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JAPÃO - CULTURA ASCENTRAL E MODERNIDADE: ARTES TRADICIONAIS JAPONESAS ~PINTURA - CERÂMICA - SUMI e ...
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Respuesta  Mensaje 1 de 3 en el tema 
De: QUIM TROVADOR  (Mensaje original) Enviado: 25/04/2010 14:36
ARTES TRADICIONAIS JAPONESAS - PINTURA - CERMICA - SUMI e ...
 



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Respuesta  Mensaje 2 de 3 en el tema 
De: QUIM TROVADOR Enviado: 25/04/2010 14:41

 


O que é: O Haikai 『俳句』é uma pequena poesia com métrica e molde orientais, surgida no século XVI, muito difundida no Japão e vem se espalhando por todo o mundo durante este século. Possui uma longa história que retoma a filosofia espiritualista e o simbolismo Taoista dos místicos orientais e mestres Zen-budistas que expressam muito de seus pensamentos na forma de mitos, símbolos, paradoxos e imagens poéticas. Isto se deve à tentativa de transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pensamento linear e científico que trata a natureza e o proprio ser humano como máquina. Na filosofia Zen, assim como no Haikai, é necessario ter introspeção e análise mais profunda fazendo-se perceber e descobrir curiosos e belos fatos naturais que de outra forma passariam despercebidos. O objetivo é capturar a essência do local numa poesia contemplativa e descritiva com grande valorização nos contrastes, na transformação e dinmica, na cor, nas estações do ano, na união com a natureza, no que é momentneo versus o que é eterno (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa.

É uma forma extremamente concisa de poesia que "gira" em torno de uma série bem definida de regras, mas nem sempre obedece sua forma original, podendo ser adaptada para diversas circunstncias. Assim, existem poemas baseados em apenas algumas das características do Haikai:

* Poesia de três linhas e 17 sílabas normalmente distribuídas na forma 5, 7 e 5 sílabas respectivamente em cada linha.

* Assim como o "click" de uma máquina fotográfica, deve registrar ou indicar um momento, sensação, impressão ou drama de um fato específico da natureza. É aproximadamente a imagem de um "flash" ou resultado de um "insight" (=visualização/iluminação), cercado de pureza, simplicidade e sinceridade.

* Não costuma haver posicionamento do poeta, pois é preferencialmente uma descrição do presente evitando comparações ou conceitos do tipo "isso é belo (ou feio), etc", evitando o aparecimento das fraquezas do ser humano perante a natureza.

Mais que inspiração, é preciso meditação, esforço e principalmente percepção para a composição de um verdadeiro Haikai.


Alguns exemplos:


Rio seco
Silêncio sob a ponte
apenas o vento.

O sol poente
Despede-se lentamente
Estrelas aparecem no silêncio.


Solidão no ninho
O pássaro se assusta
no eco do trovão.


Toque colorido
na ponta do capim
pousa a borboleta!


Barco de papel
naufraga na torrente
chuva de verão.


Lua enevoada
o cão e sua solidão
caminham na estrada.


Devagar devagar,
a folha sem escolha,
vaga pelo ar.


Folhas soltas
só uma contra o vento?
Borboleta amarela.



(Rodrigo Siqueira)


"O Sentido e a essência não se encontram
em algum lugar atrás das coisas,
senão em seu interior, no íntimo de todas elas."


(Hermann Hesse)


Ao sol da manhã
uma gota de orvalho
precioso diamante.

(Matsuo Basho, 1644-1694)


Quietude --
O barulho do pássaro
Pisando em folhas secas.



(Ryushi)


Já é primavera:
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.



(Matsuo Basho)


Passo a passo
sobre a montanha no verão -
de repente o mar.



(Issa, 1763-1827)


Algumas frases e comentários sobre o Haikai:



"Compartilhar um haikai é compartilhar um pedaço de sua experiência de vida e sensibilidade de maneira pessoal e muito especial. A leitura deles nos dá não somente momentos da experiência do escritor como também momentos de nos mesmos."
- William Higginson

"Os poetas japoneses sabiam como expressar suas visões da realidade numa observação de tres linhas. Não se limitavam a simplesmente observa-la, mas, com uma calma sublime, procuravam o seu significado eterno. Quanto mais precisa a observação, tanto mais ela tende a ser única, e, portanto, mais próxima de ser uma verdadeira imagem. Como disse Dostoievski, com extraordinária precisão: A vida é mais fantástica do que qualquer fantasia."
- Andrei Tarkovski, no livro "Esculpir o Tempo".

