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POESIAS: Eu Parte l.
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Da: Regine  (Messaggio originale) Inviato: 28/07/2009 12:43

 Eu Parte l

 


Sou joanete calado, o sapato apertado, teu dente quebrado pseudo colado

Sou Preta sou Brigite, nem alegre nem triste, sou afro-dite

Sou o cabelo que cai, a espinha que sai, sou aquela que vai

Sou a pergunta impertinente, a garganta doente, pra quem você mente

 

Sou o lenço do adeus, o retorno dos teus, sou semi deus

Sou o grito entalado, o sufoco guardado, sou um rato

Sou a que ousa querer, a que não teme perder, a que cumpre um dever

Sou o peito que acolhe, a camisa que encolhe, sou corpo mole

 

Sou a voz da madrugada, a sala enfeitada, sou fada

Sou a tagarela desconhecida, sou a planta caída, destemida

Sou a voz no teu peito, a espera no leito, sou teu feito

Sou a maçã mordida, sou Eva despida, uma partícula da vida

 

Sou a chuva que engrossa, sou moleca fogosa, gostosa

Sou o avesso do certo, o contrário do correto, desperto

Sou a pressão na panela, sou o olhar na janela, a chama da vela

Sou a estrela do teto, sou oposto do concreto, a que te quer por perto

 

Sou a que tu alimenta, a que se esquiva e te tenta, sou pimenta

Sou agri sou doce, a que te pediu que não fosse, sou pose

Sou anti horário, a roupa nova no armário, relicário

Sou o tropeço da vida, a criança atrevida, a que tu duvida

 

Sou o inconsciente danado, a que faz tudo errado, sou um saco

Sou o leite gelado, o ciúme ignorado, soldado

Sou o amor reprimido, sou anjo caído, sou gemido

Sou a pupila dilatada, a que não quer ouvir nada, a ferida inflamada

 

Sou Narciso no espelho, o moleque pentelho

Sou cisco no olho, pão com molho

 

Sou menina sozinha, a que não cuida da cozinha, que se faz pequeninha

Sou menina mimada, sou ovelha desgarrada, a mais velha folgada, a que não sabe de nada

Sou novena incompleta, a sensualidade discreta, sou festa

Sou o assobio na multidão, a que te empurra no chão, que não divide o colchão

 

Sou pirilampo saracura, a que não tem frescura, sou pura

Sou a que tu não conhece, a que faz e acontece, nunca te esquece

Sou a moça pelada, a calça velha e surrada, urbana desbotada

Sou da sacada imigrante, a música constante, auto falante

 

Sou a solteirona do terceiro o bebê sem cueiro, a que pergunta pro porteiro

Sou a que perde o carro

a que toma bronca e esparro, a que não largou o cigarro

Sou mais forte que Pagu

a que vive repetindo tu, que reconhece o vento pelo urubu

 

Sou o morro da asa delta, sou alpha sou beta, sou esbelta

Sou a balsa da travessia, o cheiro de maresia, profecia

Sou o dedo no teu nariz, sou imperatriz, Leila Diniz

Sou mulher decidida, sou a raposa que fica, o calo da Frida.

 



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