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De: QUIM TROVADOR  (Mensaje original) Enviado: 26/04/2010 16:02


ZUMBI DOS PALMARES

Histórico

O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."

Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira[1].


[editar] A polêmica da escravidão pelas mãos de Zumbi
Alguns autores levantam a possibilidade de que Zumbi não tenha sido o verdadeiro herói de Palmares e sim Ganga-Zumba:

"Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniqüidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia.[...]"[2]

Segundo alguns estudiosos Ganga Zumba teria sido assassinado, e os negros de Palmares elevaram a categoria de chefe, Zumbi:

"Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo"[3]

Seu governo também teria sido caracterizado pelo despotismo:

"Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo"[4]


[editar] Cronologia
Mais ou menos em 1600: negros fugidos do trabalho escravo nos engenhos de açúcar, onde hoje são os estados de Pernambuco e Alagoas no Brasil, fundam na serra da Barriga o Quilombo dos Palmares. Os quilombos, eram povoados de resistência, seguiam os moldes organizacionais da república e recebiam escravos fugidos da opressão e tirania. Para muitos era a terra prometida, um lugar para fugir da escravidão. A população de Palmares em pouco tempo já contava com mais de 3 mil habitantes. As principais funções dos quilombos eram a subsistência e a proteção dos seus habitantes, e eram constantemente atacados por exércitos e milícias.
1630: Começam as invasões holandesas no nordeste brasileiro. O que desorganiza a produção açucareira e facilita as fugas dos escravos. Em 1644, houve uma grande tentativa holandesa de aniquilar com o quilombo de Palmares, que como nas investidas portuguesas anteriores, foi repelida pelas defesas dos quilombolas.
1654: Os portugueses expulsam os holandeses do nordeste brasileiro.
1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares, neto da princesa Aqualtune.
Por volta de 1662 (data não confirmada): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados portugueses e levado a Porto Calvo, onde é "dado" ao padre jesuíta António Melo. Este o batizou com o nome de Francisco. Zumbi passou a ajudar nas missas e estudar português e latim.
1670: Zumbi aos quinze anos de idade foge e regressa a Palmares. Neste mesmo ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a chefia do quilombo, então com mais de trinta mil habitantes.
1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Neste ano, a tropa portuguesa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de uma batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Depois de uma retirada de cinco meses, os negros contra-atacam, entre eles Zumbi com apenas vinte anos de idade, e após um combate feroz, Manuel Lopes é obrigado a se retirar para Recife. Palmares se estendia então da margem esquerda do São Francisco até o Cabo de Santo Agostinho e tinha mais de duzentos quilômetros de extensão, era uma república com uma rede de onze mocambos, que se assemelhavam as cidades muradas medievais da europa, mas no lugar das pedras haviam paliçadas de madeira. O principal mocambo, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos foragidos, ficava na Serra da Barriga e levava o nome de Cerca do Macaco. Duas ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns oito mil habitantes. Amaro, outro mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche.
1678: A Pedro de Almeida, governador da capitania de Pernambuco, mais interessava a submissão do que a destruição de Palmares, após inúmeros ataques com a destruição e incêndios de mocambos, eles eram reconstruídos, e passou a ser economicamente desinteressante, os habitantes dos mocambos faziam esteiras, vassouras, chapéus, cestos e leques com a palha das palmeiras. E extraiam óleo da noz de palma, as vestimentas eram feitas das cascas de algumas árvores, produziam manteiga de coco, plantavam milho, mandioca, legumes, feijão e cana e comercializavam seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e mestiços. Sendo assim o governador propôs ao chefe Ganga Zumba a paz e a alforria para todos os quilombolas de Palmares. Ganga Zumba aceita, mas Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. Além do mais eles tinham suas próprias Leis e Crenças e teriam que abrir mão de sua cultura.
1680: Zumbi assume o lugar de Ganga Zumba em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. Ganga Zumba morre assassinado com veneno.
1694: Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares e onde Zumbi nasceu, cercada com três paliçadas cada uma defendida por mais de 200 homens armados, após 94 anos de resistência, sucumbiu ao exército português, e embora ferido, Zumbi consegue fugir.
1695, 20 de Novembro: Zumbi foi traído e denunciado por um antigo companheiro, ele é localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade. Zumbí ou "Eis o Espírito", virou uma lenda e foi amplamente citado pelos abolicionistas como herói e mártir.

[editar] Tributo

Escultura em homenagem a Zumbi dos Palmares em Poá - SP.Atualmente, o dia 20 de novembro, feriado em mais de 200 cidades brasileiras, é celebrado como Dia da Consciência Negra. O dia tem um significado especial para os negros brasileiros que reverenciam Zumbi como o herói que lutou pela liberdade e como um símbolo de liberdade. Hilda Dias dos Santos incentivou a criação do Memorial Zumbi dos Palmares.