Fonte: http://www.insite.com.br/rodrigo/poet/haikai.html

 


A arte sumi (tinta) foi introduzida no Japão no sétimo século chinês, cujas datas remontam a cerca de 2000 a.C. Ao longo do tempo, essa arte se estabeleceu como também típica japonesa, com grandes contribuições feitas pelo monge Toba-sojo, que desenhou “Choju Giga”, no período Heyan (795-1185), e Sesshu, no período Muramaki (1333-1587), considerado o primeiro estilo puramente japonês de desenho sumie.

São termos relacionados à arte: sumi (tinta), suzuri (bastão de tinta), bokusho (arte), kami (papel), e o fude (pincel, escova).

Sumie, também chamado “suiboku-ga”, refere-se à pintura japonesa de tinta monocromática, uma técnica que começou na China durante a Dinastia Sung (960-1274) e foi assimilada pelos japoneses no século XIV com a ajuda de monges Zen-Budistas. O sumie tem suas raízes na caligrafia chinesa; as pinceladas aprendidas na caligrafia são as mesmas utilizadas na pintura.

O mais importante é que o sumie representa não somente uma bela e singular forma de arte, mas também uma filosofia. Enquanto a maioria da pintura ocidental clássica teve como meta a descrição realista do mundo e seus objetos, o sumie sempre foi expressão de percepção do artista. Pintores tentando capturar a essência de um objeto, pessoa, ou paisagem: mais importncia para a sugestão que para o realismo. A pintura ocidental usa a cor para criar sombras, tons e um sentido de espaço. O sumie tradicional, por outro lado, usa unicamente tinta preta. Na pintura oriental, a tinta preta é a mais alta simplificação de cor.

No início do século X o Japão começou um grande intercmbio com a China, enviando estudantes para assimilarem o que de melhor a cultura chinesa possuía, destacando-se principalmente a caligrafia e a religião. Este intercmbio continuou por mais alguns séculos, até que através de mudanças internas os japoneses adaptaram aquilo que tinham aprendido conforme suas necessidades. Uma herança deixada por este laço de amizade foi a semente daquilo que se transformaria no Zen-Budismo, que têm como data de nascimento o século XII.

O Sumie, conforme sua origem, possui como principal característica a rapidez em que é realizado, a inspiração artística é transmitida no prazo mais curto possível, onde não existe tempo para reflexão ou pensamento daquilo que está sendo realizado, o artista deve seguir sua inspiração espontnea. Não existe a possibilidade de nenhuma correção ou repetição, um traço deve ser encarado como único, se existir algum erro ele está “morto” e portando toda obra perdida.

Esse foi o espírito que levou muitos Samurais a praticarem o Zen e o Sumie. Um golpe de espada deve ser realizado espontaneamente sem chance para correções ou reflexões, caso contrário já se estaria morto devido à velocidade que ocorriam os confrontos.



No Sumie, utiliza-se uma tinta feita de fuligem e cola (Sumi) e pincéis de pêlo de ovelha ou texugo de maneira a reter muito líquido. Mas é o papel, na maior parte das vezes fino e absorvente, que dá a principal característica deste tipo de pintura.

A razão de se escolher um material tão frágil para transmitir a inspiração artística, é que ela deve vir à tona no prazo mais curto possível. Se o pincel se retardar muito sobre o papel este é transposto. A cor branca que fica de fundo no papel (cor original) é relacionada ao Universo. Não se vê um fundo definido e assim a característica relacionada ao vazio é preservada.

A filosofia da pintura Sumie é passar para o papel o espírito de um objeto, não existindo pretensão para criar uma obra realista. Cada pincelada deve estar cheia de energia (Ki - energia vital que existe em todas as coisas). Cada traço tem que mostrar sua vitalidade e vida. Um ponto não representa uma águia ou um traço o Monte Fuji. O ponto é um pássaro e o traço é a montanha. O artista Sumie, assim como um mestre da confecção da espada samurai, coloca seu espírito na obra e com isso cria vida através de sua expressão artística.

Shin’ichi Hisamatsu, filósofo e profundo conhecedor da arte Zen, ressalta sete particularidades que devem existir em uma obra Zen, são elas: assimetria (fukinsei), singeleza (kanso), naturalidade (shizen), profundidade (yugen), desapego (datsuzoku), quietude e serenidade interior (seijaku). Portanto, não são todas as obras que podem ser classificadas como Zen-Budistas.

Os principais temas relacionados ao Sumie são: bambus, ameixeiras, orquídeas, flores, pássaros e paisagens, não esquecendo aqueles ligados a temas religiosos como pinturas de patriarcas ou parábolas.

