra de suas rivais foi Io, que Júpiter, ao sentir a presença de Juno, transforma em uma novilha. Juno, desconfiada, pede a novilha de presente. Júpiter não podia negar um presente tão insignificante a sua mulher, então, pesaroso, entrega a novilha a Juno que coloca-a sob os cuidados de Argos Panoptes, um monstro de muitos olhos, e tendo tantos, nunca fechava mais que dois para dormir, vigiando Io dia e noite. Júpiter, perturbado pelo sofrimento da amante, pede a Mercúrio que mate Argos. Com músicas e histórias, Mercúrio consegue fazer com que Argos feche seus 100 olhos e nisso corta sua cabeça fora. Juno entristecida recolhe seus olhos que haviam perdido toda a luz e coloca-os na cauda de seu pavão, onde permanecem até hoje.

Enfurecida, Juno persegue Io por muitas partes da terra até que Júpiter intercede por ela prometendo não dar mais atenção a Io. Juno concorda devolvendo-lhe a aparência humana. Outro forte inimigo de Juno foi Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Juno o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos".


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Juno, a Divindade Protetora da Mulher e do Casamento

O mito de Hera, a rainha do Olimpo, esposa ciumenta de Zeus, foi assimilado pelos romanos ao mito de Juno. Na Grécia a fiel deusa protegia o casamento e a sua estabilidade. Em Roma Juno assume um caráter menos humano, tornando-se mais divindade, perdendo as características vingativas e ciumentas de Hera, para ser a mãe protetora do lar e da mulher.
A deusa é filha de Saturno e Cibele, irmã e esposa de Júpiter. Quando a fusão do mito de Hera e de Juno acontece na Roma antiga, dá origem a vários epítetos da deusa: Juno Lucetia, divindade protetora da essência feminina e dos seus problemas gerais; Juno Pronuba era a regente dos casamentos; Juno Domiduca era quem conduzia a virgem para a casa do esposo; Juno Lucina era a deusa das mulheres grávidas e do parto, que auxiliava a criança a nascer; Juno Ossipagina fortificava o feto; Juno Rumina fazia com que a mãe tivesse leite farto para nutrir o recém-nascido; Juno Populonia era a deusa que multiplicava os povos; e, por fim, Juno Sospita, invocada na hora do parto para aliviar a mãe do peso da criança.
Assim como a Hera grega, Juno era a personificação do elemento fundamental da família, cultuada principalmente pelas mulheres, representava a fidelidade e as boas relações entre os casais. Era a deusa do amor conjugal. O culto de Juno em Roma, tinha como festa principal a Matronalia, realizada no mês de fevereiro, após uma homenagem na floresta do Palatino. Na Matronalia a mulher-mãe comum era a homenageada, recebendo presentes do marido e dos filhos. A Matronalia é tida por muitos, como a festa que deu origem ao Dia das Mães.

 


Marte e Venus, por Sandro Botticelli

MARTE

Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares.

Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, junto das muralhas de Tróia, cada um dos quais defendendo um dos exércitos. Marte, protector dos troianos, acabou derrotado.

Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vênus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia. Na verdade tratava-se de uma relação adúltera, uma vez que a deusa era esposa de Vulcano, que arranjou um estratagema para os descobrir e prender numa rede enquanto estavam juntos na cama.

O povo romano considerava-se descendente daquele deus porque Rómulo era filho de Reia Sílvia ou Ília, princesa de Alba Longa, e Marte.


Assim como Marte é o deus romano da guerra, bem como seu correspondente Ares na mitologia grega. Há também Cariocecus ou Mars Cariocecus que é o deus lusitano da guerra. O planeta Marte provavelmente recebeu este nome devido à sua cor vermelha, que por ser a cor do sangue era associado à violência e não ao amor, como foi traduzido na cultura popular com associação às rosas.

 


Mercúrio, do escultor flamengo do século XVII Artus Quellinus, identificado por seu chapéu, bolsa fechada por um fio, caduceu, sandálias aladas, galo e bode (Amsterdam Town Hall, hoje Royal Palace)

MERCÚRIO

Mercúrio era o deus romano encarregado de levar as mensagens de Júpiter. Era filho de Júpiter e de Bona Dea e nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa, umas sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu. Quando Proserpina foi raptada, tentou resgatá-la dos infernos sem muito sucesso. Era o deus da eloquência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, a personificação da inteligência. Correspondia ao Hermes grego, protetor dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes: muito rápido, era o mensageiro. O planeta Mercúrio provavelmente recebeu este nome porque se move rapidamente no céu.

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Mercúrio, na religião romana, era o deus das mercadorias e dos mercadores. Correspondia a Hermes, o veloz mensageiro dos deuses na mitologia grega e de quem assimilou as façanhas heróicas. Embora não fosse primitivamente italiano, seu culto logo se difundiu. Em 495 a.C., foi consagrado o templo no monte Aventino, em Roma, em que Mercúrio era venerado juntamente com a deusa Maia, identificada como sua mãe por associação à grega Maia, mãe de Hermes. Ambos eram festejados no dia 15 de maio, dia da consagração do templo e importante especialmente para os mercadores.

Na arte romana Mercúrio era representado de pé, em geral nu e carregando uma bolsa cheia, símbolo dos lucros mercantis. Os artistas, porém, tinham liberdade de tomar os atributos do grego Hermes independentemente de sua adequação à divindade romana e com frequência apresentavam Mercúrio com sandálias aladas, capacete alado e nas mãos um caduceu, bastão mágico usado pelo deus para propiciar fortuna.

 

Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria. Correspondente à grega Atena.


Estátua da Deusa Minerva do escultor François Gaspard Adam

MINERVA

Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria. Correspondente à grega Atena.
Minerva era filha de Júpiter, após este engolir a deusa Métis (Prudência). Com uma forte dor de cabeça, pediu a Vulcano que abrisse sua cabeça com o seu melhor machado, após o qual saiu Minerva, já adulta, portando escudo, lança e armadura. Era considerada uma das três deusas virgens, ao lado de Diana e Vesta.

