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ARTE E HISTÓRIA NA PALAVRA E NA IMAGEM.: OBRAS PRIMAS - ESCULTURAS
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Respuesta  Mensaje 1 de 12 en el tema 
De: Dominique  (Mensaje original) Enviado: 24/04/2010 19:41


Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de Março de 1475 — Roma, 18 de Fevereiro de 1564) foi um pintor, escultor, poeta e arquitecto renascentista italiano.



É famoso principalmente pela criação dos frescos do tecto da Capela Sistina, um dos trabalhos mais extraordinários de toda a arte ocidental, e também do Julgamento Final sobre o altar e do "Martírio de São Pedro" e da "Conversão de São Paulo" na Capela Paulina do Vaticano. Entre as suas muitas esculturas, contam-se a Pietà e o David, também elas sublimes obras-primas, bem como a Virgem, o Baco, o Moisés, a Raquel, a Léa e membros da família Médici. Foi também ele a conceber a cúpula da Basílica de São Pedro em Roma.



Seu pai, Ludovico, quando residente em Caprese era um magistrado, entretanto, Michelangelo cresceu em Florença e mais tarde viveu com um escultor e sua esposa na localidade florentina de Settignano, onde seu pai tinha uma mina de mármore e uma pequena fazenda.



Contra a vontade de seu pai, o canhoto Michelangelo escolheu ser aprendiz de Domenico Ghirlandaio por três anos começando em 1488. Impressionado, Domenico recomendou-o para Florença para estudar com Lourenço de Médici (lêe-se Méditchi). De 1490 a 1492, Michelangelo freqüentou a escola de Lourenço e durante sua estada, Michelangelo seria influenciado por muitas pessoas proeminentes que modificariam e expandiriam suas idéias na arte e ainda seus sentimentos sobre sexualidade. Foi durante este período que Michelangelo criou dois relevos: Batalha de Centauros e Madonna da Escada.



A obra acima é a Criação do Homem, na Capela Sistina.



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Respuesta  Mensaje 2 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 19:42

AUGUSTO DE PRIMA PORTA.

Augusto de Prima Porta é uma estátua de Augusto César que foi descoberta em 20 de abril de 1863 na Villa de Augusto, Prima Porta, Roma. Atualmente está a mostra no Braccio Nuovo no Museu do Vaticano.

A estátua, baseada no Doríforo de Policleto do século V a.C, é uma imagem idealizada de Augusto, foi talhada em mármore e descoberta em 1863 na casa de Livia Drusa, esposa do imperador. Ainda contém alguns resquícios de tintas douradas, púrpuras, azuis e outras cores com as quais ela foi policromada.

DOMINIQUE

Fonte: Wikimedia Foundation

Respuesta  Mensaje 3 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 19:53
 
Esculturas - As mais Famosas
A escultura é considerada uma das mais bela das artes, a quarta das artes plásticas. Uma arte que cria imagens plásticas em relevo total ou parcial. Na criação das mais famosas esculturas normalmente são usados materiais como: bronze, mármore, argila (terracota), cera ou madeira.
Essa é uma seleção das mais belas e mais famosas esculturas de todos os tempos, mas como a arte é subjetiva pode ser que você considere outras que não estejam nessa seleção.

Pietá, de Michelangelo
 
Pietá (1499) é uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista Michelangelo - Ícone da Renascença Italiana. Representa o corpo de cristo morto nos braços da Virgem Maria. Não existe um consenso sobre a obra prima de Michelangelo, uns dizem ser Pietá a mais bela obra, outros julgam ser David, sua melhor escultura.


O êxtase de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini
 
O êxtase de Santa Teresa é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini, um dos maiores escultores do séc. XVII, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro, em estílo Barroco, representa a experiência mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por um anjo. A estátua se encontra na Igreja de Santa Maria Della Vittoria, Roma.


David, de Michelangelo
 
David ou Davi, é mais uma das obras primas de Michelangelo. A escultura retrata o herói bíblico e seu realismo anatômico impressiona. David é considerada por muitos a obra mais importante de Michelangelo, medindo 5,17 m, é hoje considerada o símbolo máximo da República de Florença. A obra pode ser visitada na Galleria dell'Accademia em Florença.


A Vênus de Milo
 
 
A Vênus de milo representa a deusa grega Afrodite, deusa do amor sexual e da beleza física. É considerada uma das mais famosa estátua grega, feita em mármore com 203 cm de altura. Quanto sua autoria, supõem-se que seja de Alexandros de Antióquia. A Vênus de Milo foi encontrada na ilha de Milo, no mar Egeu. A estátua encontra-se no Louvre, Paris.


Grupo de Laocoonte
 
O Grupo de Laocoonte é uma escultura em mármore, conhecida também como 'Laocoonte e seu filhos'. A escultura representa Laocconte (sacerdote de Apolo) e seus dois filhos, Antiphantes e Thymbraeus, sendo estrangulados por duas serpentes marinhas, em referência a um episódio dramático da Guerra de Tróia relatado na Ilíada de Homero. A autoria dessa escultura é atribuida por Plinio a Agesandro, Atenodoro e Polidoro, três escultores da ilha Rodes.


O Beijo, de Rodin
 
O Beijo é uma escultura do artista realista Auguste Rodin, feita em mármore e que representa os delírios amorosos vividos por Rodin e sua assistente, Camille Claudel.