Existe uma tendência atual de colocar cores em algumas partes da pintura, principalmente onde a cor é uma forma de demonstração do espírito do objeto. Esse fato ocorre em muitos temas, como por exemplo, nas pétalas de flores.

Hoje no Japão, muitos executivos e pessoas de altos cargos praticam o Sumie, não somente como forma de relaxamento ou busca de paz interior, mas também como forma de melhorarem a eficiência nos negócios, principalmente no que diz respeito à tomada de decisões rápidas.

Para se pintar Sumie, o praticante tem que conhecer perfeitamente o objeto que vai pintar, para que não exista reflexão ou dúvida durante o processo criativo deve ocorrer uma observação quase que constante das coisas à volta, assim sua prática também traz uma consciência maior sobre a vida, pois com ela começa-se a existir uma maior sensibilidade das coisas e pessoas que nos cercam.



A combinação da pintura, da poesia e da caligrafia foi a composição artística preferida no Japão durante a primeira metade do século XV, principalmente nos círculos zen. A programação desses “Rolos com Poemas e Pinturas” – Shigajiku – e o empenho em realizar uma obra de arte interligada em todos os níveis e sentidos cristalizaram-se aqui num caminho. O mais tardar, a partir da época do mestre Ch’na Chao-chou Ts’ung-shen (778-897), personalidade original, foi também considerada nos círculos zen como algo extraordinário.

Eventualmente, comparava-se o desligamento das emoções e dos desejos e o aprofundamento no decorrer da meditação com a penetração numa abóbora: a princípio é difícil, a abertura é muito apertada; a seguir, a visão se amplia, porém, logo chegamos a uma passagem estreita; conseguindo ultrapassá-la, temos a sensação de estar num lago tranqüilo. Mas, finalmente, se quisermos prosseguir até a libertação total de todos os estreitamentos e limitações do mundo da manifestação, é preciso que a abóbora seja destroçada.

Uma pintura de Sengai (1750-1837), muito elogiada pela sua riqueza imaginativa e humorística, foi a de uma abóbora dançando sobre as ondas. A inscrição que a acompanha explica sua semelhança à compreensão da verdade última que escapa sem cessar, apesar dos esforços mais renitentes. Ora a abóbora mergulha, ora emerge novamente, e flutua diante de nossos olhos. Só não conseguimos agarrá-la. Só a confiança cega e o ininterrupto aparar-se no apoio da fé e no objetivo da iluminação levam à outra margem de modo totalmente inesperado, quando já nem mais se nutria essa esperança. Com freqüência isso ocorre somente numa idade avançada. É o que Hakuin (1685-1768) deseja transmitir através de seus quadros-parábolas, repetidos tantas vezes de modo quase idêntico, nos quais dois ou três cegos, tateando com cuidado, atravessam uma pequena ponte. Seu comentário a respeito diz o seguinte: “Que o tatear dos cegos ao atravessar uma ponte sirva de modelo de vida no decorrer da velhice...” (p.104 – o Zen na Arte da Pintura. Brinker, Helmut. Ed. Pensamento).

Dois temas foram transmitidos à arte zen com uma preferência especial. São eles: bambus e orquídeas, na maioria das vezes interligados a rochas bizarras. Graças às suas formas encantadoras, à sua elegncia e a seus atributos, na Ásia, como fonte inesgotável de inspiração, ambas as plantas prestam-se como meio de expressão ideal e específico às idéias zen-budistas. Além disso, a ligação tão próxima entre a pintura e a arte caligráfica ofereceu, principalmente aos monges aficionados, a oportunidade da redação imediata e espontnea de intuições espirituais ou de sensações pessoais...

No leste asiático, o bambu representa valores éticos fundamentais. Seu crescimento em linha reta é comparado ao caráter íntegro de um homem exemplar; seu tronco firme, regular e elástico, à retidão interior que, apesar de toda a flexibilidade de sua condescendência, denota a constncia inabalável e a firmeza de um nobre. Suas folhas verdes sempre frescas e inalteradas no decorrer das estações são comparadas à estabilidade, à força de resistência e à fidelidade inabalável de um caráter válido como modelo de ética.



Na China encontramos passagens que mostram:“A provisão inesgotável dos Pessegueiros em Flor”, estão cheios de metáforas... A ligação simbólica dessa planta com a pureza do espírito sonoro e iluminado fez com que o pessegueiro em flor se tornasse parte firmemente integrante da literatura e da pintura cultivada pelos monges zen. O pessegueiro em flor, junto com o bambu e o pinheiro, já eram apreciados, desde as épocas Sung e Yuang, como um dos “Três amigos invernais”(sui-han san-yu).