Deusa da sabedoria, das artes e da guerra, era filha de Júpiter. Minerva e Netuno disputaram entre si qual dos dois daria o nome à cidade que Cécropes, rei dos atenienses, havia mandado construir na Ática. Essa honra caberia àquele que fizesse coisa de maior beleza e significado. Minerva, com um golpe de lança, fez nascer da terra uma oliveira em flor, e Netuno, com um golpe do seu tridente, fez nascer um cavalo alado e fogoso. Os deuses, que presidiram a este duelo, decidiram em favor de Minerva, já que a oliveira florida, além de muito bela, era o símbolo da paz. Assim, a cidade nova da Ática foi chamada Atenas.

Minerva representa-se com um capacete na cabeça, escudo no braço e lança na mão, porque era deusa da guerra, tendo junto de si um mocho e vários instrumentos matemáticos, por ser também deusa da sabedoria. A Minerva é o símbolo oficial dos engenheiros.


Minerva era para os ateanienses a deusa da exscelência, da misericórdia e da pátria.
 

Respuesta  Mensaje 3 de 4 en el tema 
De: QUIM TROVADOR Enviado: 26/04/2010 09:14
 


( Nota ; O Tridente da figura está partido )

NETUNO ( NEPTUNO )

Netuno (latim: Neptunus) é o deus da água e do mar na mitologia romana, um irmão de Júpiter e Plutão. Ele é parecido com mas não idêntico ao Poseidon deus da mitologia grega. [1] A concepção romana de Netuno devia muito ao Nethuns etrusca deus. [2]

Por um tempo ele foi emparelhado com Salacia, a deusa da água salgada. [3] Em uma data próxima (899 aC), ele foi identificado com Poseidon, quando os livros Sibylline ordenou uma lectisternium em sua honra (Tito Lívio v. 13). [4] Nos tempos antigos era a Portuno deus ou Fortunus que era agradeceu vitórias navais, mas Netuno suplantou-lo neste papel, pelo menos, no primeiro século aC, quando Sextus Pompeius chamou de "filho de Netuno." [5] Neptune está associada, bem como com água fresca, ao contrário de Oceanus, o deus do mundo-oceano. Assim como Poseidon, Netuno também era adorado pelos romanos como um deus dos cavalos, sob o nome de "Neptuno Eqüestre", patrono das corridas de cavalos. [6] O planeta Netuno foi nomeado após o deus, como a sua profunda nuvens de gás azul deu início astrônomos a impressão de oceanos grande.
Festivais

Sua festa, Neptunalia, em que barracas eram feitas de ramos de arbustos, teve lugar no dia 23 de julho. Ele tinha dois templos em Roma. A primeira, construída em 25 aC, estava perto do Circo Flaminio, o hipódromo romano, e tem uma famosa escultura de um grupo marinho Scopas. [7]

A segunda, a Neptuni Basílica, foi construído no Campo de Marte e dedicado por Agripa em homenagem à vitória naval de Actium. [8].

O Departamento de mergulhadores Subaquatic Investigação Arqueológica (dirigido por Michel L'Hour) descobriu uma primeira década, de 300 dC, 5,9 estátua de mármore do pé de Netuno, no rio Ródano. [9] A estátua é um dos 100 objetos que a equipe de escavação entre Setembro e Outubro de 2007. [9] [10]

Representações

A Renascença trouxe consigo um renascimento na arte pagã, e muitos deuses pagãos foram descritos nos modelos clássicos mesmo usado em grego e romanos. No entanto, com Netuno não existiam tais modelos, permitindo que os artistas do Renascimento para descrever Netuno porém eles escolheram. Os resultados incluíram uma cara e ações que parecia mais mortal, bem como as associações com Hércules. O efeito global foi o de mudar a imagem de Netuno para um estado menos divinizado.

Neo-Classical representações


1748-1750. Giovan Battista Tiepolo, Netuno oferece a riqueza do mar de Veneza, 1748-1750.

Esta pintura é uma alegoria do poder da República de Veneza, como a riqueza eo poder da Serenissima foi baseado no controle do mar.


Em "A Apoteose de Washington" (1865) Netuno em seu carro aparece no fundo de um couraçado com suas chaminés, o que representa novo orgulho os E.U. 'naval e energia. The depiction of Neptune in an allegorical sense, representing victory or dominion over the sea is common in works of art produced in the neoclassical period. A representação de Neptuno em um sentido alegórico, representando a vitória ou o domínio sobre o mar é comum em obras de arte produzidas no período neoclássico.

"Rei Netuno" desempenha um papel central na longa tradição da Linha "cerimônia de passagem de rito de iniciação" ainda em curso em muitos marinhas, guardas costeiras e as frotas mercantes.

Quando os navios cruzam o equador, "girinos" - marinheiros que não tinha feito antes, como uma passagem - receber "intimações" [12], a comparecer perante o Rei Netuno e sua corte (normalmente, incluindo o seu primeiro assistente de Davy Jones e sua Alteza Anfitrite e muitas vezes diferentes dignitários, que são todos representados ao mais alto ranking dos marinheiros).

No final da cerimónia - que no passado freqüentemente incluída trote considerável - que são iniciados como Shellbacks ou Filhos de Netuno e receber um certificado para o efeito. Enquanto Poseidon teve filhos com Medusa, ele também tinha chhildren com cerca de 35 deusas diferentes.


PLUTãO

Plutão, em Roma, era o nome do deus grego Hades, deus do submundo. Irmão de Júpiter, Netuno, Ceres, Vesta e Juno, faz parte da primeira geração dos deuses olímpicos.

