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Entrou ontem em funcionamento a maior estação de tratamento de águas residuais do país. Localizada no bairro da Munhava Matope, arredores da cidade da Beira, a nova infra-estrutura vai garantir o saneamento do meio ambiente, que vinha sendo poluído pelos esgotos, sobretudo nas praias daquela urbe.
As obras de construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais estão integradas no grande projecto de saneamento da Beira iniciado em Dezembro de 2010 e estavam orçadas em 62.95 milhões de euros, dos quais 52.95 foram financiados pela União Europeia (UE) e os restantes 9,70 pelo Governo moçambicano.
A empreitada foi executada pelo consórcio CMC/Conduril e fiscalizada pelo Grupo Louis Berger/Royal Haskoning e, na essência, consistiram na inspecção e limpeza da rede por condutas de esgotos e águas pluviais, revestimento e substituição de condutas danificadas e reabilitação de postos de bombagem, estações elevatórias e saídas para o mar.
Assim, segundo o director do Projecto de Saneamento da Beira, Óscar Monteiro, a ETAR da Beira conta com reactores anaeróbicos, dois filtros biológicos, igual número de decantadores com a função de tratar as águas dos esgotos daquela cidade a partir da última estação elevatória localizada na Munhava e que vai garantir que não haja poluição ambiental. Monteiro explicou ao Presidente Armando Guebuza que o empreendimento vai garantir que as águas ali processadas sejam reaproveitadas para muitos outros fins, como a rega dos jardins e lavagem de viaturas. Mas aclarou que não são próprias para o consumo humano.
Revelou também que o empreendimento está concebido para a produção de fertilizantes que deverão ser usados na agricultura, desde que não seja a de conservação.
Por outro lado, Monteiro afirmou que o projecto capacitou todos os funcionários do Sistema Autónomo de Saneamento da Beira, recém-criado e que passa a garantir a sua gestão em diferentes áreas, com destaque para a de gestão, operação e manuseamento dos equipamentos e o controlo químico da água tratada e que, no final, é despejada no estuário do rio Púnguè sem, no entanto, provocar qualquer contaminação.
O Chefe do Estado, Armando Guebuza, que procedeu à inauguração do empreendimento, mostrou-se satisfeito com a iniciativa que irá, certamente, impulsionar o desenvolvimento tanto da província de Sofala, em particular, como do país, no geral.
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