Desse modo, a imagem de um mar branco de pessegueiros em flor ligou-se ao pensamento da pureza intocada da neve no inverno e, num sentido mais amplo, à ininterrupta sobrevivência durante a estação mais dura.

Shakyamuni se enrijeceu durante os seis anos que passou no gelo e na neve, na solidão das montanhas, antes de voltar-se novamente para o mundo, a fim de proclamar o seu ensinamento. Nesse sentido, todas as imagens dos pessegueiros em flor do Rikkyoku-na como as duas paisagens invernais de Linag K’ai – portanto, à primeira vista, temas meramente mundanos – são apropriados ao contexto religioso do Shussan Shaka. Na China, conceitos como “gelo” e “frio” são metáforas à quietude, hábitos lingüísticos adotados pelos budistas na última etapa do Taoísmo.


Temas e Significados:

Orquídea – Primavera

Bambu – Verão

Flor de pessegueiro – Outono

Crisntemo – Inverno






A orquídea representa a primavera, um espírito feliz, o símbolo da graça refletindo as virtudes femininas finais. É considerada a mãe da pintura a pincel. A beleza e graça da orquídea estão na fragilidade de sua forma, sem tendências violentas. Sua fragrncia nunca é exagerada. A orquídea selvagem cresce onde na maior inspiração de todos os lugares: onde a montanha encontra a água, ou onde yin encontra yang. Ela fica às portas da primavera, convidando a todos a celebrar a vida.

O bambu representa o verão e é o tema mais pintado no Oriente. Ele representa o vigor e as virtudes do masculino, refletindo um sentido de perfeito equilíbrio com integridade e flexibilidade tremendas. O “Cavalheiro perfeito” tem qualidades admiráveis. O centro da planta do bambu é côncavo, sugerindo humildade. O bambu parece estar sempre pronto a servir, sendo utilizado no Oriente quase diariamente. O bambu não possui nenhuma flor ou fruta, considerados elementos passageiros. É tido como o pai da pintura a pincel, representando simplicidade de vida e espírito humilde.

A árvore do pêssego é adorada pelo seu significado cósmico, expressando o ressurgimento e a continuidade da vida. Seus galhos retorcidos exibem uma aparência de dureza, especialmente durante sua árida existência no inverno; ainda que dentro si guarde mistério e beleza, a promessa da Primavera. A promessa é consumada quando as delicadas flores do pessegueiro surgem a cada Janeiro, em tempo para saudar o ano-novo. O pessegueiro, florescendo na geada de Janeiro, é o símbolo de esperança e tolerncia.

“Hostil no frio e triunfante no outono”. É o dito que expressa o vigor do tardio crisntemo, que floresce no frio ar de outono, prenunciando a chegada do inverno. É o último dos Quatro Cavalheiros, associando plantas fragrantes com altos ideais de comportamento moral e a mudança de estações.



*Texto retirado do livro "Sumie - Um Caminho para o Zen" (Jordan Augusto, 2002)

 

 


O R I G A M I

 

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APRENDA A FAZER FLORES EM ORIGAMI
 


Caldas da Rainha - Portugal

Arte japonesa no Museu de Cermica

Uma exposição inédita em Portugal que dá a conhecer as tendências actuais da arte cermica do Japão, através de um conjunto de 42 peças de autor que abrangem um período entre 1979 e 2002, pode ser visitada no Museu de Cermica, em Caldas da Rainha.

Esta mostra traça também as principais transformações que ocorreram nas artes da cermica no Japão no último século. Em 1946, depois da II Guerra Mundial, o mundo da cermica japonesa viveu um verdadeiro renascimento e desenvolveram-se novos movimentos através da formação de escolas e grupos de artistas.

Em meados de 50, um grupo de Quioto, intitulado Sodeisha e formado por jovens artistas, tentou criar uma nova cermica a que conferiu uma linguagem plástica própria. O grupo concentrou as suas energias numa reflexão crítica sobre a forma. Por essa razão, Yagi, um artista desta escola, trabalhou em cermica negra, que era cozida a uma temperatura relativamente baixa. Yagi usava este método no sentido de controlar o processo de cozedura e minimizar as mudanças na forma induzidas pelo fogo.

Nos anos 70, as artes da cermica no Japão eram desenvolvidas em resposta à arte contempornea americana e que chegara ao Japão depois da guerra. Esta nova geração de artistas cermicos inclui Nakamura Kinpei e Koie Ryoji.