De acordo com a mitologia, quando os três filhos de Cibele e Saturno fizeram a partilha do universo, Netuno ficou com os mares, Júpiter tomou posse do Olímpo, e Plutão ficou consequentemente com os Infernos (também chamado Hades). O deus governou o reino da morte sozinho até se apaixonar pela bela deusa Proserpina.

Embora o relacionamento entre os dois parecesse ter começado mal, pois Plutão sequestrou a deusa separando-a de sua família deixando-a inconsolável, sua união era calma e amorosa, ao contrário do casamento de seus irmãos Jupíter e Juno.

Embora identificado com Hades, o deus grego do mundo dos mortos, representa o seu aspecto benfazejo, e presidia as riquezas agrícolas. Hades era tão temido que ninguém ousava pronunciar seu nome, e quando era para se referir a ele, usavam outras definições. Dentre muitas, a mais conhecida é Plutão.

Por bastante tempo, o apelido substituiu o verdadeiro nome de Hades, dando origem ao deus romano.

Características

Para Plutão, eram consagrados o narciso e o cipreste. O deus é representado de diversas maneiras:

bonito de aparência jovem, corpo atlético;
cenho franzido, cabelos e barbas em desalinho, vestindo túnica e mantos vermelhos, sentado no trono e tendo ao seu lado o cão Cérbero;
como deus da vegetação, com traços mais suaves;
portador de uma cornucópia ou com uma coroa de ébano na cabeça, chaves na mão e sobre um coche puxado por cavalos negros.

 


O Nascimento de Vênus (recorte), de Bouguereau

VÉNUS

Vénus (português europeu) ou Vênus (português brasileiro) é a deusa do panteão (ou panteon) romano, equivalente a Afrodite no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. O nome vem acompanhado, por vezes, de epítetos como "Citereia" já que, aquando do nascimento, teria passado por Citera, onde era adorada sob este nome.

O mito do nascimento conta que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (afros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.

Museu Arqueológico Nacional de Atenas

Vênus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde templo era admirável. Tinha um olhar vago, e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina. Possuía um carro puxado por cisnes.

Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.

Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises.

Na epopeia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.
 

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De: QUIM TROVADOR Enviado: 26/04/2010 09:16
 

A Oficina de Vulcano, pintada por Diego Velázquez


VULCANO


Vulcano (Hefesto na mitologia grega) era o deus romano do fogo, filho de Júpiter e de Juno ou ainda, segundo alguns mitólogos, somente de Juno com o auxílio do Vento.

Foi lançado aos mares devido à vergonha de sua mãe pela sua disformidade, foi, porém, recolhido por Tetis e Eurínome, filhas do Oceanus. Noutras versões, a sua fealdade era tal mesmo recém-nascido, que Júpiter o teria lançado do Monte olimpo abaixo. A esse facto de deveria a sua deformidade, pois Vulcano era coxo.

Sua figura era representada como um ferreiro. Era ele quem forjava os raios, atributo de Júpiter. Este deus, o mais feio de todos, era o marido de Vénus ( a Afrodite grega), a deusa da beleza e do amor, que, aliás, lhe era tremendamente infiel.

No entanto, Vulcano forjou armas especiais para Eneias, filho de Vénus de Anquises de Tróia e para Aquiles quando este havia emprestado para Pátroclo,que por sua vez a perdeu para Heitor.

Em certa altura, Vulcano preparou uma rede com que armadilhou a cama onde Vénus e Marte mantinham uma relação adúltera. Deste modo o deus ferreiro conseguiu demonstrar a infidelidade da sua esposa, que no entanto foi perdoada por Júpiter.

 


Saturno, gravura do século XVI de Caravaggio.

SATURNO

Saturno (do latim Saturnus) é um deus romano da agricultura, justiça e força, equivalente ao grego Cronos. Era um dos titãs, filho do Céu e da Terra. Com uma foice dada por sua mãe mutilou o pai, Urano, tomando o poder entre os deuses.

Expulso do céu por seu filho Júpiter (Zeus), refugiou-se no Lácio. Lá exerceu a soberania e fez reinar a idade do ouro, cheia de paz e abundncia, tendo ensinado aos homens a agricultura. Em Lácio, criou uma família e uma conduta novas, vindo a ser pai de Pico.[carece de fontes?]

Os romanos que, segundo outras tradições, atribuem a origem de Roma a Saturno, construíram-lhe um templo e um altar à entrada do Fórum, no Capitólio. Atribui-se ainda a Saturno a criação de divindades como Juno ou Hércules e de heróis como Rómulo. O sábado é o dia consagrado a Saturno.

O Saturno itálico é representado nas moedas como nas pinturas de Pompeia - testemunho ambivalente da sua actividade agrária e da sua identificação com o castrador Cronos - com a serpente na mão. Um baixo-relevo do museu do Capitólio, réplica de um modelo grego, apresenta-o como Cronos, sentado no trono, recebendo das mãos de sua mulher (por vezes chamada Opes nos textos latinos) a pedra envolvida em panos que ele confundiu com Júpiter recém-nascido.

O Saturno africano é um homem de barba curta, penteado com calátides. Mas o deus chega a figurar, na mesma estela, com três aspectos distintos: deus barbudo com a foice, jovem deus solar com a cabeça ornada de raios e jovem deus lunar coroado com o crescente.

Saturnais

Os romanos, com receio que o deus abandonasse o seu lugar (na República depositava-se no seu templo o tesouro do Estado), prenderam a sua estátua com faixas de lã e não a libertavam senão quando se realizavam as Saturnais. Com efeito, estas festas populares, celebradas anualmente por volta do solstício de inverno, pretendiam ressuscitar por um certo tempo a época maravilhosa em que os homens tinham vivido sem contrariedades, sem distinções sociais, numa paz inviolada. Era uma semana de repouso livre e feliz, durante a qual todas as actividades profissionais eram suspensas - até as campanhas militares eram interrompidas - e se realizavam inúmeros banquetes, onde os cidadãos substituíam a toga pela túnica e serviam os seus escravos que, desobrigados das suas funções habituais, falavam sem papas na língua.

