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PÁGINA DE JOTA HÁ: ALCOOLISMO
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De: Jota Há  (Mensaje original) Enviado: 11/01/2010 09:04

 

ALCOOLISMO

Jota Há

Alcoólatra: Em todos os dicionários da língua portuguesa, encontramos este termo com a seguinte definição: Pessoa viciada em bebidas alcoólicas. Evidenciando assim o álcool, como o único vilão da história. Ora, o álcool não é imposto, nem procura essas pessoas para viciá-las.

São pessoas que freqüentam os botequins, os bares, pelos motivos os mais esdrúxulos imagináveis. Mas, acabam se envolvendo e, nesse envolvimento, muito se tornam alcoólatra.

É necessário que aqui se faça um parêntese.

Não desconheço que os proprietários de boteco detestam esse termo. Sei lá porque o acham depreciativo. Se consultassem um dicionário descobririam que tudo é a mesma coisa. Os dicionaristas até foram felizes em chamá-los: botequineiros.

Doravante evitarei o termo “boteco” usarei “bar” só para agradá-los, nunca se sabe. Posso apontar também e, sem medo de errar, três profissões correlatas que são: prostitutas, gerentes de banco e botequineiros.

Sem ofensa, são profissões como quaisquer outras e, em diversos países todas devidamente regulamentadas com sindicato e tudo mais.

Os fatores econômicos, psicológicos, sociais e culturais são importantes para começar a beber, mas o fisiológico é fundamental na determinação e continuidade da dependência. O álcool puro é liquido incolor, volátil, com gosto áspero e queimante. O álcool etílico ou etanol é na realidade um excremento de levedura, um fungo com um apetite voraz por coisas doces. Quando essa levedura encontra mel, frutas, cereais ou alguns tipos de raízes, liberam uma enzima que converte o açúcar existente em dióxido de carbono (CO2) e álcool, resultando em um produto simples e de paladar desagradável que adquire aparência, cheiro e gosto apetitosos de acordo com as misturas que recebe.

Todos os tipos de bebidas alcoólicas contêm o mesmo tipo de álcool. O que muda é a quantidade – o teor alcoólico: cervejas de 03 a 06%, vinhos de 09 a 12% e os destilados (cachaça, uísque, conhaque, vodca, etc.) de 40 a 70%. Em pequenas quantidades tem-se a sensação de estimulação, descontração; na continuidade da ingestão aparece irritabilidade, excitabilidade e agressividade, com modificação do comportamento; com a intoxicação, aparece o isolamento e depressão. Na realidade o álcool é uma substância depressora do sistema nervoso central. Portanto, apesar da minha ignorância do assunto, acho que: alcoólatras são pessoas que devido a outros “vícios” procuram o álcool. Fica claro, pelo menos no meu fraco entender que, o alcoolismo é proveniente de outros males. Sendo o álcool, apenas a conseqüência, um dos efeitos e não a causa.

Considerado como doença pela Organização Mundial de Saúde, apresenta como característica uma necessidade de beber, com perda de controle para parar: geralmente com desenvolvimento de tolerância e aparecimento de sensações desagradáveis quando tenta diminuir ou sustar, apresentando sentimentos de culpa e ficando irritado quando os outros questionam o seu modo de beber. Sofrem variações do estado de humor e negam que estejam bebendo em demasia. Culpam os outros pela sua ingestão e se recusam a perceber que não conseguem diminuir ou parar de beber. Suas promessas de abstinência duram pouco. O álcool passa a ser usado como se fosse um “remédio”, na tentativa de fazer o organismo funcionar “normalmente”, e não mais para obter prazer.

As pessoas que se tornam alcoólatras, em sua maioria são rotineiras, reúnem-se sempre no mesmo local, sempre com os mesmos parceiros. Essas rotinas, essa interdependência, os levam a certa timidez e insegurança fora do grupo. Daí surgindo um imenso vazio, tornando não todos, mas, os mais propensos, em vítima do “byronismo”, que impregnou no século XIX até o começo do século XX, fazendo dos jovens uns descrentes da vida, fazendo as pessoas sentirem-se precocemente velhas. É quando o álcool que inibe, atua como lenitivo Em uma análise mais acurada, podemos notar que existe uma correlação, uma relação mútua entre essas pessoas. Aleatoriamente formam um grupo, sem nenhum objetivo aparente. É tão aleatório que, dificilmente um dos membros do grupo se recorda com exatidão, quando o grupo foi formado. São pessoas que em outras circunstâncias não se juntariam nunca, são completamente distintas em suas formações: nível cultural, profissional, credos, nada que os levem a formação de um grupo homogêneo, torcem por diversos times, politicamente são opostos, professam alguns, alguma religião, outros nenhuma, financeiramente são incomparáveis. Mas tudo isto não importa, está formado um grupo. Porque deixam o trabalho no mesmo horário, porque moram no mesmo bairro, ou simplesmente porque se encontraram casualmente e bebericam no mesmo botequim. (bar).

Só o verdadeiro motivo da formação do grupo é inconfessável, ninguém atribui nem admite que a verdadeira razão dessas tantas reuniões seja o álcool. Os opostos se atraem enquanto há um verdadeiro motivo, aí no caso o álcool.

Os iniciantes sempre são bem recebidos, são bem-vindos, pelos seus futuros companheiros e confrades, até a formação julgada ideal do grupo.