Nos anos 90, mais uma jovem geração de artistas despontou, como Imura Toshimi, Maeda Tsuyoshi e Morini Akito.

As obras que se encontram expostas no Museu de Cermica constituem um testemunho da rica e profunda história do desenvolvimento desta forma de arte, exprimindo as condições e as mudanças sociais no Japão. Assim, e indirectamente, é transmitido um entendimento mais claro do modo de vida no Japão.

A mostra “Cermica Contempornea Japonesa” foi inaugurada no passado dia 21 naquele espaço tutelado pelo Instituto Português dos Museus e é uma co-organização da Embaixada do Japão e da Fundação Japão, ficando patente ao público, com entrada livre, até 23 de Novembro.

Estiveram presentes na inauguração cerca de 170 pessoas, entre as quais o embaixador do Japão em Portugal, Hara Satoshi, o embaixador da Ucrnia em Portugal, Kostiantyn Tymoshenko, o embaixador de Marrocos em Portugal, Samir Arrour, a vereadora da Cultura da Cmara Municipal de Caldas da Rainha, Maria da Conceição Pereira, a sub-directora do Instituto Português de Museus, Clara Camacho, a directora do Museu de Cermica, Cristina Horta, e o presidente do Grupo de Amigos do Museu de Cermica, Mário Tavares.

A exposição está a ser acompanhada de actividades complementares organizadas pelo Serviço Educativo do Museu de Cermica, com visitas temáticas orientadas, sessões de contos japoneses, oficinas de origami (arte com papel) e de escrita japonesa.
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Cermica Jomon é uma das mais antigas do Mundo

Obras-primas da cermica japonesa no Museu Soares dos Reis, Porto Portugal


O Museu Nacional de Soares dos Reis inaugurou a 19 de Setembro, a exposição Obras-Primas da Cermica Japonesa, que ficará patente até 2 de Dezembro.

Esta exposição é organizada pela Agência para os Assuntos Culturais do Governo do Japão, pelo Instituto dos Museus e da Conservação, e pelo Museu Nacional de Soares dos Reis. Resulta do intercmbio cultural entre Museus Japoneses e o Museu Nacional de Soares dos Reis, que em 2005, cedeu o par de biombos Namban da sua colecção para a exposição que marcou a inauguração do Museu Nacional de Kyushu e recebe agora oitenta e uma peças de cermica japonesa, provenientes de vários museus e de colecções particulares do Japão.

Como complemento das peças vindas do Japão serão apresentadas porcelanas japonesas provenientes de colecções portuguesas.

O objectivo desta exposição, única na Europa, é dar a conhecer ao público uma panormica da cermica japonesa, desde os seus primórdios, com uma peça do séc. XX a. C., até aos nossos dias.

A actividade cermica no Japão é muito relevante e muito considerada, quer pelo Governo, que desenvolve grandes esforços no apoio aos seus artistas e artesãos, quer pelo povo em geral, que a acarinha e aprecia. A cermica reveste-se de características muito peculiares na cultura japonesa e esta exposição permite compreender a evolução das formas, técnicas e expressões artísticas que se foram manifestando ao longo da história do Japão, começando pelas cermicas arqueológicas, passando pelas peças da cerimónia do chá do período Momoyama, as belas porcelanas exportadas para a Europa ou feitas de propósito para os senhores japoneses ou as obras de conceituados artistas contemporneos, que são considerados pelos japoneses como "Tesouros Nacionais Vivos".

Ao longo dos cerca de dois meses e meio em que a exposição poderá ser vista, o Museu promove várias actividades e onde se salientam as conferências realizadas em colaboração com o Centro de História de Além-Mar , da Universidade Nova de Lisboa e as oficinas, com temas relacionados com a cultura japonesa.

Trata-se do único museu europeu onde a exposição será apresentada em 2007 e é aqui complementada com peças japonesas de colecções portuguesas.
Pena que consultando a página electrónica do Museu Nacional de Soares dos Reis, esta não esteja actualizada - a última exposição que consta é de 2002!!!- não mencionando tão importante exposição.

Foto recolhida do blogue Wild Is The Wind
Etiquetas: Cermica, Exposições

Respuesta  Mensaje 3 de 3 en el tema 
De: QUIM TROVADOR Enviado: 25/04/2010 14:41

Preparing for Battle Nakamura Gentaro as Tomoe Gozen and Asao Jujiro as Sagano
Kiyomasu Torii

(Tokyo Metropolitan Edo-Tokyo Museum)


 
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