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A nova geografia econômica (do inglês new economic geography) é uma vertente econômica teórica.
[editar] Introdução
A expressão nova geografia econômica refere-se a uma mudança qualitativa no estudo teórico de/da geografia econômica que enfatiza aspectos novos, como os retornos crescentes ou economias de aglomeração/economias da aglomeração. O início/começo da nova geografia econômica(dedicada à relação entre comércio e (a) economia) é marcada pelo livro Geografia e Comêrcio (Geography and Trade) publicado pelo economista Paul Krugman em 1991.[1]
A nova geografia econômica difere da "geografia econômica anterior" porque introduz novos "instrumentos" para análise/explicar a localização de/das atividades econômicas no espaço, particularmente/nomeadamente no que refere à simulação e aos modelos de concorrência imperfeita na/para análise do comércio internacional.[1] Mesmo por essas "novidades teóricas", não perdem sua importncia os teóricos Adam Smith (particularmente suas idéias da expansão de mercado/expansão do mercado e a divisão do trabalho para promover o crescimento") e Alfred Marshall (que retoma o conceito de "economias externas").[1] Destacam-se (como variável/variáveis?) a localidade/localização assim como / e as variáveis relacionadas à localização, entre (os) quais:
- a distncia;
- os custos de transporte;
- a "dimensão espacial" de qualquer atividade econômica;
- os retornos crescentes "para justificar a desigual distribuição, nacional e global da actividade económica";
- a incorporação das/de externalidades espaciais / de economias de aglomeração ("para explicar os processos de acumulação de riqueza nos lugares inicialmente favorecido pela localização de um conjunto de atividades econômicas e a importncia das multinacionais").[1]
A nova geografia econômica, tenta explicar (principalmente), portanto, as chamadas economias de aglomeração" (termo/idéia/conceito(?) que se refere à proximidade geográfica com um grande mercado que permitam reduzir os custos de transporte; os benefícios da comunicação, por sua vez, deveriam ser conseguidos mediante/por/com (uma) infra-estrutura adequada, spillovers tecnológicos, "cultura corporativa"(?)[erro], com a vontade de proximidade entre produtores e fornecedores ou o "imã" que tem uma indústria para atrair trabalhadores qualificados para suas empresas).[1]
às vezes o termo "nova geografia econômica" tem um significado mais trivial e não se refere a esse salto qualitativo; por exemplo, o Relatório Mundial de/do Desenvolvimento 2009: Uma nova geografia econômica" do Banco Mundial.[2]
[editar] "Cronologia"/Autores (-chave)
Segundo Paul Krugman, os antecedentes da nova geografia econômica eram, de certa maneira, cinco tradições, entre quais:[3]
A mais aprimorada síntese teórica da/sobre a nova geografia economica é provavelmente o livro The Spatial Economics de Masahisa Fujita, Paul Krugman e Anthony J. Venables de 1999. Destaca-se também como base teórica o "modelo centro-periferia".[4]
[editar] O "fundador" Paul Krugman
A nova geografia econômica é, segundo Paul Krugman[5] um um novo "tipo" de pesquisa (científica, evidentemente), (frequentemente descrito/denominado como/de “nova geografia econômica”), que surgiu desde 1990 no meio neokeynesiano economista estadunidense. Trata-se de uma “vertente” que difere do “trabalho tradicional” de/da/na geografia econômica principalmente no que se refere à adoção de uma estratégia de modelar / criar modelos que explora/usa os mesmos “tricks” técnicos / técnicas que tiveram um papel tão importante no “novo comércio” (new trade) e nas “novas” teorias “do crescimento” (‘new growth’ theories); essas “técnicas” de criar modelos, enquanto que eles excluem qualquer pretensão de generalidade, permitem a construção de modelos que – diferentemente à maioria da análise espacial tradicional – correspondem completamente a um equilíbrio geral e deriva claramente o "comportamento agregado" da/desde a/a partir da maximização individual. O novo "trabalho" é altamente sugestivo, particularmente no que se refere a indicar como acasos/acidentes históricos podem reconfigurar/marcar/influenciar/determinar a geografia econômica, e como (as) mudanças graduais de/em parmetros de base possam/podem produzir cmbios/mudanças discontínuas em/na estrutura espacial. Também serve para/como posicionar/restabelecer a análise geográfica bem/amplamente o mainstream econômico.[5]
