C O B I ç A
Sinto-me feroz persigo minha caça
Vivo e urro pelos meus desejos
Devoro a presa que cobiço
Vivo uma caçada alucinada
Vivo a adular o corpo que persigo
Preencho seu corpo de delírios
Desta maneira o torno meu prisioneiro
Mantenho-o em acasalamento
Vago nua em noites de lua
Qual loba a uivar seus desejos
Quando me sacio sou presa
Corpos sedentos e nus ao luar
Uivo, choro, abocanho e sou fera
Sinto minha presa a me possuir
Experimento a sensação de delírios
Meu corpo se transforma em ferina
Sou fera que uiva faminta nas noites
Dentro das noites a procura de teu corpo.