Os Doze Profetas, de Aleijadinho
 
Foto: Da esquerda para direita: Amós, Abdias, jonas, Baruc, Isias, Daniel, Jeremias, Oséias, Ezequiel, Joel, Habuc e Naum.
Os doze Profetas de aleijadinho são esculturas em pedra sabão realizadas entre 1795 a 1805 pelo escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho. As doze esculturas ficam no Adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo.

Moisés, de Michelangelo
 
 
Moisés é outra grande obra prima de Michelangelo. A escultura encontra-se na entrada da Igreja de San Pietro in Vincoli, Roma.

O Pensador, de Rodin.
 
O pensador, em Francês, Le Penseur, é uma escultura em bronze feita por Rodin e que retrata um homem em meditação lutando com uma poderosa força interna.
Originalmente chamado de O Poeta, a peça era parte de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris para criar um portal monumental baseada na Divina Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas na peça representavam um dos personagens principais do poema épico. O Pensador originalmente procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, ponderando seu grande poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heróica à la Michelangelo para representar o pensamento assim como a poesia.
Rodin fez sua primeira versão por volta de 1880. A primeira estátua (O Pensador) em escala maior foi terminada em 1902, mas não foi apresentada ao público até 1904. Tornou-se propriedade da cidade de Paris graças a uma contribuição organizada pelos admiradores de Rodin e foi colocada em frente do Panteão em 1906. Em 1922, contudo, foi levada para o Hotel Biron, transformado no Museu Rodin. Mais de vinte cópias da escultura estão em museus em volta do mundo. Algumas destas cópias são versões ampliadas da obra original assim como as esculturas de diferentes proporções.

O Instituto Ricardo Brennand na cidade do Recife, Pernambuco, possui uma réplica autorizada da obra, exposta nos seus jardins.

Apolo e Dafne, de Bernini.
 
Apolo e Dafne é uma das mais famosas esculturas de Gian Lorenzo Bernini, grande escultor do barroco italiano. Dafne foi o primeiro amor de Apolo. Essa escultura encontra-se na Galleria Borghese, Roma, Italia.

Augusto de Prima Porta.


 

Respuesta  Mensaje 4 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 19:57
Augusto de Prima Porta é uma estátua de Augusto César que foi descoberta em 20 de abril de 1863 na Villa de Augusto, Prima Porta, Roma, foi talhada em mármore. Atualmente está a mostra no Braccio Nuovo no Museu do Vaticano.

Baco, de Michelangelo.
Baco, uma estátua feita em mármore que mede 203 cm de altura, foi encomendada pelo banqueiro e colecionador Jacopo Galli para o seu jardim que queria uma escultura que representasse jovialidade e sensualidade. Baco segura na sua mão esquerda uma pele de leão e um cacho de uvas de onde se alimenta um fauno. A estátua de Baco encontra-se no Museu Nacional de Bargello em florença, Itália.

Estátua de Bronze de São Pedro, de Arnolfo di Cambio.
 
A estátua de Bronze de São Pedro representa o apóstolo Pedro sentado em seu trono segurando as duas chaves do céu em sua mão esquerda, e a direita em gesto de bênção à antiga moda grega, os dois dedos estendidos em reconhecimento da natureza dual de Cristo, divina e humana, enquanto os outros três dedos se unem num sinal da Santíssima Trindade. É um ritual antigo em que todos os peregrinos homenageiam a estátua, tocando-a com sua mão ou beijando o pé que se adianta. A estátua em bronze de São Pedro que se encontra na Basílica de São Pedro em Roma se atribui geralmente ao escultor Arnolfo di Cambio.

Escultura - As Três Ninfas (1930/37).
 
Aristide Maillol foi um dos membros do grupo os Nabis. Quando o grupo se desfez, em 1896, ele já não pertencia ao grupo, mas continuou seguindo as teorias dos Nabis, “ a simplificação da forma e a exaltação da cor “.

As três ninfas é uma famosa obra desse pintor e escultor francês. Originalmente concebida com uma clássica representação das míticas Três Graças, este arranjo escultórico em bronze possui uma grande solidez e peso nas suas formas suaves, curvas e de movimento contido.

Embora Maillol tenha alterado o conceito da obra enquanto estava a trabalhar o modelo em gesso, o efeito de espelho dos três nus, que causa a impressão de existirem três vistas da mesma mulher, é também típico da representação das Três Graças.

Maillol não adotou as superfícies ásperas, formas fluídas e intensa energia do seu contemporneo Auguste Rodin. Estava mais interessado na graça do que no drama, na simplicidade das formas que transmitiam uma emoção tranqüila.

Respuesta  Mensaje 5 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 20:03
Obra Prima do Dia (Semana Kenneth Armitage)

Escultura - Diarquia (1957)

 
Armitage estudou em sua cidade natal, no Leeds College of Arts, de 1934 a 1937 e depois foi para Londres onde matriculou-se na Slade School of Fine Art, que cursou de 1937 a 1939. Serviu no Exército durante a II Guerra Mundial; depois, em 1946, foi lecionar na Bath Academy of Art, em Corsham, onde ficou por dez anos como titular da cadeira de escultura. Ao terminar esse período em Corsham, Armitage destruiu todos os seus entalhes feitos antes da guerra. Encontrara finalmente seu estilo maduro e começava a esculpir os grupos de figuras que o tornariam muito conhecido desde logo. “Na Ventania”, “Diarquia”, “Amigos Caminhando”, são belos exemplos desse período expressivo e fecundo.