Estas festividades desembocavam, inevitavelmente, em grandes orgias. O culto de Saturno não se propagou com a mesma amplitude em todo o mundo romano, tendo sido objecto de um fervor excepcional junto das populações da África. "Dominus Saturnus" representa para estas o deus fertilizador da terra e, igualmente, o sol, assim como a lua. Espécie de divindade suprema do céu, instalada muitas vezes em substituição dos deuses fenícios, o Saturno africano foi, como Moloque, apreciador de vítimas humanas. Estas práticas cessaram sob o Império Romano e foram substituídas por libações e por sacrifícios de touros e de carneiros.

 


Estátua de Esculápio no museu do Teatro de Epidauro, Grécia


ESCULÁPIO

Esculápio (em grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós; em latim: Aesculapius) era o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana. Não fazia parte do Panteão das divindades olímpicas, mas acabou por se tornar uma das divindades mais populares do mundo antigo, a ponto de Apuleio dizer dele: Aesculapius ubique (Esculápio por toda parte).[1]

Existem várias versões de seu mito, mas as mais correntes o apontam como filho de Apolo, um deus, e Corônis, uma mortal. Teria nascido de cesariana após a morte de sua mãe, e levado para ser criado pelo centauro Quíron, que o educou na caça e nas artes da cura. Aprendeu o poder curativo das ervas e a cirurgia, e adquiriu tão grande habilidade que podia trazer os mortos de volta à vida, pelo que Zeus o puniu, matando-o com um raio. Seu culto se disseminou por uma vasta região da Europa, pelo norte da África e pelo Oriente Próximo, sendo homenageado com inúmeros templos e santuários, que atuavam como hospitais. Sua imagem permaneceu viva e é um símbolo presente até hoje na cultura ocidental.[1][2]

Seu mito

A história de Esculápio é reconstituída através da coleção de lendas e mitos criados pelo paganismo grego. Sua religião era politeísta, com uma infinidade de divindades e semidivindades associadas a todos os aspectos da vida humana e a vários lugares especialmente sagrados, como alguns rios e fontes, montanhas e florestas. Essa multidão de deuses estava subordinada a um grupo de poderosas deidades principais, cuja maioria habitava, segundo eles, o Monte Olimpo, e estes por sua vez eram presididos por Zeus. Entre os deuses principais estava Apolo, filho de Zeus, deus do sol, da luz, da música e das artes, da profecia e da cura, patrono dos jovens, da palestra e regente das Musas, que foi, segundo algumas versões do mito, o pai de Esculápio.[3]

O mais antigo registro de seu nome é encontrado na Ilíada de Homero, e nessa citação aparentemente ele ainda era considerado um mortal, descrito como o governante de Tricca e também como um médico que havia aprendido a arte do centauro Quíron e a ensinado a seus dois filhos, Podalírio e Macaão. Uma vez que atualmente o relato homérico sobre a Guerra de Tróia é considerado a poetização de um evento possivelmente histórico, Esculápio pode ter existido de fato, vivendo em torno de 1200 a.C., e sido mais tarde divinizado. Dentro da cultura grega não era incomum que heróis célebres fossem objeto de culto após sua morte. Escrevendo no século I, Celso explicou que pelo fato de ter aperfeiçoado as artes médicas, antes primitivas, ele mereceu um lugar entre os imortais. As origens de seu nome são obscuras. É possível que significasse "curador gentil", também foi relatado que a princípio ele se chamava Epios, e que depois de curar Ascles, tirano de Epidauro, passou a se chamar Asclepios. Seu status divino não era unnime entre os antigos, alguns o tinham como um deus, outros como um herói-deus ou como um semideus. Em torno do século V a.C. já havia uma grande quantidade de folclore criado a seu respeito, e Píndaro escreveu dizendo que ele era filho de Apolo com a mortal Corônis, filha de Flégias, o governante da Tessália.[4] O local de seu nascimento era disputado por várias cidades: Lacereia, Tricca e Epidauro.[2]

Bem mais tarde o poeta romano Ovídio deixou um relato sobre sua história em suas Metamorfoses. Segundo a narrativa, não havia donzela mais formosa em toda Tessália do que Corônis. Apolo estava apaixonado por ela e se tornaram amantes, mas o corvo do deus descobriu que ela havia se deitado com o jovem Ischys, filho de Elatus, e voou até seu mestre para relatar o fato. Enfurecido, Apolo tirou uma seta da aljava e disparou contra o peito daquela que que havia abraçado tantas vezes. Arrancando a seta ensanguentada, Corônis bradou: "Oh Febo Apolo, decerto eu mereci esta punição, mas por que não esperaste até que eu desse à luz ao nosso filho? Agora ambos morremos!" E assim dizendo, expirou. Arrependido do que fizera, Apolo sentiu ódio de si mesmo, e o corvo que levara tão nefasta notícia, que era branco, foi amaldiçoado e suas penas se tornaram negras. Então Apolo desceu dos céus e foi para seu lado, tomou o corpo sem vida em seus braços, mas seus poderes não bastaram para devolvê-la ao mundo dos vivos. Quando ela foi posta sobre uma pira para ser cremada, Apolo, tomado pela dor, derramou perfumes sobre seu peito e iniciou a celebração dos ritos fúnebres. Mas antes que as chamas consumissem o corpo de Corônis, retirou o filho ainda vivo do ventre materno e o levou para Quíron, o sábio centauro que havia educado vários heróis, para que o criasse. A filha de Quíron, Ocirroé, que podia prever o futuro, ao chegar à caverna de seu pai, viu a criança e disse: "Menino, tu que trazes a saúde para todo o mundo, que possas crescer e florescer! Os mortais muitas vezes deverão suas vidas a ti, e te será concedido o poder de trazer de novo à vida os que morreram. Mas um dia deixarás os deuses zangados por tamanha ousadia, e o raio de teu avô impedirá que o repitas, e de um deus imortal serás reduzido a um cadáver inerte. Mas depois, deste cadáver mais uma vez serás tornado um deus, e por uma segunda vez, renovarás o teu destino".[5]

