« P A Z » A IMAGEM E A PALAVRA PAZ ( ÂMBITO MANIFESTO 2000 DA UNESCO ) - CASA DAS LETRAS&ARTES DO TROVADOR

«« ÁRDUO CAMINHO O DA PAZ »»

Árduo caminho o da Paz,
em voos escarpados ,
sem retorno, nem fim ...

A razão do caminho da Paz,
será voar em bandos
de Pombas Brancas ,
aguardando que nasçam
e renasçam,
do seu movimento ?

Haverá a morte da Paz ?
- Essa é a ilusão reflectida
no espelho da ignorncia,
dos " Senhores da Guerra "

Se a morte da Paz existisse,
no azul do céu,
não haveria Pombas Brancas.
Mas, há Céu Azul
e alvas pombas,
sempre que, saibamos desprender dos céus,
as nuvens negras que as encobrem ..
........

Regressemos aos voos,
da razão de existir o Homem !
Soltaremos Pombas Brancas
e, gritemos :
"Paz na Terra,
aos Homens de Boa Vontade ! "

Serra-Mãe, 12 de Janeiro de 2007

Quim TROVADOR
( Poeta e Sonhador )

Respostas a este tópico

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 29 dezembro 2009 at 18:04: Excluir; Ode à Paz

Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!

Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"; ► Responder esta

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 29 dezembro 2009 at 18:19: Excluir; «« RUÍDOS DE PAZ »»

A turba gritando,
Empunha bandeiras
Com a palavra Paz .

Mas que Paz é essa
Que tritura quem se atravessa,
Na marcha agitada
Desenfrada,
Dos manifestantes ?

Que Paz é essa,
Que faz voar,
Sobressaltadas ,
As Pombas das praças ...

A minha Paz
É a do Gandhi,
A do Mandela,
Que derrubaram tiranos,
E ergueram nações .

Essa, sim , é Paz !
Não à Paz turbulenta,
Violenta,
Manipulada !

Minha Paz ...
Se faz ...
Com poemas ,
apenas !
E Cravos de Abril,
Na boca do fusil !

Serra -Mãe, 1 de Maio de 2007
Joaquim Afonso

Quim ( Trovador ); ► Responder esta

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 29 dezembro 2009 at 18:22: Excluir; «« A Coragem Das Pombas »»

Admiro a coragem das Pombas

Reconstruindo ruínas,

Empunhando enxadas,

Semenado a Paz,

Qua as foiças da Guerra,

Tentam sempre destruir,

Sem a deixar germinar

As Pombas semeiam,

Os Corvos destrem,

Como vampiros sedentos de sangue

Mas, há Zeca Afonso ;

Ary dos Santos,

Maunel Alegre,

Padre Fanhais ..

Neruda ... Pablo Casais ..

... Vinícius de Moraes,

João Rui e Gabriel de Sousa,

Jorge de Sena .

E quantos mais ..

Enquanto houver Poetas

Imortais ,

Há sempre Pombas!

Assim hajam pombais ...

Joaquim Afonso

Quim Trovador; ► Responder esta

Permalink Responder até Marcia Portella em 29 dezembro 2009 at 18:54: Enviar mensagem; Excluir; Lindo Quim! Temos que nos unir e lutar pela paz ...bjus; ► Responder esta

Permalink Responder até LUNA em 29 dezembro 2009 at 20:36: Enviar mensagem; Excluir; Peço a Paz
Peço a paz
e o silêncio

A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento

Peço a paz
e meus pulsos traçam na chuva
um rosto e um pão

Peço a paz
silenciosamente
a paz a madrugada em cada ovo aberto
aos passos leves da morte

A paz peço
a paz apenas
o repouso da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara
a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem
de lama e sol

Peço a paz e o
silêncio

Casimiro de Brito, in "Jardins de Guerra"; ► Responder esta

Permalink Responder até LUNA em 29 dezembro 2009 at 20:38: Enviar mensagem; Excluir; Qualquer Coisa de Paz

Qualquer coisa de paz. Talvez somente
a maneira de a luz a concentrar
no volume, que a deixa, inteira, assente
na gravidade interior de estar.

Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente,
uma ausência de si, quase lunar,
que iluminasse o peso. E a corrente
de estar por dentro do peso a gravitar.