Por sua vez, o grupo é muito bem recepcionado pelo proprietário do estabelecimento – botequineiros –, onde deixam, quando não tudo, pelo menos boa parte de seus estipêndios. Isto até que o feliz proprietário comece a prever a formação de um novo grupo com maior poder de consumo. É quando o grupo deve ser desfeito ou transferido para um outro estabelecimento por força do tratamento que passam a receber os seus membros. Quando um grupo está no seu apogeu, no cume; atingiu o auge, nesse período quase tudo é festa, a tolerância é mútua, pois o álcool inibe, e até piadas repetidas são motivos para euforias. Todos sabem tudo e, ninguém se omite em expor seu ponto de vista. Tornam o ambiente, uma verdadeira tribuna livre. Com o passar dos tempos, essa reciprocidade vai se deteriorando, porque é típico do ser humano, tudo se torna rotina, se tornam repetitivos, portanto cansativos. Mesmo porque essa confraria, por força do hábito é quase um grupo fechado. Se alguém tenta se inserir – o que seria muito bom, traria idéias novas –, é provavelmente alvo de ciúme de alguns membros, sendo quase sempre rechaçado. Não havendo renovação, mais se acentua a monotonia. Em conseqüência, aumenta o consumo de álcool pelo grupo.

Aqueles que eram engraçados vão se tornando inoportunos, saturando os demais membros e consequentemente os demais fregueses do estabelecimento e, lógico, o proprietário que se sente prejudicado. Os membros do grupo, por exclusão vão se afastando. Isto não quer dizer que os excluídos se regeneram, eles, como zangões vão procurar outras abelhas-rainha para formarem novas colméias em outros estabelecimentos congêneres. A diminuição gradativa do grupo, só faz aumentar o consumo individual e, em conseqüência, torna-se trágico o que era cômico.

É quando esse grupo deixa de ser gratificante para o proprietário. O que no passado servia até como atração para outros fregueses, agora só serve para afugentá-los. Então, drásticas providências serão tomadas. Aquela recepção interesseira do passado passa a ser pura agressão em defesa dos interesses financeiros do estabelecimento. É como dizer: vocês já me foram úteis, deixaram de ser, portanto serão eliminados – este raciocínio é idêntico naquelas três profissões.

E a drasticidade das medidas cada vez mais vão se acentuando, até com o concurso da polícia. Estes, por consumirem de graça nesses estabelecimentos se sentem na obrigação de estarem sempre à disposição e, ali o julgamento é sumário: o dono do boteco – desculpem bar – sempre está com a razão. Vejam o preço da ordem, e porque não dizer, da “justiça”: alguns lanches de pão com salame ou mortadela e diversos aperitivos. Teoricamente não deveria ser assim, mas é, e nós sabemos disso.

Devido à gratuidade, a freqüência desses policiais torna-se cada vez mais assídua, tornando-se, também nociva para o proprietário. Além da consumação gratuita eles conseguem dispersar os bons consumidores que não gostam de serem vigiados. Restando no estabelecimento, com o decorrer do tempo, apenas a polícia e os remanescentes do grupo, que se tornou indesejável. Causando assim, sérios transtornos ao proprietário. Chega o momento culminante, quando todas as reprimendas programadas serão executadas. Conhecemos diversas, das quais nossos honrados policiais são exímios, portanto, desnecessário tecer maiores comentários. Chega o momento em que a resistência é vencida. E, como por encanto, da noite para o dia, o que restava do grupo se dissolve, sem nunca mais serem vistos juntos naquele tão preferido local. Mas a vida continua, e os policiais se sentindo inúteis, vão achacar em outros lugares.

O proprietário respira aliviado, pois a sua função nada mais é que abrir espaço para um novo grupo que já vem se formando, tão ou mais homogêneo que aquele que a duras penas foi eliminado. É um círculo vicioso, essa rotina é tão velha quase quanto à chamada mais velha profissão do mundo. Aliás, na Antigüidade, e até os nossos dias, não deixa de ter lá os seus vínculos. Quero deixar aqui registrado que, discordo quando se afirma que a profissão, metaforicamente, aqui sugerida, seja realmente a profissão mais velha do mundo. A pratica dos ensaios-e-erros, vem antes dessa profissão. Como exemplo, podemos citar aquele caso típico: Eva no Paraíso, movendo-se para buscar a maçã – o fruto proibido daquela árvore –, para degustá-la, juntamente com seu parceiro, o Adão. Eis aí, ensaios-e-erros. Erraram! Deu no que deu, segundo os preceitos bíblicos.

Mas essa alegria é passageira. Eis que, passados alguns tempos, um membro do extinto grupo reaparece. Todos que ali se encontram são seus velhos conhecidos. Mas desde o proprietário até o mais recente freqüentador, fingem não conhecê-lo. O tratamento que recebe é irônico, com desdém e injurias, é ameaçado até de espancamento, o novo grupo já formado não o aceita em hipótese alguma. Neste pormenor, permanece minha dúvida, nunca consegui apurar com precisão, portanto pergunto: são os cachorros que se espelharam nos homens, ou são os homens que se espelharam nos cachorros?

Ele não se rende. Apesar dos pesares, nada consegue demovê-lo. Em troca promove cenas ridículas, desagradáveis e burlescas, já não tem nome, perdeu todos os brios, nada o ofende ninguém vai conseguir impedir que ele continue bebendo naquele bar.

Quem já não se deparou com um ser humano, representando uma figura Dantesca, no seu bairro, na sua rua ou mesmo no bar que freqüenta? Esse ser humano é um alcoólatra. Ele faz parte do Acervo daquele Bar.

De cada grupo que for extinto, restará sempre um remanescente, “já alcoólatra”, que virá a fazer parte do Acervo daquele Bar.

“Quero ensinar-te o que aprendi, mas isso eu te quero dar gratuitamente, porque tu farás com esse aprendizado algo diferente do que fiz. E sei que, de algum modo, encontrarás a forma de me dizer o que fizeste de forma diferente e por que o fizeste.”

Richard Bach

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