Outros autores clássicos acrescentaram detalhes: Apolodoro disse que Quíron o criou e lhe ensinou as artes da cura e da caça. De Atena ele recebeu o sangue mágico da Górgona, por cujo poder o seu próprio sangue que corria pelo seu lado esquerdo podia tirar a vida de alguém, e o do seu lado direito ressuscitava os mortos. Quando Zeus matou Esculápio, Apolo, em vingança, como não podia agir contra seu pai, matou os Cíclopes que forjavam os raios de Zeus, pelo que foi punido e enviado sem seus poderes à Terra para servir o mortal Admeto por um ano. Diodoro explicou o motivo de sua morte dizendo que seu poder curativo era tão grande que restaurava a saúde para muitos desenganados, e que por isso se dizia que ele ressuscitava os mortos. Como Hades, o deus dos mortos, estava tendo seu reino despovoado, exigiu de Zeus uma solução para este ultraje. Outras fontes referem Higéia, Panacéia, Telésforo, Acésio e Iaso como também seus filhos.[6][7]

Teodoreto disse que alguns, como Hesíodo, o tinham como filho de Arsinoé de Messênia, e deu outra versão para o seu nascimento de Corônis, dizendo que ao nascer foi abandonado pela mãe numa montanha e foi achado por um pastor junto de um cão, que lhe dava de comer. Confiado a Quíron, depois de crescido passou a exercer a Medicina em Tricca e Epidauro. Pausnias repetiu versões em que o pastor se chamava Arestanas ou Autolaus, mas que este, vendo uma aura de luz divina ao redor da criança, atemorizou-se, e foi embora. Também referiu que em vez de um cão que o alimentava, teria recebido leite de uma cabra, que Corônis teria sido morta por Ártemis, para punir o ultraje a seu irmão Apolo, e quem o teria tirado do ventre da mãe teria sido Hermes. Cirilo escreveu dizendo que corriam versões de Corônis sendo seduzida por um sacerdote do templo de Apolo, o qual teria ensinado a Esculápio sua arte. Lactncio disse que o corvo foi tornado negro porque havia sido posto como guardião de Corônis, e falhara em sua função. Além disso, disse que sua alta reputação não era justa, pois só teria curado Hipólito. Outros disseram que ele tinha pais desconhecidos, que ele teve uma esposa, Epione, que seu pai fora Arsipo ou o próprio Zeus, amara Hipólito, tivera uma irmã chamada Eriopis, e que o pai de Corônis teria ficado furioso quando soube que Corônis fora violada por Apolo, teria ateado fogo ao templo do deus e assim matado involuntariamente a filha que lá estava.[6] Também corriam versões, derivadas de Píndaro, que o descreviam como avarento, cobrando em ouro pela sua arte, e arrogante, chamando a si mesmo de um deus, sendo por isso morto por um raio em punição de sua hubris, mas Platão refutou as acusações dizendo que se ele fosse filho de um deus não poderia ter tais defeitos, e se os tivesse, não era filho de um deus. Tertuliano também duvidava delas como sendo indignas.[8] Algumas versões do mito dizem que depois de morto com o raio Zeus o transformou na constelação do Ofiúco, para que Apolo fosse consolado.[9] O oráculo de Delfos foi certa vez consultado sobre quem era a mãe de Esculápio e onde nascera, e a pitonisa disse que era Corônis, e que ele viera ao mundo em Epidauro.[2] Algumas versões do mito dizem que depois de morto Esculápio foi ressuscitado por Zeus, permitindo-lhe continuar sua prática, desde que não mais interferisse no destino final dos mortais, tornando-se conhecido por sua bondade e compaixão no trato dos doentes, e dedicando sua atenção antes para os pobres.[10]

Suas curas

Entre as curas que teria operado, estão as de vários heróis feridos em Tebas, de Filocteto em Tróia, do tirano de Epidauro, Ascles, de uma doença nos olhos, as filhas de Proetus que haviam sido enlouquecidas por Hera, restaurou a visão aos filhos de Fineu, curou com ervas as feridas de Hércules em sua luta contra a Hidra de Lerna, devolveu à vida Orion, Hipólito, Himeneu, Tindareu, Glauco, Capaneu, Panassis e Licurgo.[11] Após sua morte outras curas lhe foram atribuídas. Rufus de Éfeso, um dos grandes médicos em torno de 100 a.C., disse que por intervenção de Esculápio um epilético foi salvo; um médico de Smirna dedicou uma estátua a ele em c. 200 d.C. por ter evitado muitas doenças seguindo o seu conselho; Élio Aristides, depois de buscar a cura para um volumoso tumor na perna junto de muitos doutores, sem sucesso, apelou para ele, teve uma visão do deus e foi curado milagosamente, e assim como estas mais continuaram acontecendo em seus santuários ao longo de séculos, como provam os muitos ex-votos preservados nas ruínas de vários deles.[12] Mas é interessante assinalar algumas mudanças verificadas nesse período de tempo. Enquanto que no santuário de Epidauro, de onde se irradiou seu culto, os médicos não atuavam, mas apenas os sacerdotes, ele aparecia nos sonhos dos pacientes e intervinha diretamente nas doenças, mais tarde ele passou a aparecer de forma mais indireta, dando conselhos e orientando a atuação de médicos convencionais, como as crônicas antigas referem sobre suas curas em Pérgamo, outro grande santuário, já do período helenista. Algumas de suas intervenções em sonhos eram dramáticas. Uma mulher relatou que o deus lhe apareceu em sonho e cortou fora seu olho doente, imergiu-o em uma poção e colocou-o de volta na órbita, e ao acordar ela estava curada. Outro paciente disse que foi buscar a cura para um abcesso no abdômen, sonhou que o deus o amarrou sobre uma prancha e cortou a área, removendo o abcesso, costurando a pele em seguida. Acordando, estava curado, mas o chão em seu redor estava banhado de sangue.[13] Outra pessoa chegou ao templo com a ponta de uma lança cravada dentro de sua mandíbula, onde estava há seis anos. Dormiu e sonhou que Esculápio a removia, e acordou com o ferro entre as mãos, curada. Um que era calvo acordou com cabelos na cabeça, e um que não possuía um dos olhos acordou com ambos. Além dessas curas extraordinárias e de outras mais prosaicas, Esculápio também era invocado para encontrar pessoas desaparecidas ou para resolver problemas de relacionamento ou dificuldades do cotidiano. Um porteiro que havia quebrado um vaso reuniu os fragmentos e se dirigiu ao santuário, e lá chegando abriu o saco onde os trazia e viu o vaso reintegrado. Curiosamente, apesar dos muitos testemunhos sobre suas aparições em sonho, não sobrevive nenhum relato sobre sua aparência física.[14]