Várias referências nas artes fazem tributo a seu nome:

Música composta por Edu Lobo e Vinicius de Moraes e popularizada por Elis Regina.
Mencionado em diversas letras da banda Soulfly.
Mencionado na música "Ratamahatta", da banda Sepultura.
Seu nome é dado a um lutador no jogo feito em Adobe Flash: Capoeira Fighter 2.
Quilombo, 1985, filme de Carlos Diegues sobre o Quilombo dos Palmares, ASIN B0009WIE8E
Gilberto Gil lançou um CD chamado "Z300 Anos de Zumbi".
A banda de nome Chico Science & Nação Zumbi (atualmente é chamada somente de Nação Zumbi, após a morte do vocalista Chico Science).
Música de Jorge Ben também cantada por Caetano Veloso nos CDs Noites do Norte e Noites do Norte Ao Vivo.
Música "300 anos" gravada por Alcione em 2007 (composta por Alty Veloso e Paulo César Feital).
Nome do aeroporto de Maceió, Alagoas (Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares).

Referências
http://www.capoeiramestrebimba.com.br/ancestralidade.htm
↑ Martins, José de Souza. Divisões Perigosas, p. 99
↑ Carneiro, Edison. O Quilombo dos Palmares, Editora Civilização Brasileira, 3a ed., Rio, 1966, p. 35
↑ idem, p. 27

[editar] Referências bibliográficas
CARNEIRO,Edison.O Quilombo dos Palmares, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3a ed., 1966, p. 35
FONSECA Júnior, Eduardo. Zumbi dos Palmares, A História do Brasil que não foi Contada. Rio de Janeiro: Soc. Yorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, 1988. 465 p.
FREITAS, Décio. Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento,1973.
LEAL, I.S. & LEAL, A. (1988). O menino de palmares. Coleção "Jovem do Mundo Todo". Editora Brasiliense. 18ª Edição.
MARTINS Souza, José.Divisões Perigosas: Políticas Raciais no Brasil Contemporneo.Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira,2007 p.99
SANTOS, Joel Rufino dos. (1988). Zumbi. Projeto Passo à Frente - Coleção Biografias.Editora Moderna.
SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano, 1997.
VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

[editar] Ver também
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Zumbi dos Palmares.Escravidão
Guerra dos Palmares
Panteão da Pátria
Quilombo
Quilombo dos Palmares

[editar] Ligações externas
Heróis negros no Brasil
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR



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De: QUIM TROVADOR Enviado: 26/04/2010 16:04
 
 
 
 



1695 - O líder e activista Zumbi é morto no Quilombo dos Palmares pelas tropas do bandeirante de Domingos Jorge Velho

Zumbi dos Palmares

Origem: Wikipédia



A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quimbundo "nzumbi", e significa, grosso modo, "duende". No Brasil, Zumbi significa fantasma que, segundo a crença popular afro-brasileira, vagueia pelas casas a altas horas da noite;

Histórico
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."

Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira].

A polêmica da escravidão pelas mãos de Zumbi

Alguns autores levantam a possibilidade de que Zumbi não tenha sido o verdadeiro herói de Palmares e sim Ganga-Zumba:

"Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniqüidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia.[...]"

Segundo alguns estudiosos Ganga Zumba teria sido assassinado, e os negros de Palmares elevaram a categoria de chefe, Zumbi:

"Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo"

Seu governo também teria sido caracterizado pelo despotismo:

"Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo"

