O Ébrio
Bebi! Mas sei por que bebi!... Buscava Em verdes nuanças de miragens, ver Se nesta nsia suprema de beber, Achava a Glória que ninguém achava!
E todo o dia então eu me embriagava - Novo Sileno, - em busca de ascender A essa Babel fictícia do Prazer Que procuravam e que eu procurava.
Trás de mim, na atra estrada que trilhei, Quantos também, quantos também deixei, Mas eu não contarei nunca a ninguém.
A ninguém nunca eu contarei a história Dos que, como eu, foram buscar a Glória E que, como eu, irão morrer também.
Augusto dos Anjos
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