O Bastão de Esculápio

Além de sua ligação direta com a Medicina, Esculápio teve sua imagem transformada e magnificada, assumindo outros significados. Os neoplatônicos acreditavam que Esculápio era a alma do mundo, através da qual a Criação era mantida coesa e organizada com simetria e equilíbrio. Élio Aristides disse que ele era o guia e regente de todas as coisas, o salvador do universo e o guardião dos imortais. Juliano declarou que ele era o curador dos corpos e, com a ajuda das Musas, de Hermes e de Apolo, era o educador das almas. Sua figura foi assimilada sincreticamente à de Imhotep no Egito, a Eshmun na Fenícia, a Zeus em Pérgamo, e a Júpiter em Roma, onde era chamado de Aesculapius Optimus Maximus.[15]

Ele é representado usualmente como um homem maduro, vestido de uma túnica que lhe descobre o ombro direito, e apoiado a um cajado onde se enrola uma serpente. às vezes aparece a seu lado um menino, símbolo da recuperação da saúde, ou a de Telésforo, uma espécie de elemental da terra encapuzado que levava o processo de cura a bom termo, e que algumas fontes dizem ser seu filho. Também pode ser mostrado junto de algum de seus outros filhos, especialmente Higéia, que se tornou uma figura importante em seu culto e chegou a ter templos próprios. Sobrevivem da Antiguidade várias de suas estátuas e imagens em moedas e camafeus. A estátua de seu principal templo, em Epidauro, fora feita, segundo Pausnias, de ouro e marfim, tinha cerca de seis metros de altura, e ele aparecia sentado em um trono, pousando sua mão direita sobre uma serpente, enquanto que com a esquerda segurava um cajado. Tinha um cão ao seu lado.[7] Esculápio foi representado em moedas cunhadas por 46 imperadores e imperatrizes romanos, e essas moedas circulavam em todo o império romano.[16]

O principal símbolo de Esculápio é um bastão ou cajado com uma serpente enrolada, que muitas vezes tem sido confundido erroneamente com o caduceu, que possui duas serpentes. A origem do símbolo é muito antiga, anterior aos gregos. Mais de 5 mil anos atrás os mesopotmios usavam um bastão com uma serpente como emblema de Ningizzida, o deus da fertilidade, do matrimônio e das pragas.[17] Para os gregos e romanos a serpente estava associada a Apolo por ele ter matado a Píton de Delfos, e era um símbolo da cura porque periodicamente abandona sua pele velha e aparentemente renasce, da mesma forma que os médicos removem a doença dos corpos e rejuvenescem os homens, e também porque a serpente era um símbolo de atenção concentrada, o que era requerido dos curadores.[18] Era conhecido também dos judeus antes de Cristo, como se lê no relato bíblico de Moisés erguendo um poste com uma serpente de bronze para livrar o seu povo de uma praga de serpentes. Ao longo do desenvolvimento do Cristianismo este símbolo foi transformado, e o poste se tornou um Tau.[17]

A ligação de Esculápio com a serpente deriva de uma das lendas associadas ao seu mito. Chamado para socorrer Glauco, que havia sido morto por um raio, viu uma serpente penetrar no aposento onde estava, e a matou com seu bastão. Logo uma segunda serpente entrou, carregando ervas em sua boca, que depositou sobre a boca da outra morta, fazendo-a voltar à vida. Tomando dessas ervas, Esculápio colocou-as na boca de Glauco, que também ressuscitou, e desde então fez da serpente seu animal tutelar. Seu bastão se tornou o símbolo da Medicina na contemporaneidade em grande número de países do mundo e está presente na bandeira da Organização Mundial da Saúde.[19] O outro animal a ele associado era o cão, presente em uma das versões de seu mito como o animal que lhe trouxe comida ao ser abandonado ainda bebê nas montanhas, e por ser capaz de seguir uma trilha invisível com seu olfato, o que simbolizava a capacidade do médico de identificar a doença através de sintomas invisíveis para os leigos. Finalmente o galo, que era amiúde sacrificado em sua honra, era o símbolo do raiar do sol, o astro regido por Apolo, o seu pai divino.[20]

O culto e o sistema de cura de Esculápio


Ex-voto dedicado a Esculápio, com a inscrição: Tyche (oferece isto) para Esculápio e Higéia como agradecimento. Mármore, c. 100–200 d.C. Museu Britnico


