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De: QUIM TROVADOR  (Mensaje original) Enviado: 25/04/2010 23:10

 

Demografia

Os Antigos Egípcios foram o resultado de uma mistura das várias populações que se fixaram no Egipto ao longo dos tempos, oriundas do nordeste africano, da África Negra e da área semítica.


Representação do povo hebreu no Antigo Egito por Edward Poynter (1867).


A questão relativa à etnia dos antigos Egípcios é por vezes geradora de controvérsia, embora à luz dos últimos conhecimentos da ciência falar de raças humanas revela-se um anacronismo. Até meados do século XX, por influência de uma visão eurocêntrica, considerava-se os antigos Egípcios praticamente como brancos; a partir dos anos 1950 do século XX as teorias do "afro-centrismo", segundo as quais os Egípcios eram negros, afirmaram-se em alguns círculos.[9] Importa também referir que as representações artísticas são frequentemente idealizações que não permitem retirar conclusões neste domínio.

Os Egípcios tinham consciência da sua alteridade: nas representações artísticas dos túmulos os habitantes do vale do Nilo surgem com roupas de linho branco, enquanto que os seus vizinhos líbios e semitas com roupas de lã.

A língua dos Egípcios (hoje uma língua morta) é um ramo da família das línguas afro-asiáticas (camito-semíticas). Esta língua é conhecida graças à descoberta e decifração da Pedra de Roseta, onde se encontra inscrito um decreto de Ptolomeu V Epifnio (205-180 a.C.) em duas línguas (egípcio e grego) e em três escritas (caracteres hieroglíficos, escrita demótica e alfabeto grego). Em 1822 o francês Jean-François Champollion decifrou a escrita hieroglífica e a demótica que se encontravam na pedra, permitindo assim o acesso aos textos do Antigo Egipto e o começo da Egiptologia.

O número de habitantes do Antigo Egipto oscilou segundo as épocas. Durante o período pré-dinástico (4500-3000 a.C.) a população rondaria os centenas de milhares; durante o Império Antigo (século XVII a XII a.C.) situar-se-ia nos dois milhões, atingindo os quatro milhões por altura do Império Novo. Quando o Egipto se tornou uma província romana a população deveria ser cerca de sete milhões. Esta população habitava nas terras agrícolas situadas nas margens do Nilo, sendo escassas as populações que viviam no deserto. Ao contrário das civilizações da Mesopotmia, o Antigo Egipto não desenvolveu uma importante rede urbana.


Governo



O topo da pirmide política e social do Antigo Egipto era ocupado pelo rei ou faraó. O rei vivo era encarado como uma personificação do deus Hórus, enquanto que o rei morto que o tinha antecedido era associado a Osíris, pai de Hórus, independentemente de existir uma relação familiar entre soberanos. De uma maneira geral não se desenvolveu um culto em torno da pessoa do rei, com excepção de alguns monarcas do Império Novo. A partir da V dinastia os reis apresentam-se também como filhos de Ré, o deus solar. Durante o Primeiro Período Intermediário a imagem divina do rei enfraqueceu-se, tendo a mesma sido restaurada a partir da XII dinastia para atingir o seu apogeu na XVIII dinastia.

Em teoria o rei era dono de tudo, inclusive dos seus súbditos. Era o comandante supremo do exército, funcionando também como a máxima autoridade judicial: os Egípcios poderiam recorrer de uma decisão judicial ao rei. Era igualmente o sumo-sacerdote do Egipto, o elo entre os homens e os deuses. Como não era fisicamente possível ao rei estar presentar em todos os templos egípcios para celebrar os cultos, este delegava o seu poder religioso aos sacerdotes que conduziam as cerimónias em seu nome.


O faraó era geralmente representado usando símbolos da realeza e de poder.Embora existissem estas concepções "absolutistas" da figura do rei, este convivia com limitações ao seu poder, oriundas de conselheiros, funcionários, dos nobres, das famílias ricas, do clero e dos soldados, meios nos quais se teciam as intrigas políticas que poderiam conduzir ao assassinato de um rei e ao início de uma nova dinastia.

Para além do seu nome de nascimento, os reis egípcios tinham outros nomes. A partir da V dinastia a titulatura do reis incluía cinco nomes reais: nome de Hórus, nome das Duas Senhoras, nome de Hórus de Ouro, prenome e nome; estes dois últimos nomes eram inscritos no interior de uma cartela.

Os reis do Antigo Egipto são habitualmente denominados como "faraós", mas esta palavra, que deriva de per-aá, não foi a mais usada no Egipto para se referir ao monarca; os Egípcios usavam termos como nesu (rei) ou neb (senhor). O termo per aá, que significa "grande morada", aplicava-se de início ao palácio real; só a partir da XVIII dinastia é que o termo foi também usado para se referir à pessoa do rei e em larga medida por influência dos povos estrangeiros.

