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CURIOSIDADES: O Papel na Europa
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De: NATY-NATY  (message original) Envoyé: 01/11/2009 18:41

O Papel na Europa

 

Antes da utilização da matéria-prima lenhosa

Depois das primeiras produções na Itália e na Alemanha, o fabrico do papel na Europa foi-se generalizando pelas diferentes regiões e as técnicas utilizadas foram sendo aperfeiçoadas.

Um importante progresso foi o de introdução de maços na preparação do trapo já limpo e desfiado para o reduzir a uma pasta que depois de macerada era lançada nas formas mergulhadas em celhas.

As vantagens desta técnica que se espalhou pela Europa nos séculos XV e XVI são óbvias. Não obstante os consideráveis investimentos de tempo e capital para construir e equipar uma fábrica e garantir a sua operacionalidade, a mudança do processo de produção graças à divisão do trabalho, aumentou a produção e melhorou a qualidade dos papéis produzidos.

Mas o fabrico continuou a processar-se em bases artesanais. O trabalho na "celha" ocupava quatro pessoas: o "celheiro" que fazia as folhas utilizando o molde, o encarregado da água e das folhas trabalhando em conjunto com o "celheiro" é quem coloca as folhas sobre o feltro e as retira ainda húmidas após prensagem sendo o aprendiz encarregado de colocar a pasta na celha e garantir o seu aquecimento.

A prensa era manuseada conjuntamente por este grupo e o rendimento embora dependente do formato e do peso da base podia atingir um máximo de nove resmas (4 500 folhas) de papel produzidas por dia de trabalho que tinha em média 13 horas.

O progresso técnico continuou. No século XVI o alisamento manual das folhas com a faca de vincar ou com pedra de ágata foi substituindo pelo uso de martelos de amaciar, semelhantes a martelos de ferreiro o que provocou uma cisão na profissão, indo os "amaciadores" tradicionalistas para um lado e os modernos "stampers" para outro, não se reconhecendo mutuamente como autenticos fabricantes de papel.

Nos finais do século XVII uma nova invenção dividiu os "papeleiros" em mais dois novos campos. Tratou-se da introdução de um batedor muito mais eficiente o chamado "hollander" que suplantou ou mesmo substitui o moínho de esmagar o trapo.

O tremendo incremento no fabrico de papel durante e após o século XVI por influência da "Reforma" e da impressão com caracteres móveis, conduziu rapidamente a uma grave escassez da matéria-prima e à regulamentação do comércio do trapo.

A procura sistemática de substitutos para o trapo durante e após o século XVIII pouco sucesso teve. A palha foi de facto uma hipótese devido à situação agravada pela introdução das primeiras máquinas de papel verdadeiramente eficientes a partir de 1825, mas não conseguiu impor-se devido à baixa qualidade do papel produzido. Somente a invenção da pasta mecnica de madeira pelo alemão Keller e da pasta química (primeiras patentes em 1854: Mellier Watt) vieram resolver este problema.

É interessante e de justiça referir que em Portugal e em 1798 Francisco Joaquim Moreira de Sá prepara a construção da fábrica de papel da Cascalheira junto ao rio Vizela que só em 1802 se concretizou ensaiando então o fabrico de papel com a massa de madeira sob a orientação do inglês Thomas Bishop.

Infelizmente esta iniciativa não sobreviveu ao período conturbado das invasões francesas, que obrigaram Moreira de Sá a emigrar para o Brasil em 1808.

Como já se referiu ainda no século XVIII, a escassez do trapo em toda a Europa incentivou a procura de nova matéria-prima fibrosa para fabricar papéis e a madeira e o algodão, foram das alternativas consideradas.

No século XVIII assistiu-se a algumas concentrações de actividades artesanais em grandes operações - as manufacturas - que no entanto continuaram dependentes de hábeis " papeleiros" organizados em associações artesanais livres. Os esforços para aumentar a produção e também para ultrapassar as regras restritivas impostas pelos " papeleiros " tradicionais culminaram com a concepção e construção de máquinas de papel. A primeira que se construiu com moldes horizontais foi-o em 1798 na Inglaterra por J.N.L. Roberts a qual foi depois melhorada por Danking e pelos irmãos Fourdrimir.

Pouco tempo depois outros tipos de máquinas apareceram como as de moldes de arame transportados numa cadeia sem fim e em que a pasta era estendida num feltro também sem fim, e também a máquina de cilindros de Dickinson.

Durante o século XIX continuaram a construir-se máquinas com moldes horizontais ou de cilindros e foram acrescentadas com uma secção de secagem (secaria) e continuamente aperfeiçoadas nos seus detalhes o que levou rapidamente a um considerável alargamento da teia de papel e ao aumento das velocidades de produção.

Estava iniciada a industrialização e com ela muitos pequenos produtores incapazes ou desinteressados em adquirir máquinas, procuraram sobreviver trabalhando à peça ou produzindo tipos especiais de papel mas uns mais cedo outros mais tarde foram obrigados a interromper as suas actividades.

Outros tiveram que adaptar os edifícios que possuíam para neles instalar máquinas ou construir novas fábricas noutros locais.