Foram identificados centenas de santuários antigos de Esculápio em toda a orla do Mediterrneo e Europa ocidental - desde Mênfis do Egito até Karpow no norte da Europa, desde Ecbátana no Oriente até o País de Gales - através de ruínas arqueológicas, citações literárias, inscrições em monumentos e iconografia numismática. Muitos de seus templos estavam localizados em posições privilegiadas, como nas acrópoles de Atenas e na de Cartago, e na ilha do Tibre em Roma.[15] Alice Walton ofereceu uma listagem com 368 locais de culto, embora para alguns deles as evidências tenham se resumido a um placa votiva, um altar ou uma inscrição, e nem sempre nestes casos é seguro que houve ali um verdadeiro santuário. Ela omitiu as fontes latinas, de modo que ainda existem várias lacunas num mapeamento completo, o que indica que a disseminação de sua influência foi ainda mais vasta. Gerald Hart aumentou a sua lista com mais 96 sítios, Esperandieu indicou mais 29, e outros estudiosos trouxeram evidências de diversos mais na Europa central.[21]

Seu culto iniciou a se irradiar documentadamente a partir de Epidauro em torno do fim do século VI a.C., mas foi a partir da sua invocação pelos atenienses para afastar a peste de Atenas em 420 a.C., que foi bem sucedida, que sua fama rapidamente cresceu, sendo frequentemente associado a Higéia. Segundo Cheng-Hsiung Lü as lendas sobre Higéia e Esculápio simbolizam a perene oscilação entre duas abordagens básicas da Medicina: a profilaxia e a terapêutica. Para os seguidores de Higéia a saúde era o resultado do seguimento das leis naturais, e a função da Medicina era identificar e divulgar quais eram essas leis, responsáveis pela manutenção de um equilíbrio sadio entre mente e corpo, para que as pessoas não as violassem, trazendo-lhes a doença. Em contraste, para os devotos de Esculápio, o papel do médico era curar a doença já instalada através da cirurgia, de medicamentos ou de agências sobrenaturais.[22] Para Ferguson a vasta disseminação do culto de Esculápio foi o fenômeno religioso mais impressionante na Grécia desde o surgimento do culto dionisíaco.[23] Em Atenas seu culto também foi associado a partir de 413 a.C. aos Mistérios de Elêusis.[7] O santuário de Epidauro, o mais famoso e um dos mais importantes monumentos arquitetônicos gregos do século IV a.C., possuía mais de 160 aposentos para os peregrinos, e podia ser comparado a um grande hospital. Outros templos importantes eram os da ilha de Cós, durante o período helenista, e o de Pérgamo durante o império romano. Esculápio foi um dos primeiros deuses gregos a serem assimilados pelos romanos, depois de uma praga em 293 a.C. Dois anos depois já possuía um templo em Roma, na ilha do Tibre, onde séculos depois foi erguida uma igreja cristã dedicada a São Bartolomeu e um hospital, ainda existentes.[23] Sócrates mandou sacrificar um galo a Esculápio na ocasião de sua morte, Alexandre Magno dedicou sua espada e armadura a ele em Gortys, na Arcádia, o imperador Cláudio isentou a ilha de Cós de impostos e a dedicou toda ao seu culto,[15] e o filósofo Apolônio de Tiana preparou-se para sua carreira num templo de Esculápio.[24] O culto de Esculápio determinou certos traços do culto de Serápis, e sua iconografia influenciou as representações de Zeus e também as de Cristo.[23]

Anualmente era celebrado um grande festival em Epidauro, nove dias após os Jogos Ístmicos. O festival combinava cerimônias sacras e confraternizações profanas, e atraía devotos de Esculápio e médicos de toda a Grécia. Havia uma grande procissão desde a cidade até o santuário, quando se cantavam hinos em honra do deus, eram realizados sacrifícios públicos e privados, e depois a festa encerrava com um grande banquete, competições atléticas e representações teatrais.[25]

Platão dizia que ele tratava de doenças localizadas através de uma dieta equilibrada, sangrias, medicamentos e cirurgia, mas se considerasse um homem doente da alma, rebelde e destemperado, e incapaz de seguir seus preceitos, ou se estivesse em estágio terminal, não o tratava.[26] O relato de Platão é colorido pela sua ética e visão política, pois acreditava que uma vida não valia a pena ser vivida se não fosse de acordo com as leis da virtude, e um homem não merecia a atenção da sociedade se sua vida não revertesse para o benefício da coletividade.[27] De qualquer forma essa visão era compartilhada pelos gregos de sua época. Os sacerdotes-curadores de Epidauro, na entrada do seu templo, haviam feito inscrever o dito: "Puro deve ser quem entra no templo odoroso; pureza significa ser sábio nas coisas sagradas", e naquela época no conceito de pureza estava implícito o de arete, virtude.[23]

Santuário de Esculápio em Cós


Santuário de Esculápio em Pérgamo


Em todos os seus santuários havia um templo, uma fonte para purificação e o abaton, um local para dormir. A área do santuário ainda muitas vezes incluía termas, jardins cultivados, um teatro, um ginásio e uma biblioteca, pois se considerava a cura um processo que envolvia a transformação do corpo e do espírito.[23] Roetzel os considera os precursores da medicina holística,[10] e Bergdolt considera o elemento psicossomático um fator determinante na eficácia do tratamento. Mas gestantes perto de darem à luz ou doentes terminais não eram admitidos, pois tanto a morte como o nascimento profanavam a santidade do local. Porém em tempos romanos essa proibição foi anulada. Também havia um canil ou um criadouro de serpentes não venenosas, os símbolos do deus, que eram usados como mediadores de seus poderes através de seu contato com os doentes. O sistema de culto e cura nos santuários de Esculápio se desenvolvia em linhas gerais como segue: O paciente se purificava na fonte do santuário e oferecia um sacrifício. Oferendas comuns eram bolos de mel, bolos de queijo e figos. Preces, meditação, o canto de hinos sacros, banhos medicinais, exposição à luz do sol, caminhadas de pés descalços, uma dieta especial, abstinência de sexo e exercícios físicos também eram muitas vezes parte do ritual e do tratamento. à noite o doente se dirigia para o abaton, a fim de dormir e se produzir a enkoimesis, ou "incubação", ou seja, a revelação do deus em sonhos, o que frequentemente acontecia. O deus ou aparecia e curava diretamente, ou dava instruções sobre um tratamento específico, o que às vezes acontecia ao longo de vários dias em sonhos diferentes. O sonho era então relatado aos sacerdotes, que interpretavam ou complementavam as instruções. O seguimento literal das instruções dadas em sonho era um pré-requisito para a cura. São conhecidos vários relatos sobre o deus aparecendo em sonhos contrariado com a falta de fé do paciente. Ocasionalmente o deus transformava uma doença séria em outra mais branda, e então a deixava ao cuidado dos médicos. às vezes o sonho não era necessário, e a cura se efetuava imediatamente. Se a pessoa fosse curada, o costume era agradecer com um novo sacrifício, então geralmente era oferecido um galo ou uma soma em dinheiro. Também podia ser um ex-voto, uma obra de arte, ou um poema composto em sua honra. Os registros históricos referem curas surpreendentes, endireitando aleijados e restituindo a visão a cegos, a audição a surdos e a fala aos mudos.[23][7][28]