A rainha era denominada hemet nesut, "esposa do rei"; tinha em geral uma origem real, sendo por vezes irmã do rei, mas filha de outra mãe. Durante a época do Império Novo algumas rainhas consortes desempenharam um importante papel político junto dos esposos, como Ahmés-Nefertari, Tié ou Nefertiti. Habitualmente o filho mais velho da rainha principal sucedia ao pai.

O rei era detentor de uma estética própria, resultado do uso de certas roupas e de determinadas insígnias que lhe estavam reservadas. No queixo colocava uma barba postiça, delgada e rectangular (que a própria Hatchepsut, apesar de ser uma mulher, apresenta em algumas representações artísticas) e na cabeça usava um pano, o "nemes", à frente do qual encontrava-se uma serpente denominada uraeus que se acreditava poder repelir os seus inimigos. O soberano possuía várias coroas, vistas como objectos detentores de uma energia própria, sendo as mais importantes a coroa branca do Alto Egipto (hedjet) e a coroa vermelha do Baixo Egipto (decheret), que combinadas formavam o pschent ou coroa dupla. Para além das coroas, existiam os ceptros, dos quais se destacam o hekat (uma espécie de báculo) e o nekhakha (um látego). O faraó poderia ser simbolicamente representado como uma esfinge, e era associado a animais como a pantera, o leão e o boi.

A figura política mais importante ao seguir ao rei era o tjati, cargo habitualmente traduzido como "vizir", o que constitui um erro, visto que os vizires só surgem muito mais tarde e entre as dinastias islmicas. O detentor do cargo, que surgiu a partir da IV dinastia, possuía poderes judiciais, supervisionava os grandes projectos de construção e aconselhava o rei. Em alguns períodos da história egípcia existiram dois tjati, um para o Alto Egipto e outro para o Baixo Egipto. O tjati era tido em grande consideração pela população, que se referia a ele como o "amigo do Egipto".

O Antigo Egipto dividia-se em nomos ou províncias (em egípcio, sepat). Durante a maior parte da história egípcia existiram 42 nomos, 20 no Baixo Egipto e 22 no Alto Egipto. à frente de cada nomo encontrava-se um governador (nomarca), cargo de início obtido por nomeação para passar a ser hereditário. Estes governadores, que em determinados períodos da história egípcia governavam um estado dentro do estado, cumprem as ordens do rei, conduzem os trabalhos públicos e aplicam a justiça.

Economia


Detalhe de pintura mural no túmulo do funcionário Sennedjem (XIX dinastia), c. 1200 a.C.A

A economia do Antigo Egipto assentava na agricultura.
Em teoria todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade. Os documentos revelam que a partir da IV dinastia afirmou-se uma tendência para a privatização do solo, resultado de doações de terras por parte do rei aos funcionários ou da aquisição desta por parte dos mesmos. Por altura da V dinastia os templos possuíam também grandes propriedades.

Quando terminavam as inundações do Nilo surgiam nas aldeias egípcias uma equipa de funcionários que marcava as bordas das terras que poderiam a partir de então ser cultivadas pelos camponeses. A plantação decorria no mês de Outubro, sendo as sementes fornecidas aos agricultores pelo palácio real. As culturas mais importantes eram o trigo (tipo emmer) e cevada, que permitiam fazer o pão e a cerveja, alimentos que eram a base da alimentação egípcia.


Pintura mural de um túmulo retratando trabalhadores arando os campos, a colheita das culturas e a debulha de cereais sob a direção de um supervisor.

Os agricultores lavravam a terra com um arado puxado por bois, abriam canais e levantavam diques. A época das colheitas ocorria em Abril, altura em que as espigas eram levadas para a eira, onde as patas dos bois as debulhavam. Uma vez separados os grãos da palha, estes eram colocados em sacas que eram enviadas para os celeiros reais. Estes celeiros armazenavam as colheitas que eram distribuídas pelos funcionários e pela população em geral.

A população que não trabalhava nos campos dedicava-se a várias tarefas como a produção de pão e mel, a fabricação de cerveja, a olaria e a tecelagem. A pesca era praticada ao anzol ou com rede.

O subsolo do Antigo Egipto era rico em materiais de construção, bem como em pedras preciosas. Entre os primeiros destacavam-se os granitos cor de rosa das pedreiras do Assuão, o alabastro das proximidades de Amarna, o pórfiro e os basaltos. As pedras preciosas eram extraídas do Sinai (turquesa e malaquite) e dos desertos do leste e do oeste (quartzo, feldspato verde, ametista e ágata).

