Artes
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As artes chamadas eruditas, de origem européia, tem seu início no período colonial, durante o qual foram introduzidos os movimentos artísticos europeus como o renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo. Durante esse período a arte realizada na colônia esteve intimamente ligada à arte portuguesa, muitas vezes porém com "sotaque" brasileiro, como por exemplo nas esculturas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nas igrejas de planta curvilínea na Minas Gerais setecentista ou nos anjos mulatos das pinturas de Manuel da Costa Ataíde.
Batalha dos Guararapes, de
Vítor Meireles (1879), exemplo de pintura historicista da época acadêmica.
No século XIX, a chegada da chamada Missão Artística Francesa e a criação da Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro deu origem ao ensino acadêmico das artes no Brasil, influenciando a arte brasileira até os inícios do século XX. Nessa época inicia-se uma arte mais nacionalista, evidenciada por exemplo na literatura e pintura de caráter romntico, que valorizavam aspectos distintivos do jovem país, como os indígenas e eventos históricos. De maneira geral, as artes no Brasil seguiam as correntes européias, particularmente os movimentos da arte francesa. Assim, ao longo do século XIX, sucedeu-se na literatura o Realismo, o Naturalismo, o Simbolismo e o Parnasianismo, com escritores do porte de Machado de Assis, Euclides da Cunha e muitos outros. As artes plásticas do século XIX foram, de maneira geral, dominadas pelo academicismo e imbuídas de um espírito nacionalista, como se vê nas pinturas historicistas de Pedro Américo e Vítor Meireles e nas esculturas de Rodolfo Bernardelli.
No século XX ocorre uma renovação da arte brasileira dentro do movimento Modernista. Um dos eventos essenciais na difusão dos novos ideias foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que contou com a participação de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Villa-Lobos, entre outros. De maneira geral, estes e outros artistas valorizavam as artes populares e buscaram a criação de uma arte genuinamente brasileira através da recriação das artes européias. A partir dessa época, as artes plásticas desenvolvem-se com mais liberdade formal no Brasil. Na arquitetura, uma renovação semelhante ocorre a partir da década de 1940 com a incorporação das idéias de Le Corbusier na obra de arquitetos como Oscar Niemeyer, Lucio Costa e outros.