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Olhos Suaves, que em Suaves Dias
Olhos
suaves, que em suaves dias Vi nos meus tantas vezes empregados; Vista,
que sobra esta alma despedias Deleitosos farpões, no céu forjados:
Santuários de amor, luzes sombrias, Olhos, olhos da cor de meus
cuidados, Que podeis inflamar as pedras frias, Animar cadáveres
mirrados:
Troquei-vos pelos ventos, pelos mares, Cuja verde
arrogncia as nuvens toca, Cuja hrrísona voz perturba os ares:
Troquei-vos pelo mal, que me sufoca; Troquei-vos pelos ais, pelos
pesares: Oh cmbio triste! oh deplorável troca!
Bocage, in
'Rimas'

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