Desde o início dos anos 50, as obras de Kenneth Armitage já eram expostas nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na América do Sul. Três retrospectivas, na Whitechapel Art Gallery, Londres (1959), na Artcurial, Paris (1985) e a do Parque de Esculturas de Yorkshire (1996/97), resumem de modo didático sua paixão pelas formas da condição humana, pelas árvores e por esses elementos em movimento. Sua inclinação artística sempre foi pelo abstrato e pela simplificação da forma, e teve no bronze seu meio preferido.

A energia, tal como o movimento, é presença constante nas peças esculpidas por Armitage; mais do que isso, as duas coisas são mesmo o tema de muitas de suas obras. Eis o que ele escreveu: “Naturalmente, minha escultura contem idéias ou experimentos diversos dos que apenas observo na figura humana. Sempre, todavia, revestidos pela condição humana”. Seus trabalhos podem ser encontrados em museus e coleções particulares em várias partes do mundo.

A imagem de hoje mostra a peça “Diarquia”, que é o governo exercido por duas pessoas, por exemplo, rei e rainha. Aqui, os torsos estão unidos em uma única placa retangular de bronze, e só as cabeças e as pernas estão separadas. A superfície áspera sugere a ação do tempo, como se a peça já tivesse sido gasta por séculos e séculos. Sua rigidez e escala monumental dão a ela uma autoridade misteriosa. Bronze, mede 1708 x 1086 x 1003 mm.


Acervo Tate Gallery, Londres.
 
Escultura – Os Carvalhos de Richmond (1985/1990)
Armitage começou a ser reconhecido por seu talento quando estava com 36 anos. Custou a ter autoconfiança suficiente para expor, mas quando o fez pela primeira vez, em 1952, sua reputação rapidamente se firmou: seis anos depois, recebeu o prêmio de melhor escultor inglês com menos de 45 anos, na 29ª Bienal de Veneza. Esse prêmio e o primeiro lugar em um concurso internacional para o Memorial de Guerra na cidade de Krefeld, Alemanha, consolidaram sua posição como grande escultor. Dessa época em diante, Armitage expôs regularmente.

Na década de 60, suas obras começaram a ser compradas pela Tate Gallery, pelo Victoria and Albert Museum, pelo Arts Council, pelo British Council. Lecionou em diversas universidades, como a de Caracas, em 1964; a de Boston, em 1970; e foi professor visitante do Royal College of Art entre 1974 e 1979.

Ele amava aprender e a mesa de seu estúdio estava sempre coberta por pilhas de livros, dele ou de bibliotecas públicas – livros sobre descobertas científicas, exploração espacial, engenharia, mitologia, pedras e rochas. Ia de textos sobre pesquisas sobre o genoma humano à crença no mito irlandês Dagda, com entusiasmo quase infantil. Odiava o politicamente correto, fazia amigos e inimigos com facilidade e em grande quantidade, e foi um eterno admirador da forma feminina.

Nos primeiros anos da década de 80, Armitage se dedicou a estudar os belos carvalhos de Richmond Park. Fascinado por esse tema, começou a visitar o parque semanalmente e a observar como as mudanças de estação, clima e luz alteravam a silhueta das árvores. Estudava tudo que podia sobre os carvalhos. Fez incontáveis desenhos, gravuras, maquetes e esculturas com esse tema. Armitage ficou obcecado pelo assunto. Quando terminou “Os Carvalhos de Richmond”, o artista escreveu sobre “suas” árvores: “Gosto mais delas no fim do verão, quando provavelmente, devido ao clima seco, as folhas se separam em cachos pesados, bem definidos; ou em certos dias de inverno, a neblina espessa e baixa e as árvores escuras espaçadas uma das outras, isoladas, impressionantes, imóveis, com os galhos em gestos congelados, paralisados”.


Richmond Park, Londres.
 
Escultura – Pernas Caminhando (2001)
Armitage foi o introdutor do humor e de certos movimentos dançantes nos trabalhos da geração de escultores britnicos da geração pós-Henry Moore. A sua foi uma geração que fez sucesso quase que instantneo logo após a Bienal de Veneza de 1952, na época um dos pontos altos do calendário artístico internacional.

Em 1960, aconselhado pela galeria de arte Gimpel Fils, Armitage começou a vender seus trabalhos nos Estados Unidos, no Japão, na Venezuela e em outras partes do mundo. Depois disso, prevaleceu novamente seu espírito de lobo solitário e ele divergiu do que os críticos e o público mais queriam e foi em busca de outros caminhos.

A partir de 1970, sua escultura refloresceu e seu trabalho passou a ser completamente diferente. Eram figuras menores, sem nenhuma monumentalidade ou grandeza. Mas já em 1978/85, os carvalhos de Richmond Park tomaram conta de seu espírito. Foi o que inspirou uma série de trabalhos, inclusive uma versão que está instalada nos jardins da Embaixada Britnica no Brasil.

Muito impressionado por uma viagem ao Egito e pelas colossais estátuas do Vale dos Reis, Armitage se dedicou a criar três de suas maiores obras, experimentando com o poder visual e com o impacto da escala monumental. Que são também as últimas que fez antes de morrer. Trabalhando em parceria com Dick Budden, ele criou “Com os Dois Braços”, “Pernas Caminhando” e “Toque nas Estrelas”, baseadas em estudos das diferentes partes do corpo humano.