Segundo Nali de Jesus de Souza, a "geografia econômica estuda a distribuição das atividades econômicas e da população no espaço e explica porque determinadas áreas crescem e outras não. Com a industrialização, aumentou a concentração econômica e demográfica no mundo. Surgiram planos salvadores para regiões deprimidas. O nível de vida dessas regiões melhorou, mas as áreas prósperas ficaram ainda mais ricas e as desigualdades aumentaram. Os autores da nova geografia tendem a explicar essas desigualdades pela importncia crescente de vantagens locacionais nos polos, produzidas por novas tecnologias que geram rendas em formas de lucros extraordinários, salários elevados para executivos, engenheiros, consultores e técnicos, bem como pelo surgimento de novos produtos e serviços. Com a redução dos custos da informação (informática, Internet), difundiram-se às periferias atividades produtivas de menor valor agregado."[6]
A nova geografia econômica pretende de certa maneira / provavelmente, dar respostas às seguintes questões: "Como se dá a distribuição das atividades econômicas e da população? Por que determinadas áreas crescem e outras não?" Abordam-se a esse(s) respeito(s), aparentemente / por exemplo / entre outras coisas, "temas" como: a "gestão" de aglomerações urbano-industriais cada vez maiores; (os) tipos de clusters industriais (entre quais se destacam a "indústria metal-mecnica, química/petroquímica e [indústria de] produtos eletrônicos", assim como aqueles "cluster(e)s" ligados ao "atendimento das necessidades básicas, como transportes, vestuário e agropecuária"); a(s) possibilidade(s) de promoção do desenvolvimento(?) de "arranjos industriais" por políticas industriais e as grandes potências do futuro", e (a ou as (?)) "dinmica de mercados internos", níveis de escolaridade e seus efeitos (?) / influências n(o sucesso d)a inserção de um dado país/estado no mercado mundial.[6]
Ricardo Machado Ruiz destaca provavelmente limitações empíricas da nova geografia econômica. Ruiz aborda de maneira "propositiva e especulativa"
- "aspectos teóricos relacionados às assimetrias regionais e a visão da cidade ou região como agente relevante para compreensão das economias regionais. Baseada nessas considerações é defendida uma abordagem teórica que privilegie a diversidade social e o uso de sistemas auto-organizados como instrumento capaz de lidar com as “histórias locais” que criam e caracterizam as estruturas espaciais das "economias modernas."[4]
[editar] Bibliografia
- Masahisa Fujita, Paul Krugman, Anthony J. Venables. Economia espacial: Urbanização, prosperidade econômica e desenvolvimento humano no mundo. São Paulo: Futura, 2002. ISBN 8574131237 (em inglês: The Spatial Economy: Cities, Regions, and International Trade. MIT Press, 2001. ISBN 97802625614 )
- Paul Krugman. Desarrollo, Geografía y Teoría económica. Barcelona: Antoni Bosch, 1995. ISBN 8485855825 (em inglês: Development, Geography, and Economic Theory (Ohlin Lectures). MIT Press, 1997. ISBN 9780262611350 ). Resenha desse livro de/por: Masahisa Fujita. Journal of Economic Literature, Vol. 34, No. 4 (Dec., 1996), pp. 2003-2004. (American Economic Association)
- Paul Krugman. Geografía y comercio. Barcelona: Antoni Bosch, 1992. ISBN 8485855647 (em inglês: Geography and Trade (Gaston Eyskens Lectures). MIT Press, 1992. ISBN 9780262610865 )
[editar] Apontamentos de/sobre bibliografia "brasileira" sobre (a) nova geografia econômica
- Clelio Campolina Diniz. A nova geografia econômica do Brasil: condicionantes e implicações. Brasil século XXI. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Subdirección general de estudios del sector exterior/Secretaría General de Comercio Exterior. "¿Es la «nueva» geografía económica realmente nueva?"Boletín Económico ICE, N° 2740 del 23 al 29 de septiembre de 2002.
- ↑ [1]
- ↑ Paul Krugman. Development, Geography, and Economic Theory (Ohlin Lectures). Capítulo 2: "Geography lost and found" ("a redescoberta da geografia pelos economistas"). MIT Press, 1997. p.31-66 (?).
- ↑ 4,0 4,1 Ricardo Machado Ruiz. "A nova geografia econômica: um barco com a lanterna na popa?", Universidade Federal de Minas Gerais, Maio de 2003.
- ↑ 5,0 5,1 Paul Krugman. "(O) Quê há de novo na "nova geografia econômica"? Oxford Review of Economic Policy, 14, 2, 1998, p.7-17. In/Reproduzido em: Ronald L. Martin e Peter J. Sunley. Economic Geography: Critical Concepts in the Social Sciences. Volume I: The evolving project of economic geography. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2008. p.195-209.
- ↑ 6,0 6,1 "A nova geografia econômica". Entrevista da/pel@ CORECON/RS de Nali de Jesus de Souza