Tradição e modernidade

A tradição médica derivada de Esculápio foi assimilada por Hipócrates, considerado por muitos o pai da medicina ocidental, que se formou no santuário de Esculápio em Cós. Ele mesmo era descendente dos Asclepíades, uma linhagem de sacerdotes-médicos que se dizia derivada da progênie do próprio deus. Apesar de a medicina hipocrática se desenvolver em uma linha mais científica e empírica, vários aspectos da sua doutrina se basearam no folclore religioso que cercava o culto de Esculápio, e deu grande atenção aos sonhos como elemento de diagnóstico.[29][7]

Depois do surgimento do Cristianismo vários santuários de Esculápio foram transformados em igrejas cristãs, dedicadas a santos ligados à cura, mas ele foi um dos deuses pagãos de maior sobrevida dentro do Cristianismo, em virtude de sua fama de bondade e compaixão. Na época em que o Partenon de Atenas já era uma igreja cristã, no século VI d.C., o templo de Esculápio adjacente ainda era frequentado.[23] Nillson & Kroll afirmam que a liturgia de culto de Esculápio foi uma forte influência sobre a sistematização da ritualística cristã,[30] e Justino, em sua Apologia, escreveu que "Quando dizemos que Jesus curou os aleijados e os paralíticos e os que eram doentes desde o nascimento e que ressuscitou os mortos, estamos relatando feitos que eram idênticos àqueles que se diz Esculápio ter praticado".[31] Hart traçou um paralelo entre as vidas de Esculápio e Cristo, onde apontou várias semelhanças. Ambos eram filhos de um pai divino e de uma mãe mortal e virgem, ligadas a maridos mortais; seu nascimento foi acusado por manifestações sobrenaturais, Cristo com uma estrela que se movia diante dos Reis Magos e por anjos que chamaram os pastores para o adorarem, e segundo Pausnias Esculápio foi achado por um pastor cercado de uma luz divina; ambos nasceram como mortais e depois de viverem uma vida pura dedicada ao socorro da humanidade, operando várias curas miraculosas, morreram uma morte humana, e foram deificados em seguida; Jesus foi perseguido pela sociedade por ameaçar o status quo, e Esculápio foi punido por ressuscitar os mortos e anular o poder de Hades.[32]

Apesar das similaridades entre ambos os personagens, ao longo da Idade Média o papel de deus curador foi atribuído a Cristo, frequentemente através da intercessão de santos ligados à cura, como Cosme e Damião. Mas a lembrança de Esculápio não foi erradicada de todo, sendo preservada em monumentos, em inscrições, e na literatura clássica, copiada pelos monges medievais. No Renascimento ele foi resgatado de seu estado de animação suspensa e sua imagem voltou a aparecer com grande frequência como o supremo patrono da Medicina. Durante a Reforma Protestante a iconografia de Cosme e Damião foi completamente substituída pela de Esculápio entre os países reformados, e o seu bastão com a serpente enrolada se implantou definitivamente como o símbolo da Medicina em todo o ocidente.[33]

Bandeira da Organização Mundial da Saúde com o bastão de Esculápio

Atualmente muitos aspectos das práticas terapêuticas inspiradas por Esculápio, e sistematizadas por Pitágoras, Hipócrates, Galeno e outros médicos da antiguidade, permanecem em vigor. O aborto e a eutanásia continuam cercados de tabus, e a prescrição de drogas que possam auxiliar no suicídio ou ser usadas para envenenemanto é vedada. Durante muito tempo a Medicina permaneceu associada à Religião, e os médicos ainda gozam atualmente de um prestígio social que poucas profissões desfrutam, são autorizados a excercer o ofício somente após uma profissão pública de devoção à sua especialidade em benefício de todos - o Juramento de Hipócrates, que abre com uma invocação a Apolo, Esculápio, Higéia e Panacéia - além de curadores são amiúde conselheiros, e sua relação com os doentes é protegida pelo sigilo, são obrigados a manter um comportamento ético rigoroso, e abusos de todos os tipos sobre os pacientes são punidos com sanções severas pelas associações médicas a que estão vinculados, muitas vezes com a expulsão com desgraça e cancelamento da licença de praticar. A preocupação com a dieta e com a anamnese detalhada recentemente têm ganhado novo relevo entre os médicos, e os métodos hipocráticos tradicionais de diagnóstico não-invasivo, de acordo com algumas pesquisas, são mais eficientes para uma identificação correta de grande número de doenças do que a dependência de um complexo aparato instrumental e laboratorial.[34] Além disso, as práticas terapêuticas que envolvem a reorientação da mente e o emprego da fé também têm recebido a atenção dos pesquisadores, e mostram resultados promissores.[35]


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