“Pernas Caminhando” foi inspirada em um anúncio muito colorido de meias femininas. Armitage, sempre fascinado pelas formas da mulher, e com um senso de humor muito apurado, criou essa escultura que é, sem dúvida, um dos pontos altos de sua carreira. Por suas linhas simples, escala perfeita e colorido vivo, a obra tem, além do traço de humor e do abstracionismo caro ao escultor, um vislumbre dos traços de sensualidade e erotismo explorados pelo artista em toda sua carreira.

Colocadas em cima de um pedestal fosco e muito alto, as cinco pernas de cores brilhantes estão ali para serem admiradas, mas são inatingíveis. A escultura termina onde terminam as coxas das mulheres que caminham, o que as tornam ousadamente sugestivas, cada uma das pernas caminhando no ar com segurança. Como identidades anônimas, são misteriosas, fascinantes, não dizem nada mas permitem que o espectador suponha o que quiser...

Yorkshire Sculpture Park, Inglaterra
Escultura – De Braços Abertos (2000).
Armitage nasceu em Leeds, em 1916. Seu pai, impedido por falta de recursos de desenvolver seus dotes musicais, acabou como diretor, frustrado, de uma companhia de petróleo; já sua mãe era de uma antiga família do condado de Lognford, na Irlanda, o que acabou tendo forte influência sobre o filho. Ele adorava as férias passadas na Irlanda e criou fortes laços de afeto com seu tio Willie, a quem ficou devendo seu amor à terra e às ruínas arqueológicas, principalmente as neolíticas, que tanto o impressionaram. Para Armitage o passado sempre foi, com emoção, muito presente.

Outra inspiração forte foram as viagens que fez, especialmente quando acampou com índios durante o período em que morou na Venezuela (quando professor na Universidade de Caracas). Além dessa, todas as outras viagens que fez foram importantes para o desenvolvimento de sua obra.

O escultor não era um homem de convívio fácil. Podia se afastar de seus amigos com crises de raiva inexplicáveis, surpreendendo os amigos. Mas quase sempre a interrupção do relacionamento era breve e se desfazia com o encanto e a exuberncia da inteligência de Armitage, que seduzia a todos. Era uma personalidade de grande magnetismo, que atraia os que o conheciam, sobretudo belas e jovens mulheres. Quando Lord Gowrie inaugurou a exposição de obras de Armitage no Yorkshire Sculpture Park, ele lembrou o conselho que recebeu de um amigo quando inaugurou, muitos anos antes, a primeira exposição de Armitage: "Se você tem uma linda namorada, não a leve com você. Se o fizer, está arriscado a não vê-la nunca mais”.

Em 1940, ele se casou com uma colega escultora, Joan Moore. Foi um casamento aberto que durou mais de 50 anos. A morte de Joan foi um terrível golpe para ele. Em 1997 ele, orgulhosamente, montou a retrospectiva das obras de sua falecida companheira.

Quando a cidade de Leeds resolveu inaugurar uma linda praça chamada Milênio, colocou na posição de honra um trabalho de Kenneth Armitage chamado "De Braços Abertos”, peça em bronze com 16 m de altura.

O escultor faleceu em Londres, aos 85 anos, no dia 22 de janeiro de 2002.

D O M I N I Q U E

Leeds, Inglaterra
 
 

Respuesta  Mensaje 6 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 20:09
OBRA PRIMA DO DIA - SEMANA JACOB EPSTEIN

Escultura - Euphemia Lamb (1908)

Sir Jacob Epstein ficou célebre como escultor de monumentos e bustos e como pintor e ilustrador ocasional. Foi um defensor dos conceitos fundamentais da escultura moderna, como “fidelidade ao material”, esculpir diretamente, sem moldes, e se inspirar na assim chamada arte primitiva, conceitos que se tornaram fulcrais na arte escultórica do século XX.

Ele nasceu em Nova York, no dia 10 de novembro de 1880, filho de pais judeus poloneses. Em 1896 matriculou-se numa escola de artes e três anos depois num curso noturno onde começou a aprender a esculpir com George Grey Bernard. Ao ser contratado para ilustrar “O Espírito do Gueto”, de Hutchins Hapgood (1902), recebeu dinheiro suficiente para pode realizar o sonho de ir a Paris, onde estudou seis meses na Escola de Belas Artes e depois na Académie Julian.

Em 1905 Epstein foi viver em Londres e em 1907, tornou-se cidadão britnico. Entre 1912 e 1913, voltou a passar uma temporada em Paris, quando conheceu Picasso, Brancusi e Modigliani. Regressou à Inglaterra em 1913, e foi morar em Hastings, onde ficou até 1916. Desse ano em diante, foi para Londres, onde viveu até falecer.

“Euphemia Lamb” foi o nome que o escultor deu ao busto que fez tendo como modelo Nina Forrest, mulher do pintor Harry Lamb. O marido a chamava de Eufêmia por achar que ela se parecia com “Santa Eufêmia”, obra do grande pintor da Renascença, Andrea Mantegna.

Epstein e Lamb eram bons amigos e Nina posou duas vezes para Epstein. No busto cuja imagem apresentamos hoje, o escultor usou o formato dos antigos bustos renascentistas, provavelmente para sugerir o elo com a pintura de Mantegna.

