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Resposta  Mensagem 1 de 3 no assunto 
De: Helena Marinho  (Mensagem original) Enviado: 05/10/2012 18:49
 

Da crónica de João Quadros
no Negócio On-Line:

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
portugueses."


Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos
supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.


Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.

Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti... 

Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós.

Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio
do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.


Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo.

Não é saudável ter inveja de uma gamba.

Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz.

E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.

Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa.

Eu vi perca egípcia em Telheiras... fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras.Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.



Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras.

Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca.

Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.

Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/para-ler-em-voz-alta=f719005#ixzz28S45mSgg


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Resposta  Mensagem 2 de 3 no assunto 
De: 1957lucy Enviado: 08/10/2012 11:37
Se soubessem aproveitar as muitas e grandes potencialidades de um país tão pequeno como o nosso, de certeza que muito mais gente ainda (porque ainda há muita gente que não sabe o que isso é) não sabia o que é a TROIKA...infelizmente uns trabalham e outros decidem e quem decide não sabe o que faz...ou sabe o que ainda é mais triste!

Resposta  Mensagem 3 de 3 no assunto 
De: Helena Marinho Enviado: 08/10/2012 14:42
Lucy,
 
Certinho o que me dizes! Somos um país com uma enorme costa marítima e desaproveitada..... Quanto a quem nos tem governado ao lon go destes 37 anos, acho que todos sabiam muito bem o que faziam, nós é que somos albinos.... e estes agora são aquilo a que chamamos a cereja no topo do bolo..... o inacreditável!!!
Grata pela tua presença e opinião no que eu posto,
Beijinhos
Lena
Merci
 
 


 
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