Cronologia
Mais ou menos em 1600: negros fugidos do trabalho escravo nos engenhos de açúcar, onde hoje são os estados de Pernambuco e Alagoas no Brasil, fundam na serra da Barriga o Quilombo dos Palmares. Os quilombos, eram povoados de resistência, seguiam os moldes organizacionais da república e recebiam escravos fugidos da opressão e tirania. Para muitos era a terra prometida, um lugar para fugir da escravidão. A população de Palmares em pouco tempo já contava com mais de 3 mil habitantes. As principais funções dos quilombos eram a subsistência e a proteção dos seus habitantes, e eram constantemente atacados por exércitos e milícias.
1630: Começam as invasões holandesas no nordeste brasileiro. O que desorganiza a produção açucareira e facilita as fugas dos escravos. Em 1644, houve uma grande tentativa holandesa de aniquilar com o quilombo de Palmares, que como nas investidas portuguesas anteriores, foi repelida pelas defesas dos quilombolas.
1654: Os portugueses expulsam os holandeses do nordeste brasileiro.
1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares, neto da princesa Aqualtune.
Por volta de 1662 (data não confirmada): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados portugueses e levado a Porto Calvo, onde é "dado" ao padre jesuíta António Melo. Este o batizou com o nome de Francisco. Zumbi passou a ajudar nas missas e estudar português e latim.
1670: Zumbi aos quinze anos de idade foge e regressa a Palmares. Neste mesmo ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a chefia do quilombo, então com mais de trinta mil habitantes.
1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Neste ano, a tropa portuguesa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de uma batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Depois de uma retirada de cinco meses, os negros contra-atacam, entre eles Zumbi com apenas vinte anos de idade, e após um combate feroz, Manuel Lopes é obrigado a se retirar para Recife. Palmares se estendia então da margem esquerda do São Francisco até o Cabo de Santo Agostinho e tinha mais de duzentos quilômetros de extensão, era uma república com uma rede de onze mocambos, que se assemelhavam as cidades muradas medievais da europa, mas no lugar das pedras haviam paliçadas de madeira. O principal mocambo, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos foragidos, ficava na Serra da Barriga e levava o nome de Cerca do Macaco. Duas ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns oito mil habitantes. Amaro, outro mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche.
1678: A Pedro de Almeida, governador da capitania de Pernambuco, mais interessava a submissão do que a destruição de Palmares, após inúmeros ataques com a destruição e incêndios de mocambos, eles eram reconstruídos, e passou a ser economicamente desinteressante, os habitantes dos mocambos faziam esteiras, vassouras, chapéus, cestos e leques com a palha das palmeiras. E extraiam óleo da noz de palma, as vestimentas eram feitas das cascas de algumas árvores, produziam manteiga de coco, plantavam milho, mandioca, legumes, feijão e cana e comercializavam seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e mestiços. Sendo assim o governador propôs ao chefe Ganga Zumba a paz e a alforria para todos os quilombolas de Palmares. Ganga Zumba aceita, mas Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. Além do mais eles tinham suas próprias Leis e Crenças e teriam que abrir mão de sua cultura.
1680: Zumbi assume o lugar de Ganga Zumba em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. Ganga Zumba morre assassinado com veneno.
1694: Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares e onde Zumbi nasceu, cercada com três paliçadas cada uma defendida por mais de 200 homens armados, após 94 anos de resistência, sucumbiu ao exército português, e embora ferido, Zumbi consegue fugir.
1695, 20 de Novembro: Zumbi foi traído e denunciado por um antigo companheiro, ele é localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade. Zumbí ou "Eis o Espírito", virou uma lenda e foi amplamente citado pelos abolicionistas como herói e mártir.

Tributo

Atualmente, o dia 20 de novembro, feriado em mais de 200 cidades brasileiras, é celebrado como Dia da Consciência Negra. O dia tem um significado especial para os negros brasileiros que reverenciam Zumbi como o herói que lutou pela liberdade e como um símbolo de liberdade. Hilda Dias dos Santos incentivou a criação do Memorial Zumbi dos Palmares.

Várias referências nas artes fazem tributo a seu nome:

Música composta por Edu Lobo e Vinicius de Moraes e popularizada por Elis Regina.
Mencionado em diversas letras da banda Soulfly.
Mencionado na música "Ratamahatta", da banda Sepultura.
Mencionado na música "Apesar de Cigano", composta por Altay Veloso e Aladim Teixeira, e interpretada por Jorge Vercillo no álbum "Leve".
Seu nome é dado a um lutador no jogo feito em Adobe Flash: Capoeira Fighter 2.
Quilombo, 1985, filme de Carlos Diegues sobre o Quilombo dos Palmares, ASIN B0009WIE8E
Gilberto Gil lançou um CD chamado "Z300 Anos de Zumbi".
A banda de nome Chico Science & Nação Zumbi (atualmente é chamada somente de Nação Zumbi, após a morte do vocalista Chico Science).
Música de Jorge Ben também cantada por Caetano Veloso nos CDs Noites do Norte e Noites do Norte Ao Vivo.
Música "300 anos" gravada por Alcione em 2007 (composta por Alty Veloso e Paulo César Feital).
Nome do aeroporto de Maceió, Alagoas (Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares).

 



Dandara de Palmares Guerreira em todos lugares.
DANDARA DE PALMARES

A batucada dos mil tambores, percutia pelos ares.
Uma pátria sem senhores, o Quilombo dos Palmares
Por todo lado fartura, fosse em igualdade ou beleza.
Havia firmeza e ternura, Dandara a nossa Princesa.

Uma Mulher vigorosa, no melhor do cuidar e instruir.
Foi uma mãe carinhosa, Mãe de 3 filhos de Zumbi.
Mulher Guerreira valente, Auxiliar do comandante.
Em tudo intensa e presente, em tudo aplicada e atuante.