Bronze, 375 x 400 x 203 cm

Acervo Tate Gallery, Londres

Escultura – Túmulo de Oscar Wilde (1909)

Epstein foi pioneiro na escultura moderna no Reino Unido. Muitas vezes realizou trabalhos que geraram muita controvérsia posto que desafiavam tabus estabelecidos sobre o que peças públicas de arte podiam ou não exibir. O meio cultural britnico ainda estava sob a influência fortíssima da Era Vitoriana e Epstein chocou muitas pessoas com obras que foram feitas para serem expostas em locais públicos, tais como a escultura de um nu masculino colocada em cima da porta de entrada de uma conhecida loja de departamentos em Liverpool, “Lewis”, que ficou conhecida como “O Pinto do Lewis”.

Na verdade, nem Londres, a capital cosmopolita, estava preparada para as idéias de Epstein. Sua primeira grande encomenda, executada em 1908 – 18 nus, estátuas em tamanho grande, para serem colocadas na fachada criada pelo arquiteto Charles Holden para o edifício da “Associação Britnica de Medicina”, na famosa The Strand (hoje nesse prédio funciona a Zimbabwe House) - ofendeu a sensibilidade da imensa maioria de londrinos, que se disseram agredidos com aquela exibição imoral.

Também em Paris Epstein chocou a mentalidade da época. Uma de suas primeiras encomendas foi o túmulo de Oscar Wilde, no cemitério Père Lachaise, “considerado indecente e recoberto, durante um bom tempo, com uma lona impermeável, por ordem da polícia francesa”.

O anjo, de estilo moderno, projetado como um relevo no túmulo de formas retas, teve a genitália masculina quebrada e arrancada por um visitante, que a deixou jogada no chão. Durante muito tempo essa peça foi usada como peso de papel pelos administradores do cemitério, até que desapareceu. Em 2000, Leon Johnson, um artista multimídia, resolveu criar e instalar no anjo uma prótese em prata, que é o que está lá até hoje.

Cemitério Père Lachaise, Paris
 
Escultura - Albert Einstein (1933).

Logo que chegou a Londres Epstein se envolveu com um grupo de artistas boêmio que se revoltava contra a “arte toda bonitinha, enfeitada”, como diziam, e passou a criar formas imensas e muitas vezes rudes, em bronze ou pedra. O realismo de sua obra, avant-garde em estilo e conceitos, brilhante embora, mas com figuras distorcidas, mais inspiradas na arte não ocidental do que no ideal clássico, chocava o público.

A segunda encomenda que lhe foi feita pelo arquiteto Holden, desta vez para a sede da London Electric Railway, deu origem a nova controvérsia, em 1929. As esculturas “Dia e Noite”, nus de grandes proporções, colocadas acima da entrada da rua Broadway, 55, foram também consideradas indecentes e houve um intenso e acalorado debate sobre a retirada das estátuas que tinham sido esculpidas in loco. Eventualmente, chegou-se a um acordo: a figura menor, que representava o dia, seria modificada. Mas esse debate acabou por afetar as encomendas para obras públicas, situação que perdurou até depois da II Guerra Mundial.

No entanto, como hoje sabemos, as mutilações sofridas por muitas de suas esculturas públicas não tinham nada a ver com censuras pudicas: o mais provável é que na década de 30 muitos dos detalhes protuberantes tenham sido limados após a queda de alguns pedaços, o que podia causar ferimentos nos passantes.

As encomendas de bustos, retratos de grande realismo e talento, felizmente não foram interrompidas. Dentre esses, muitos dos quais estão em coleções particulares, destaca-se o de Albert Einstein. O famoso físico (1879-1955) tinha fugido da Alemanha em 1933 e estava em um campo de refugiados na Inglaterra quando Epstein esculpiu essa peça. Antes da obra ficar pronta, porém, Einstein embarcou para os EUA, convidado que fora para lecionar em Princeton e o busto ficou com o escultor. Anos mais tarde, Albert Einstein descreveria Epstein: “cabelos rebeldes flutuando ao vento” e “seu olhar era uma mistura de bondade, humorismo e intensidade. A mistura me encantou. Ele parecia um Rembrandt a envelhecer”.

Bronze, 53,6 x 29.3 x 25,4 cm

Acervo Tate Gallery, Londres

Escultura – São Miguel e o Diabo (1958/1959)
Epstein ficou famoso pelos dois tipos de estilo que nortearam suas obras: o primeiro foram as figuras alegóricas ou religiosas, formas de aspecto rude e brutal, esculpidas diretamente em grandes pedaços de pedra, muitas vezes revelando o formato do bloco original. O segundo, uma quantidade de bronzes moldados em argila. Esse último resultou numa série de estudos sobre personalidades célebres e influentes, entre os quais encontramos o busto de Albert Einstein, o de Iris Beerbohm Tree, poeta e atriz, o de Ernest Bevin, político, e o de Ann Freud, bisneta de Sigmund Freud e neta de sua segunda mulher, Kathleen, todos hoje na coleção da Tate Gallery.

Ocasionalmente, ele trabalhava em peças monumentais, tais como o bronze para a Catedral de Coventry.

Há mais de mil anos que há uma catedral em Coventry, todas dedicadas a São Miguel Arcanjo. A história da cidade de Coventry e de suas catedrais se confunde.

