Home  |  Contact  

Email:

Password:

Sign Up Now!

Forgot your password?

la casa del gnomo madrid
 
What’s New
  Join Now
  Message Board 
  Image Gallery 
 Files and Documents 
 Polls and Test 
  Member List
  
 General 
 BIENVENIDOS 
 PRESENTATE CON TU FOTO 
 COMUNIDADES AMIGAS 
 POESIA 
 CUENTOS 
 MUSICA 
 REFLEXIONES 
 ENIGMAS 
 COCINA ESPAÑA 
 COCINA MEXICANA 
 POSTRES 
  
 IMAGENES 
 FONDOS 
 GIFS VARIOS 
 DEJA TUS GIFS 
 FIRMAS DE JUANITO 
 FLORES 
 ALFABETOS 
  
 TU CIUDAD 
 FERIA DE SEVILLA 
 PERIODICOS DEL MUNDO 
  
 temperatura 
 cine gratis 
 medicina 
  
 TODO HUMOR 
 PASATIEMPOS 
 TRADUCTOR 
 PORTADAS 
 SANTORALES 
 NAVIDAD crismas 
  
 CUENTOS 
 FLORECITA 
 
 
  Tools
 
General: MADRUGADA
Choose another message board
Previous subject  Next subject
Reply  Message 1 of 1 on the subject 
From: LINDA MLHER  (Original message) Sent: 11/10/2012 14:39
 
                                                                                                                                    
                                                                                                                                                     
 
 
 
                                                                                                                               
 
Madrugada
Pedro Tell da Gama
(Lisboa)


Lembro-me bem da tua voz
Ela atravessou a minha escuta,
Como uma bola de fogo na madrugada
Lembro-me bem da tua voz. O resto...
Sim o resto parece-se apenas com a vida.


Ontem, passei na noite, e a escutar-te
Como se de um romance antigo se tratasse
Olhava para as horas despreocupadamente
E afugentava qualquer tédio que por ali passasse

De repente vi que estava triste, mortalmente triste,
Tão triste que me pareceu que me seria impossível
Viver amanhã, não porque morresse ou me matasse,
Mas manter-te assim pura, sem que o tempo te apagasse

Fumei, sonhei, recostado na poltrona
Doía-me viver com uma posição incómoda
Mas para te segurar e ouvir teu canto
Gemia quieto num grito mudo de espanto

De beijos, sorrisos e ecos moribundos fizemos a madrugada,
Trocando o leito pelas palavras, pelos sons de pianos a tocar
Da musica fizemos tema e de nós melodias a querer dar
Espíritos ousados com os lábios húmidos da chuva abrigada.

Fitamo-nos sem nos vermos e brindámos frases custosas
Com copos cristalinos a tilintar, das saudades remotas
Dos tempos em que bebíamos amor, e a dor eram paixões
Benditas e frutuosas trovoadas de calmaria e trovões

Sem receios nem medos avançamos num maremoto
Repletos de espuma e de prazer explícito ao momento
Por entre caminhos tortuosos mas cheios de conhecimento
Das certezas que se cruzavam nos nossos pensamentos

Lembro-me bem da tua voz...

Abriguei-te no peito, como a um inimigo que temo ofender
Um coração desbravado em sangue vivo, sem querer
Puxando-te aos poucos para canções de ter e sofrer
Com a cautela do meu sôfrego fugidio sempre a irromper

Abriste-me as portas do teu refugio, e eu
Pisei os lençóis da tua voz, como se fosse fruta espremida,
Sem parar eu bebia o suco desse néctar que tremeu
O paladar de conchas e das ondas do mar estarrecida

No encanto dormente e amistoso do sol nascente
A mágica de nos termos visto de novo
Foi como um rodopiar brilhante e fascinante
Que nos fez recolher num canto fechado como um ovo

..... cheios de luz resplandecente....

                                                                                                       
 
 
 
 
                                                                                               
 





First  Previous  Without answer  Next   Last  

 
©2025 - Gabitos - All rights reserved