Todo este esforço para progredir fez-se mantendo praticamente a mesma matéria prima fibrosa o " trapo "cujo manuseamento era no dizer de Karl Marx " … uma das espécies de trabalho mais suja e pior paga para a qual são escolhidas de preferência mulheres e raparigas… As trapeiras são o veículo de propagação de varíola e outras doenças infecciosas e elas próprias as suas primeiras vítimas".

 

Fig.8 – Fabrico do papel na Europa antes da matéria-prima lenhosa.

 

Após início da utilização da matéria-prima lenhosa

Como já se referiu depois da tentativa portuguesa em Vizela em 1803 de utilizar madeira como matéria-prima para o fabrico de papel, só na segunda metade do século XIX é que a madeira começa de facto e progressivamente a substituir os trapos.

O processo é naturalmente lento e em Portugal ainda se fabricava papel de " trapos " nos anos 50 do século XX.

Em termos gerais podem considerar-se a partir de 1840 os seguintes períodos na História do fabrico do papel na Europa.

No período aproximado de 1840 a 1880 desenvolveram-se como se disse, esforços para encontrar substitutos para o trapo em escala industrial e assim aparecem as pastas mecnicas e químicas de madeira, produzidas frequentemente em unidades industriais especializadas – as fábricas de pasta ou de celulose.

O período aproximadamente de 1860 a 1950 foi caracterizado pelo aumento da velocidade de trabalho, introdução da energia eléctrica, novos aperfeiçoamentos em várias partes das máquinas de papel, o desenvolvimento de máquinas especialmente concebidas para produzirem tipos particulares de papel e cartão (por exemplo: cilindro yankee, máquina de cilindros múltiplos). A largura da teia aumentou de 85 cm em 1830 para 770 cm em 1930 enquanto as velocidades de produção passaram de 5 m /min (1820) para mais de 500 m/min (1930).

A partir de 1950 e até 1980 verificaram-se mudanças sem precedentes no fabrico do papel. Paralelamente a mais aumentos na largura da teia e na velocidade de fabrico são introduzidos novos materiais (pastas termo-mecnicas, papéis usados destintados, novos aditivos, novos produtos químicos e corantes, novas opções para a formatagem das folhas (formatadores de dupla teia), colagens neutras, maior ênfase na protecção do ambiente (circuitos fechados) e acima de tudo a automatização. O impacte operacional destas mudanças é claramente visível: especialização de certos tipos de papéis, desenvolvimento dos novos tipos (papel LWC); fusões de empresas, expansão de grupos empresariais com organizações próprias de produção e abastecimento de matéria prima lenhosa e de comercialização, interrupção de operações não lucrativas.

Portugal foi o primeiro país a produzir pastas químicas de eucalipto: ao sulfito em 1923; ao sulfato em 1957.

Depois de 1980 caminha-se claramente para o futuro. Novos principios para a formação das folhas (com fronteiras difusas entre papel e têxteis não tecidos) e novos processos de produção de pastas químicas e também a situação no mercado mundial (aumento da procura principalmente no terceiro mundo, tendências dos preços da pasta química, problemas de localização) estão novamente a conduzir ao aumento da intensidade do capital, motivando a formação de grandes grupos empresariais com operações à escala internacional. Simultaneamente aparecem claras oportunidades para que empresas pequenas e médias satisfaçam localmente procuras específicas.

O papel de aspecto e qualidade relativamente uniforme que existiu na Europa da Idade Média foi substituído por uma grande variedade de tipos e para isto contribuiriam não só os progressos verificados nas técnicas de impressão e reprodução tipográfica mas também a versatilidade daquele produto natural, sustentável e ambientalmente puro.

Portugal acompanhou sempre na vanguarda esta evolução histórica da produção de papel na Europa.

Actualmente a indústria papeleira portuguesa (100% da produção de pastas e 90% da produção de papel e cartão) encontra-se associada numa instituição a CELPA - que tem como finalidade apoiar as empresas suas associadas na defesa dos seus interesses comuns e no desenvolvimento do Sector no sentido de se conseguir a Gestão Sustentada da Indústria Papeleira Portuguesa.

A Floresta tem uma importncia fundamental para a Indústria Papeleira Portuguesa a qual além de continuar a contribuir para a sua expansão desempenha um papel essencial na protecção e melhoramento deste recurso natural. Os princípios a que as acções neste campo devem obedecer estão estabelecidos na "Iniciativa Ibérica para a Gestão Sustentável das Florestas " subscrita pelas principais entidades públicas e privadas de Portugal e da Espanha com interesses nos produtos florestais. A Indústria Papeleira Portuguesa desde longa data vem assumindo as suas responsabilidades no que respeita ao controle dos impactes ambientais com origem nas suas actividades.

Na última década as fábricas de pasta e de papel têm conseguido reduções significativas dos poluentes nos efluentes líquidos e nas emissões gasosas para a atmosfera.

Estas melhorias, conjuntamente com a diminuição dos consumos de água e de energia foram o resultado de investimentos importantes quer nas instalações de produção quer em instalações de tratamento de



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