A nós, ao falarmos em Sir Jacob Epstein, interessa o seguinte trecho da história: na noite de 14 de novembro de 1940 os nazistas bombardearam a cidade de Coventry, devastando tudo e reduzindo sua linda catedral gótica a ruínas. A decisão de reconstruir a catedral foi tomada no dia seguinte ao assalto da Luftwaffe; em 23 de março de 1956 a rainha Elizabeth II pousou a pedra fundamental e em 25 de maio de 1962, a nova catedral foi consagrada. As ruínas da catedral ferida pelos nazistas e a nova e belíssima catedral moderna formam uma única catedral viva. E nela está uma das mais belas peças de sir Jacob Epstein: “São Miguel e o Diabo”.

De início a escolha de Epstein para esculpir o santo padroeiro da catedral chocou, não só pela sua fama de escultor ousado, como por um detalhe logo mencionado na reunião da Comissão da Reconstrução: “Mas ele é judeu!”. A resposta do brilhante arquiteto Basil Spence, escolhido para criar a nova catedral, calou a todos: “Assim como Jesus Cristo”.

Graças a isso, quem vai a Coventry pode se extasiar com uma obra prima de Sir Jacob Epstein. Mais felizes que o grande escultor que faleceu em 19 agosto de 1959 e não pode ver sua obra instalada na bela catedral.

Catedral de Coventry, Coventry, Inglaterra

 

Respuesta  Mensaje 7 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 24/04/2010 20:12
OBRA PRIMA DO DIA (SEMANA RENÉ MAGRITTE).
Escultura – O Terapeuta (1967)
Em 1953, com o quadro “La Golconde”, no qual uma chuva de homens usando chapéu-côco cai do céu, Magritte começa a ser identificado por essas figuras, que serão recorrentes em sua obra. É quando ele inicia várias séries, como a “Arte da Conversação”, ou “Valores Pessoais”. Foram muitas as séries que criou: Magritte era artista profícuo, além de ser um pesquisador incansável. Foi um muralista de valor como atestam os murais que podem ser vistos no Théatre Royal, em Bruxelas; no Casino de Knocke-le-Zoute; no Salão do Congresso do Palácio de Belas-Artes de Charleroi.


Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.


Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu-coco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.


No fim da vida, já doente, Magritte se dedicou à escultura e foi esse aspecto de sua arte, por pouco conhecido, que resolvi mostrar aqui, no dia do encerramento da semana dedicada ao grande artista belga. Ao fazer esculturas dos temas de suas telas, ele desenvolvia a tese da correlação entre as realidades material e mental.


“O terapeuta”, em bronze, é uma escultura baseada em oito de suas telas. Como sempre, Magritte pintava inúmeras vezes o mesmo tema, sempre com uma visão diferente. O terapeuta, na realidade, aparecia em suas obras desde 1936; em 37, o próprio artista se fez fotografar, na mesma pose, com um cobertor em cima da cabeça e uma tela junto ao peito, no lugar da gaiola.

 
A imagem menor mostra a pintura em guache, de 1936, tida como a primeira tela com esse tema; foi um de seus temas mais copiados em anúncios, sendo que Magritte uma vez reagiu irritado contra o “o hábito de plagiarem o terapeuta”. O guache pertence a uma coleção privada.


"O Terapeuta", com sua maleta de médico, a bengala, a manta para se proteger do frio, não tem rosto, o que não era raro nas obras do artista, e nem possui alguma marca que revele quem era o modelo. É possível que Magritte se identificasse com essa figura, pois acreditava nos poderes restauradores da arte.


Em agosto de 1967, Magritte faleceu, aos 69 anos. Deixou o molde de sua obra inteiramente pronto, mas não chegou a vê-la em bronze. A escultura mede 152.4 x 133.4 x 85.1 cm.


Acervo Museu Hirshhom e Jardim das Esculturas, Washington, D.C.


Respuesta  Mensaje 8 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 25/05/2010 19:08
OBRA PRIMA DO DIA (SEMANA DA LOGGIA DEI LANZI).
 
ESCULTURA - O RAPTO DAS SABINAS (1583/1584)
 

Na fachada da Loggia dei Lanzi, abaixo do parapeito, estão trevos com figuras alegóricas das quatro virtudes cardeais, que são a Coragem, a Temperança, a Justiça e a Sabedoria, da autoria de Antonio Gaddi. O fundo é em esmalte azul, trabalho do monge Leonardo, e as estrelas douradas foram pintadas por Leonardo de Bicci.

A abóboda, em semicírculos, é obra do arquiteto florentino Antonio de Pucci. Nos degraus que levam à Loggia estão as duas estátuas em mármore representando leões, o símbolo heráldico de Florença. O da direita vem do tempo dos Romanos e o da esquerda é de 1598. Esse, originalmente, ficava na Villa Médici, mas em 1789 foi removido para a arcada.

Hoje mostramos outra das treze estátuas que podem ser vistas na loggia: O Rapto das Sabinas, de Giambologna (1529/1608). Não foi uma encomenda, como acontecia mais frequentemente. Quando o Grão Duque Francesco I a viu, ficou entusiasmado e ordenou que fosse colocada em local de prestígio e nada mais prestigioso, para Florença, do que a Loggia dei Lanzi, onde já estava o célebre Perseu de Cellini.

Esculpida em um único bloco de mármore, com 4m10 de altura, o maior já transportado para Florença, é uma composição de grande originalidade. Uma façanha em termos de técnica e uma composição do tipo figura serpentinata, de movimento helicoidal, que pode ser vista de qualquer ngulo e sempre com grande proveito para o espectador. Essa tipologia havia sido proposta por Leonardo da Vinci e explorada por Michelangelo, mas a peça de Giambologna foi a primeira das grandes obras da arte renascentista a resolver todos os ngulos satisfatoriamente e a oferecer pontos de interesse em qualquer posição. Hoje o original, que estava ameaçado pela poluição e pela ação de vndalos, se encontra na Galleria dell'Accademia, tendo sido substituído por uma réplica (pt.wikipedia).

Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

Fontes: Encyclopedia Britannica

D O M I N I Q U E

Respuesta  Mensaje 9 de 12 en el tema 
De: Dominique Enviado: 26/05/2010 16:17
OBRA PRIMA DO DIA (SEMANA LOGGIA DEI LANZI)
 
ESCULTURA - HÉRCULES E O CENTAURO (1599)
 
 

Numa das laterais da Loggia dei Lanzi, há uma inscrição em latim, datada de 1750, que marca o momento em que Florença resolveu aderir ao calendário Juliano, 1749, abandonando seu calendário onde o ano tinha início no dia 25 de março. Outras inscrições, datadas de 1893, registram os nomes dos personagens que se distinguiram nas diversas guerras pela anexação de Milão (1865), Veneza (1866) e Roma (1871), ao reino da Itália.

A arcada foi, durante muito tempo, o ponto de encontro dos florentinos, como já foi dito aqui. Depois que a República acabou, quando os cidadãos não participavam mais das assembléias decisivas para a vida da cidade, e que a transformaram no belo museu de esculturas que até hoje é, a Loggia della Signoria, por estar situada na praça principal de Florença, não perdeu sua importncia cívica e ainda participa intensamente da vida naquela cidade. Seja como palco privilegiado, seja como “palanque” de onde falam as pessoas que querem se dirigir à multidão, seja como ponto de encontro dos turistas.

A estátua da qual falaremos hoje é do mesmo escultor de “O Rapto das Sabinas”, Giambologna, nascido em Douai, que ficava em Flandres, hoje cidade francesa. Estudou em Antuérpia e foi para Roma estudar em 1550. Muito influenciado por Michelangelo, aprofundou-se no estudo das estátuas clássicas e desenvolveu um estilo maneirista muito original. Tinha especial interesse pelos problemas espaciais e dava mais importncia às superfícies refinadas, frias, mas elegantes e belas do que à emoção.

Suas duas obras na Loggia dei Lanzi, a que mostramos ontem e a de hoje, são exemplos de seu esforço para descrever o corpo humano quando em movimento e fúria, mais do que em repouso. Embora menos célebre que “O Rapto das Sabinas”, “Hércules e o Centauro” é obra muito expressiva e que demonstra todo o conhecimento que Giambologna tinha de sua arte e seu imenso talento.

Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

Fontes: Encyclopedia Britannica

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De: Dominique Enviado: 27/05/2010 19:29

ESCULTURA - O RAPTO DE POLIXENA (1865) E MENELAU E PATROCLO

 

Como já dissemos, são 13 as estátuas abrigadas sob a Loggia dei Lanzi. Já falamos das três mais renomadas e que não ocupam essa posição por nenhum outro motivo senão o da excelência de sua execução: “Perseu e a cabeça da Medusa”, de Cellini, e “O Rapto das Sabinas” e “Hércules e o Centauro”, de Giambologna.

As outras estátuas que completam o rico acervo da Loggia, são “O Rapto de Polixena”, de Pio Fedi, “Menelau e Patroclo”, cujo autor é desconhecido, mas que é uma relíquia romana, os dois leões que já mencionamos e seis figuras femininas, em mármore branco, que ficam junto à parede do fundo. Falaremos um pouco de cada uma delas. Mas hoje das duas mencionadas no título.

  

A estátua romana “Menelau e Patroclo” tem uma história polêmica. Alguns historiadores dizem que foi descoberta num vinhedo a menos de um quilômetro de Roma; outros que foi encontrada em meio às ruínas do Fórum de Trajano. O que se sabe ao certo é que pouco antes de 1570,  Cosimo I de Médici a comprou e obtida a permissão do papa Pio V, a levou para Florença. A primeira menção oficial a essa obra está justamente no testamento de Cosimo I, de 1574.

Ficou anos numa das pontas da Ponte Vecchio. Depois disso, no decorrer de mais de dois séculos, passou por inúmeras restaurações até ser colocada na Loggia dei Lanzi. Apesar da restauração de um dos braços de Patroclo ser objeto de muitas críticas e do elmo de Menelau não ser em absoluto igual a desenhos da época em que chegou a Florença, ainda assim é uma das maiores atrações da Loggia por sua origem romana e por representar, ao que tudo indica, um episódio da “Ilíada” de Homero, daí seu nome.

“O Rapto de Polixena” é obra de Pio Fedi. O desespero de Hécuba diante do corpo do filho morto e ao ver sua filha Polixena ser raptada a mando de Aquiles, que matou seu filho, é uma estátua magnífica que conta outro episódio do poema de Homero. Aqui um breve resumo desse episódio: Polixena é filha de Hécuba e do rei de Tróia; Aquiles mata seu irmão Troilus diante dela; depois, ele se apaixona por ela. Louco de paixão, resolve raptá-la; foi nesse convívio forçado que ela descobriu o único ponto fraco de Aquiles: seu calcanhar é vulnerável e ela conta o segredo a Paris. O resto da história, só em livros sobre mitologia grega ou lendo Homero...

Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

Fontes: Encyclopedia Britannica

Dicionário de Mitologia Grega e Romana, de Pierre Commelin

 
D O M I N I Q U E

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De: Dominique Enviado: 28/05/2010 23:26

OBRA PRIMA DO DIA (SEMANA LOGGIA DEI LANZI)

ESCULTURAS - A LOGGIA E OS LEÕES DE FLORENÇA.
  

Recordando: construída entre 1376 e 1382, a Loggia era um centro cívico, onde os cidadãos da República de Florença se reuniam para debater e resolver os problemas da cidade e também nas ocasiões públicas mais solenes, como posse dos governantes. Chamada de Loggia della Signoria por estar situada ao lado do palácio do governo, o Palazzo Vecchio, ao abrigar temporariamente, em 1527, os Lanzicheneschi, soldados mercenários do Sacro Império Romano, passou a ser chamada de Loggia dei Lanzi, nome pelo qual ficou mais conhecida.

Quando a República é derrubada, e a cidade passa a ser regida pelo grão-ducado da Toscana e as instituições republicanas são definitivamente suprimidas, a arcada passa a acolher estátuas de muito valor e com isso torna-se o primeiro museu público do mundo. A primeira obra a ser enviada para esse espaço, como já observamos aqui, foi o belo Perseu de Cellini.

O grão-duque tomou o cuidado de zelar para que só fossem enviadas para a Loggia obras que tivessem um vínculo com a história de Florença. Perseu foi escolhido por dois motivos: a magnificência da obra e o gesto do herói, decapitando a experiência republicana na cidade, simbolizada pela cabeça da Medusa. As mais expressivas estátuas obedeceram ao mesmo critério: representarem a vitória do grão-ducado, que significava ordem, contra a anarquia republicana: essa a força dos duques junto aos habitantes de Florença.

Encostadas na parede estão estátuas de mulheres, em mármore branco. As mais simples representam personagens cuja história se perdeu, a não ser a terceira, à esquerda, Tusnelda, feita prisioneira durante uma invasão bárbara. As com as vestes rebuscadas, com o mármore com mais pregas, são damas da aristocracia romana, as Sabinas, cuja história de algum modo se confundia com a história de famílias florentinas.

Ao lado dos degraus de acesso, os dois leões, protetores de Florença. São duas fantásticas obras. O da direita, cuja imagem mostramos hoje, é uma relíquia romana. O da esquerda é obra de Flamino Vacca, de 1600. Esses animais simbolizam guarda e proteção contra presenças negativas, segundo tradição iconográfica herdada de civilizações mesopotmicas.

Em 1583, quando as obras no palácio dos Uffizi terminaram, o arquiteto Bernardo Buontalenti teve a feliz ideia de criar, no alto da Loggia, um terraço do qual era possível assistir às várias cerimônias e espetáculos que aconteciam na linda Piazza della Signoria. Para proteção dos espectadores, colocou um gradil circundando o terraço.

Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

Fontes: Dicionário Melzi

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De: Dominique Enviado: 28/06/2010 23:39

Obra Prima do Dia (Semana Henry Moore)

Escultura – Figura Reclinada (1951)
 

Nascido em Yorkshire, em 1898, Henry Moore começou a esculpir ainda muito jovem. Filho de um mineiro, iniciou seus estudos em Leeds depois de combater na Primeira Guerra Mundial. Em 1921 mudou-se para Londres, onde estudou no Royal College of Art como bolsista. Concluiu o curso em 1925. Ainda no mesmo ano tornou-se professor de escultura na mesma instituição, onde lecionou até 1932.

Realizou sua primeira exposição individual em Londres, em 1928. Em 1932 transferiu suas atividades de ensino para a Chelsea School of Art. Em 1933 tornou-se membro da “Unit One”, um grupo de jovens artistas ingleses. Em 1939 a “Chelsea School” foi desalojada, seu estúdio bombardeado e Moore interrompeu suas aulas, transferindo-se para Kingston, onde ficou um ano.

Em 1940 foi nomeado "artista da guerra", época em que iniciou sua conhecida série de desenhos dos refúgios antiaéreos. Em 1941 foi eleito membro do conselho da Tate Gallery por sete anos (e reeleito em 1949). Nessa época, viajou para Nova York, onde expôs individualmente desenhos e esculturas, realizando exposições também em Chicago e São Francisco.

Ficou famoso por suas monumentais esculturas em bronze, que podem ser vistas em muitos espaços públicos em várias cidades do mundo.

Suas esculturas normalmente são abstrações da forma humana, figuras quase sempre reclinadas. Com exceção de uma fase na década de 50, logo após seu casamento e o nascimento de sua filha Mary, quando esculpiu alguns grupos familiares, as obras de Moore quase sempre sugerem um corpo de mulher.

A peça que mostramos hoje, “Figura Reclinada”, é típica de suas obras. Essa é em gesso pintado. Há versões em pedra e bronze da mesma figura. Quando uma sobrinha lhe perguntou porque os nomes que dava às esculturas eram tão simples, ele lhe disse: “Toda arte deve conter um certo mistério e deve exigir de quem a observa. Dar a uma escultura ou desenho um título muito explícito tira parte de mistério e assim o espectador passa para outra peça, sem se esforçar para refletir sobre o significado do que acaba de ver. Todos acham que olham o que estão vendo, mas na verdade, não estão olhando”.

Acervo: Fitzwilliam Museum, Cambridge, Inglaterra

D O M I N I Q U E



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