Ou planalto de vento. Milenária
semeadura de meditação
expondo à intempérie a sua área

de esquecimento. Aonde a solidão,
a pesar sobre si, quase que arruína
a luz da fronte onde a atenção domina.

Fernando Echevarría, in "Figuras"; ► Responder esta

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 29 dezembro 2009 at 22:38: Excluir; Que cor tem a Paz ?

Quim Trovador

De tanto olhar a Madrugada,
prescrutando horizontes infinitos,
na busca incessante da Aurora,
que me traga a Paz ,
meu olhar se desfolha,
em lágrimas,
de falta de coragem,
de lutar
sobre as ruínas do desespero ..

Demoro na arrumação
das emoções,
que resistem,
viajando na dúvida,
das cores da Pomba da Paz ...

- Será Branca ?

-Vermelha ou Negra ?

- Que cor tem a Paz ?

... Continuo olhando a Madrugada
prescrutando horizontes infinitos ..
e, assim meu olhar se desfolha ,
na dúvida .

Serra-Mãe, 5 de janeiro de 2007

25 de Junho de 2008

Quim Trovador

( Poeta e Sonhador ); ► Responder esta

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 29 dezembro 2009 at 22:43: Excluir; Princípio

Não tenho deuses. Vivo
Desamparado.
Sonhei deuses outrora,
Mas acordei.
Agora
Os acúleos são versos,
E tacteiam apenas
A ilusão de um suporte.
Mas a inércia da morte,
O descanso da vide na ramada
A contar primaveras uma a uma,
Também me não diz nada.
A paz possível é não ter nenhuma.

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'; ► Responder esta

Permalink Responder até SEARA DE PALAVRAS em 29 dezembro 2009 at 23:47: Enviar mensagem; Excluir; Qualquer Coisa de Paz

Qualquer coisa de paz. Talvez somente
a maneira de a luz a concentrar
no volume, que a deixa, inteira, assente
na gravidade interior de estar.

Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente,
uma ausência de si, quase lunar,
que iluminasse o peso. E a corrente
de estar por dentro do peso a gravitar.

Ou planalto de vento. Milenária
semeadura de meditação
expondo à intempérie a sua área

de esquecimento. Aonde a solidão,
a pesar sobre si, quase que arruína
a luz da fronte onde a atenção domina.

Fernando Echevarría, in "Figuras"; ► Responder esta

Permalink Responder até Marcia Portella em 30 dezembro 2009 at 1:17: Enviar mensagem; Excluir; Onde estão as flores !

Eram de todas as cores,lindas
ainda em botão
Não mais existem,o jardim foi
destruído por bolas de fogo
vindas do céu
Sopradas por um dragão alado
lenda que se tornou realidade cruel

A jardineira tenta encontrar entre
pétalas caídas uma única flor
e no enlace colocar no aconchego
de suas entranhas,no silêncio ,essa
vida arrancada por insanidade e poder

Com suas lágrimas tenta lavar a terra
mas,o vermelho que escorre é mais
forte que o branco da paz e tudo vira
só um lamento..Onde estão as flores!

Quando a força do dragão acabar
e seu fogo apagar só restará
lembranças de uma passagem
estúpida onde todos saem
perdendo ..Onde estão as flores!
Precisamos da paz....

Marcia Portella __Gaza
01/02/2009; ► Responder esta

Permalink Responder até JoaquimAfonso Fernandes Oliveira em 30 dezembro 2009 at 11:56: Excluir; AMIGA
COMO EU AMARIA PODER OFERECER FLORES A ESSAS GENTE ASSUSTADA PELA MãO CRIMINOSA DE AMBOS OS LADOS , SIONISTAS E PALESTINIANOS ...
MUITO MAIS DOS SIONISTAS .

Paz

Irreprimível natureza
exacta medida do sem-fim
não atinjas outras distncias
que existem dentro de mim.

Que os meus outros rostos não sejam
o instável pretexto da minha essência.
Possam meus rios confluir
para o mar duma só consciência.

Quero que suba à minha fronte
a serenidade desta condição:
harmonia exterior à estátua
que sabe que não tem coração.

Natália Correia, in "Poemas (1955)"

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