Desde a época do Império Antigo que o Egipto tinha contactos comerciais com a região siro-palestinense (Biblos), de onde vinha a madeira, escassa e necessária no Egipto para fabricar o mobiliário e caixões. Da Núbia o Egipto exportava o ébano, as plumas de avestruz, as peles de leopardo, incenso, marfim e sobretudo o ouro. Todo o comércio estava baseado na permuta de bens, já que a moeda só surgiu muito mais tarde, na Lídia do século VIII ou VII a.C.

Também produzia: linho, papiro e legumes.

Sociedade


Estátua de um escriba sentado (IV dinastia, c. 2620-2500 a.C.)

A sociedade do Antigo Egipto apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada. Em termos gerais podem distinguir-se três níveis com uma importncia decrescente: o nível composto pelo faraó, nobres e altos funcionários; o nível constituído por outros funcionários, por escribas, altos sacerdotes e generais; e por último, o nível composto pelos agricultores, artesãos e sacerdotes, onde se enquadrava a larga maioria da população.

No período mais antigo da história egípcia os altos cargos da administração permaneciam dentro da família real. Apenas mais tarde é que os cargos passaram para uma elite e tornaram-se hereditários. A possibilidade de ascender a um cargo em função de mérito também existiu. A hereditariedade nas ocupações era característica do Antigo Egipto: esperava-se que um filho seguisse a profissão do pai.

Apesar de ser praticamente igual ao homem do ponto de vista legal, a mulher no Antigo Egipto estava relegada a uma posição secundária. Os seus papéis principais eram os de esposa, mãe ou amante. Encontraram-se em geral excluídas dos cargos de administração e do governo, com excepção de algumas rainhas que governaram o Egipto como último recurso (enquanto regentes na menoridade do faraó ou em casos em que o faraó não teve filhos do sexo masculino).

Uma importante esfera de acção da mulher era a religiosa. Durante a Época Baixa o cargo de adoradora divina de Amon em Tebas implicou uma certa dose de poder e riqueza; porém, as mulheres que ocuparam este cargo foram em geral filhas ou esposas do faraó.




Um casal com o seu filho (IV Dinastia).


O casamento era monogmico e não era sancionado pela religião. Não existia uma cerimónia de casamento, nem um registro deste. Aparentemente bastava um casal afirmar que queria coabitar para que a união fosse aceite. Os homens casavam por volta dos dezesseis, dezoito anos e as mulheres por volta dos doze, catorze anos. A infidelidade feminina era mal vista e poderia ser motivo de divórcio. Os homem com uma posição económica mais elevada poderia ter, para além da esposa legítima (nebet-per, "a senhora da casa"), várias concubinas, o que era visto como um sinal de riqueza. A harmonia familiar era bastante valorizada pelos Egípcios: vários textos da literatura sapiencial recomendam o homem a tratar bem a sua esposa e a ter vários filhos.

Na corte faráonica existiram casos de bigamia e de poligamia, onde o rei, para além da esposa principal, mantinha várias esposas secundárias e amantes. Um dos casos mais conhecidos foi o de Ramsés II, que para além de ter tido como esposa principal Nefertari, teve outras mulheres; destas uniões teriam mesmo resultado 150 filhos.

Homens e mulheres usavam adornos, como pulseiras, anéis e brincos. Estes adornos continham pedras preciosas e frequentemente amuletos, dado que os Egípcios eram um povo supersticioso, que acreditava por exemplo na existência de dias nefastos. Os dois sexos usavam também maquilhagem, que não cumpria apenas funções estéticas, mas também higiénicas. As pinturas para os olhos eram de cor verde (malaquite) e negra. Óleos e cremes eram aplicados sobre o cabelo e a pele como forma de hidratação num clima seco e quente. Alguns egípcios rapavam completamente o cabelo (para evitar piolhos) e usavam perucas.

A escravatura não teve no Antigo Egipto a dimensão que alcançou em outras civilizações da Antiguidade, como na Grécia ou em Roma. Foi bastante expressiva no Império Novo, em resultado das campanhas militares egípcias na Ásia, das quais resultaram muitos prisioneiros. Os escravos poderiam trabalhar no exército, no palácio real e nos templos. As suas condições de vida não eram muito diferentes das dos trabalhadores livres; podiam arrendar terras e casar com mulheres livres. Um escravo poderia ser libertado a qualquer momento, bastando para tal uma declaração do dono perante testemunhas.

Hierarquia social

No topo da pirmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porquê ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus.

Faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais – tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía obrigações para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade.
Sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administrava as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egito, guardadores do segredos das ciências e dos mistérios religiosos com seus inúmeros deuses.

