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Nessas horas em que sinto que minha vida se esvai
Relembro os sonhos e emoções das madrugadas juvenil
... Onde todas as fantasias rumavam por paralelas que não se sai
Vejo somente agora, que nasci em época errada e já, há muito senil
Meus devaneios fizeram-me acreditar, em um sentimento por nome amor
Minha alma pressentia que, passaria por desgostosa entrega partida
E, entregando-me vi toda uma vida vivida de mera e parcas lembranças
Meu desalento é continuar a relembrar todo um passar existencial do nada
Meus olhos já não vê o reluzir das estrelas pelo céu a brilhar
Minha razão tomou posse do que poderia vir a ser e não fui
Nada mais entorpece-me em alucinações de fadados prazer
A mulher já não flameja, o sol dourado que começara a despontar se foi
Não disfarço a escuridão que as esquivanças não suavizaram
Porém a saudade é uma constante, férvida tormenta
Deduzo que, a ventura amorosa, pelo sofrer foi banida de mim
Não nasci acre,eu permiti a isso ser tornarda
Ontem fui amor, dos mais puros que existirá
Mas,hoje já nem sei quem sou
Renascer?
Como saber!
Maria Kátia Saldanha
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