Tinha o Espírito intendente, com boa safra pra partilhar.
Fosse a terra ou a semente, fosse o tempo ou quem plantar.
Uma Mulher de produção, de se preocupar com abastecer.
Dissipando toda preocupação, não deixava questão crescer.

Atenta ao espaço e ao tempo, por nada podiam adoecer.
Ligada ao abastecimento, por dar qualidade ao viver.
Tinha autoridade e simpatia, botava as coisas no seu lugar.
Dandara era uma garantia, de que as coisas não iam faltar.

Representava a abnegação, a feminidade e a sabedoria.
Direitos Humanos promoção, enfoque gênero raça e etnia.
Era a Mulher Participativa, cheia de ética e dignidade.
A trabalhadora inventiva, que respeitava a ancestralidade.

Macaco o mocambo principal, na sua cerca escolheu lutar.
Foi uma leoa até o final, e pensaram que se fizera jogar.
No precipício da pedreira, de passagem estreita e singela.
Maravilhosa Guerreira, que tem a História mais bela.

Na passagem da pedreira, ali estava o ponto da decisão.
De importncia verdadeira, na possibilidade da definição.
Tinha de ser bem guardada, pelos mais ferozes lutadores.
Gente da raça determinada, cheia de boa vontade e amores.

Na estratégia da defesa, do Quilombo e da população.
A Mulher de extrema beleza, enfrentou faca e canhão.
Nada lhe fez retroceder, sempre foi da linha de frente.
Dandara sem medo de morrer, Mulher Luz da nossa gente.

Azuir Filho e Turmas: do Social da Unicamp e de: Amigos
De Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.

Poesia de Homenagem a Dandara a Mulher de Zumbi dos Palmares, exemplo da Mulher Ativa e participativa em todas as atividades da Comunidade, como uma Santa Maria Negra, o tempo todo vigiando o que acontece pra interferir e ajudar, fosse no cuidar das crianças com anemia ou dos anciões que precisam higienizar, cuidar dos que ficaram deficientes e dependentes por maus tratos na Escravidão ou em Combates, cuidar da horta ou do galinheiro, carregar pedras pro alto do morro, vistoriar a paliçada, ensinar como identificar as raízes e folhas que se pode comer, chás para dores e para reanimar, baixar a quentura da febre, troca de curativo pra poder curar, não deixar ninguém tratar mal a ninguém e em todas estas pequenas atividades e naturalmente todos verem na sua cara que é feliz, Porque estas pequenas coisas da vida no dia a dia é que fazem a felicidade. Dandara lembra a Educação e o esforço para educar, o teatralizar para marcar, e o Teatro lembra Bertold Brecht, Castro Alves, Dias Gomes, Ailton Camuccelli e tantos outros admiráveis nos diálogos, e o exemplo de Dandara é extraordinário, ativa com a nossa Adelina do STU, sempre cheia de amor e de disposição para todas as atividades, a fazer e refazer caprichando, incansável e feminina, maravilhosa sempre. Uma Mulher Leoa que constrói a sua felicidade. Em Dezembro, Dandara é Direitos Humanos , é Amor ao Próximo e Boa Vontade. Dandara é Mulher como Maria e, sendo assim, todo dia é Dia de Dandara.
sobre a obra
Obra de Louvor a Dandara a Mulher de Zumbi de Palmares, que ficou na memória por ser de muitas atividades da domésticas no dia a dia, até em combates ao lado de Zumbi na libertação de escravos nas fazendas e engenhos.
Mulher de muito saber, foi escrava e não descuidava de nada. O Acordo de Ganga Zumba com os Portugueses, de, os livres ficarem livres e os escravos voltarem a ser escravos lhe levou ao suicídio e Zumbi Lutou até a morte para que a Liberdade fosse para todos indistintamente, escravos e livres, brancos , negros índios e mestiços.
Dandara ficou com a Imagem de Mãezona Leoa que cuida com doçura mas que luta com ferocidade pra necessidade de defender. Admirada por Ter este estilo que era citado por Che Guevara de Ter toda e firmeza nas lutas duras da vida mas, sem perder a ternura jamais. Dandara é como Adelina , e esta viva em toda gente. Linda em todos sonhos e aspirações. Dandara é sempre.


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informações

Autoria Azuir Filho e Turmas: do Social da Unicamp e de: Amigos
De Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.
azuirfilho@superig.com.br
azuirferreiratavares@gmail.com
Ficha Técnica Louvor a Dandara, uma Mulher Universal, feminina e guerreira, bela e suficiente, decidida e capaz de em tudo somar, de não deixar nenhuma dúvida e, de com a ação do seu trabalho útil fazer a diferença, sem chamar a atenção mas, sempre se destacando, Honra e Orgulho do Gênero.



Data 14/12/2008
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