O faraó representava a própria vida do Egito, sendo o top da hierarquia da nação. Era o deus vivo, adorado e reverenciado.


Na foto estátua de Tutmés III, no Museu Egípcio do Cairo.

Altos funcionários, o mais importante era o vizir, responsável pela administração do imperio. Ele controlava a arrecadação de impostos, chefiava a policia, fiscalizava as construções e as obras públicas, alem de presidir o mais alto tribunal de justiça e ser o comandante-em-chefe das tropas.
Nomarcas eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes em suas províncias, como as de juizes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó.
Soldados defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Eram respeitados pelo faraó e pela sociedade. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestigio e riquezas.
Escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida no Egito.
Artesãos e os comerciantes. Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Travalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, entre tantos outros. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.
Camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas terras eram do governo. As enchentes, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos originavam trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito era essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. à custa da pobreza dos camponeses eram cultivados cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundncia.
Escravos eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirmides, por exemplo.


Mulheres

A situação das mulheres no Egito é claramente resumida no papel que lhes é atribuído na decoração mais antiga de túmulos. No cimo da hierarquia está a esposa, ou, por vezes, a mãe, do proprietário do túmulo, vestida de forma simples mas elegante, sentada comodamente com o marido a uma mesa de oferendas, numa estátua de grupo ou numa porta falsa. Por vezes, ela acompanha o marido quando este observa cenas de trabalho, mas é com mais frequencia representada quando o casal apresenta oferendas, podendo esta distinção indicar que o lugar dela era em casa. No outro extremo encontram-se cenas ou estatuetas de ervas e de mulheres ocupadas em trabalho servis, fazendo pão e cerveja, fiando ou tecendo. Também estas são atividades sedentárias, provavelmente levadas a cabo nos aposentos domésticos de uma casa ou propriedade. A cor da pele das mulheres, amarela, indica, entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do que o vermelho dos homens e, por isso, uma existência mais fechada - como acontece com burocratas masculinos de sucesso.

É possível que não fosse seguro às mulheres aventurarem-se a sair. Num texto póstumo, Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher egípcia seguir o seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica não ter sido sempre este o caso.

Detalhe de pintura mural do túmulo de Nebamun que mostra dançarinas e uma instrumentista. Museu Britnico, c. 1350 a.C.

Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes dos trabalhos mais importantes e das diversões mais agradáveis, mas também não têm de realizar as tarefas mais duras. Os homens, por exemplo, fazem vinho, o que é mais árduo do que fazer cerveja. Para além das cenas de tocadoras de instrumentos e de dançarinas muito acrobáticas, o papel das mulheres nos períodos mais antigos parece ter sido muito modesto, embora isso possa ser devido a não podermos interpretar integralmente as fontes. No Império Novo as mulheres passaram a ter uma importncia muito maior, o seu vestuário a ser mais esmerado e o conteúdo erótico das cenas em que são representadas mais definido, se bem que ainda muito codificado. O período tardio regressa praticamente ao antigo decoro.

As mulheres não tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns membros da família real e das rainhas reinantes, tinham pouco poder político. O título que detinham mais vulgarmente era o de "senhora da casa", termo de respeito que talvez signifique pouco mais do que "Srª Dona". Quase todas eram analfabetas e, portanto, excluídas da burocracia - a que é, de qualquer modo, pouco provável que tivessem aspirado - e da maior parte das áreas intelectuais da cultura. Fato sintomático do atrás referido é o de a idade a sensatez serem qualidades respeitadas nos homens, representados como estadistas idosos e corpulentos, mas não as mulheres. Nas representações dos túmulos não se distingue sequer a mãe de um homem da sua mulher, sendo ambas figuras jovens. O modo como são representadas as mulheres é, obviamente, parte da interpretação que os homens faziam delas e evidência um estado de coisas ideal. Na realidade, a influência das mulheres talvez não fosse tão circunscrita e podem ter desempenhado papéis muito mais variados do que as provas parecem sugerir.

As estruturas familiares, por exemplo, parecem extremamente simplificadas. As normas da decoração de túmulos e estelas não deixam qualquer espaço para a viúva ou viúvo, o divorciado, os homossexuais ou para qualquer desvio em relação à monogamia - e, no entanto, sabe-se que todos eles ocorreram. Há uma história que conta o romance entre um rei e um oficial do exército e há episódios homossexuais no mito de Hórus e de Seth. Nos Impérios Antigo e Médio havia alguma poligamia e o rei podia ter muitas mulheres, embora apenas uma - para além da mãe, se ainda fosse viva - tivesse o título de "grande esposa do rei".

 

 



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